O Rompimento com a UNIMED, a saída de Conca e a permanência de Fred
UNIMED ROMPE COM O FLUMINENSE Fonte: O Globo coluna Ancelmo Gois 10/12/2014
Deu no Ancelmo Gois de hoje. Acabou a parceria da Unimed com o Fluminense.
Desde
de 1999, quando a Unimed passou a patrocinar o clube, o Fluminense
conquistou um título do Campeonato Brasileiro da 3ª divisão (1999), dois
títulos do Campeonato Brasileiro da primeira divisão (2010 e 2012), uma
Copa do Brasil (2007) e três campeonatos estaduais (2002, 2005 e 2012).
Unimed rompe parceira devido a dificuldades econômicas e Fla tenta jogadores do Flu
Fonte: Mauro Cezar Pereira ESPN 10/12/2014
Problemas financeiros aceleraram o rompimento entre Unimed e Fluminense.
O mercado das empresas do setor de saúde não vive bom momento e a
parceria que começara em 1999 chega ao final. No entanto, discussões que
envolvem a empresa, o clube e seus contratados apenas começam.
Para ficar num exemplo, mais de 77% dos ganhos de Fred, principal
atleta do Fluminense, são pagos pela ex-parceira do time das
Laranjeiras. Ao deixar de estampar sua logomarca no uniforme tricolor, a
Unimed não terá mais benefícios toda vez que o artilheiro do
Brasileirão mandar a bola nas redes.
Porém há um contrato com o
jogador. Ou seja, tem que pagar o que foi acordado. Mas em crise
financeira, o que acontecerá? Simplesmente desembolsará significativa
quantia mensal sem tirar qualquer vantagem marqueteira disso? Ou irá
propor uma renegociação? Pessoas ligadas ao clube acreditam na segunda
hipótese.
Isso poderá gerar uma série de discussões para repactuar
acordos. Carlinhos, que recentemente se transferiu para o São Paulo,
chegou a conversar com o Flamengo. Mas recebeu proposta rubro-negra bem
inferior aquilo que meses atrás o lateral-esquerdo parecia disposto a
pedir para seguir no Fluminense.
Wagner é outro que despertou
interesse do rival da Gávea. Mas a pedida ainda foi alta e não houve
avanço num primeiro momento. O técnico Vanderlei Luxemburgo, que com o
meia trabalhou em 2013, não parece muito animado com o nome do camisa
10, mas isso não significa que o Flamengo tenha desistido de vez.
Vender
um jogador como Cícero e o próprio Wágner (talvez ambos) é a saída
prioritária e natural para ajustar minimamente as finanças tricolores e
da ex-parceira no que envolve tantos atletas ainda com contrato em
vigor. Mas é muito provável que jogadores tenham de se adequar a uma
nova realidade.
No Fluminenese, há esperança na obtenção de novas
marcas para exibir no fardamento dos jogadores com base no retorno que a
Unimed obteve nesses 15 anos. Contudo, o mercado não anda bom e clubes
como São Paulo e Palmeiras encerraram a temporada sem patrocínio master.
A bolha estourou e uma nova história começa.
Flu esclarece rompimento com Unimed e rechaça saída de Conca
Fonte: Terra 05/01/2015
Apesar de rompida a parceira entre Fluminense e Unimed, a relação entre
o clube e sua ex-patrocinadora ainda continua conturbada. O clima se
tornou mais tenso nos últimos dias, com as especulações sobre a saída do
argentino Darío Conca, apoiada pela antiga parceira tricolor.
Por isso, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, fez questão de
esclarecer, por meio de nota oficial publicada no site do clube, como
aconteceu o rompimento com a Unimed. Além disso, o mandatário rechaçou a
saída do meia Conca, que ainda tem contrato por mais dois anos.
Confira, na íntegra, a nota oficial do Fluminense:
O Fluminense Football Club esclarece que a partir do momento em que
foi comunicado pela Unimed sobre as dificuldades em seguir com o
patrocínio, trabalhou para que uma eventual diminuição ou término da
parceria se desse de maneira organizada e saudável para ambas as partes.
Neste sentido, prolongou o vencimento do prazo para rescisão sem
penalidades por mais 15 dias e, em comum acordo com a Unimed, encaminhou
a mudança do patrocínio para a manga em 2015. Entretanto, no dia 10 de
dezembro, a empresa informou ao clube que faria a rescisão unilateral do
contrato e que não aceitaria a sugestão de estampar a logomarca na
manga. O Fluminense reitera que, diante da situação enfrentada, o melhor
caminho seria a mudança do patrocínio para a manga.
Quanto aos boatos sobre a suposta saída do atleta Darío Conca, o
Fluminense reafirma entrevista recente do vice-presidente de futebol
Mário Bittencourt, na qual o dirigente disse que o jogador ainda tem
dois anos de contrato com o clube e faz parte dos planos para a
temporada de 2015.
Gazeta Esportiva
Ciúme, inveja e vaidade: os bastidores do rompimento entre Unimed e Fluminense
Almoço 'armado' em churrascaria, corte de prêmio como retaliação e as estratégias de Peter para tirar o poder de Celso
Fonte: O Globo 09/01/2015
RIO - As velhas rixas entre Unimed e Fluminense se renovam em 2015. Mais
do que dinheiro e títulos, o que faltou na relação entre Celso Barros e
Peter Siemsen foi carinho. De ambas as partes. Ao comentarem os
bastidores do rompimento da parceria de 15 anos, em dezembro de 2014,
pessoas ligadas tanto ao grupo da patrocinadora quanto ao do clube
apontam a vaidade, o ciúme e a inveja como os pecados que afastaram os
tricolores de coração.
Sem grandes oponentes políticos nas Laranjeiras, o
presidente Peter Siemsen teve dentro de seu próprio gabinete o pior
obstáculo ao convívio harmonioso com a ex-patrocinadora. Partidários da
manutenção da parceria esbarraram sempre na insistência do rompimento,
motivada pelo grupo político que ajudou a eleger e a reeleger Siemsen.
Barros ainda não tinha decidido pela saída quando soube que, em
paralelo, já havia a articulação e um princípio de negociação com o novo
patrocinador master, a Viton 44. Foi o estopim.
- Quero ver, sem a Unimed, se os resultados vitoriosos dos
últimos anos terão continuidade - disse Barros, ao recusar a proposta de
Peter de transferir a marca da cooperativa do peito e das costas,
partes nobres da camisa, para as mangas.
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DIVIDIR PARA GOVERNAR
Peter Siemsen, presidente do Fluminense - Divulgação Fluminense FC
Antes
mesmo de dezembro chegar, o Fluminense jogava em campo a sorte da vaga
na Libertadores. Para mostrar força durante temporadas passadas, Barros
prometia sempre o dobro, e até o triplo, do prêmio individual oferecido
pelo Fluminense aos jogadores por objetivos alcançados. Dividir para
governar era a estratégia, minada no ano passado pela falta de dinheiro
que enfraqueceu o poder da Unimed dentro do grupo.
- Quando fomos campeões em 2012 (Brasileiro e Carioca), Celso
procurava saber quanto o Fluminense pagava por jogo. Se fosse R$ 2 mil,
ele dava R$ 5 mil por jogador. A confiança era tanta, e o dinheiro
também, que a Unimed chegou, em certo momento, a depositar na
sexta-feira, antes da rodada - disse um ex-integrante da comissão
técnica que pediu para não ser identificado.
Considerado um estranho no ninho do futebol das Laranjeiras em seu
primeiro mandato, em 2011, Peter obteve apoio de Barros, mas era
protocolar. O presidente da Unimed sempre teve ótimo relacionamento com o
antecessor na presidência tricolor, Roberto Horcades. Eram amigos e a
relação viveu, durante os dois mandatos, momentos de paz e uma conquista
inédita, a Copa do Brasil, quando Celso entrou no vestiário campeão e
anunciou que pagaria um prêmio maior do que o prometido
Celso e Horcades almoçavam, jantavam e conversavam ao telefone constantemente. Com Peter, a relação era um tanto indigesta.
- Ele veio? Não acredito. Quem chamou? - disse Celso aos comensais
durante um almoço em uma churrascaria, momentos antes de Peter sentar à
mesa.
CALENDÁRIO ESPORTIVO:
O
almoço era uma armação. Cada um foi convidado por um amigo em comum,
sem que o outro soubesse. Foi uma última tentativa de reunir o que já
estava a caminho da ruína.
- Celso é um cara vaidoso. Queria conversar, participar... Gosta que,
a toda hora, digam para ele como o patrocínio era maravilhoso, o melhor
do Brasil. Coisa que o Peter não sabia, e não gostava, de fazer - disse
um ex-treinador do Fluminense.
Já para Renato Gaúcho, que disse diversas vezes, em inúmeras
entrevistas, que não ouvir o patrocinador era um pecado, Celso era como
um pai. Quando o Fluminense perdeu a Libertadores no Maracanã, em 2008,
para a LDU, Renato deixou o estádio no carro do presidente da Unimed.
Momentos antes, o técnico, campeão da Copa do Brasil com o time um ano
antes, chorava copiosamente no vestiário, com uma toalha sobre o rosto
para esconder as lágrimas.
Celso gostava de proteger os jogadores. E, ainda mais, os treinadores
de sua preferência. Peter detestava saber que os técnicos davam mais
atenção a Barros e essa mágoa começou a transformar a comissão técnica
em 2014. Ao decidir contratar Cristóvão Borges, Peter precisou abrir o
cofre e, pela primeira vez em anos, o pagamento da comissão técnica não
teve a participação da Unimed.
VOLTA PROGRAMADA
Celso havia participado da
contratação dos antecessores Abel Braga, Renato Gaúcho, Vanderlei
Luxemburgo e Dorival Júnior... Sequer se reuniu com Cristóvão. Na
primeira semana de trabalho, Celso esperou a reunião, um aceno do
Fluminense e do treinador. Que não houve.... Mas a retaliação aconteceu.
A Unimed cancelou a premiação pelo avanço do time à segunda fase da
Copa do Brasil.
- O Fluminense contratou um treinador novo, e poderá pagar também a premiação - disse Barros, à época.
Fora da camisa, mas dentro da política do clube. Celso tenta ganhar
tempo e recuperar espaço até a próxima eleição. Ele diz que,
oficialmente, estará fora, mas articula o apoio ao candidato de oposição
ao grupo de Peter. Seja quem for. Até lá, ainda mantém a sua influência
pelo que resta de poder econômico ao fazer pressão pela saída dos
jogadores. É o preço do divórcio, pago pelo Fluminense por um casamento
que acabou mal.
- Atualizado em
Fluminense rebate Celso Barros e diz que tentou expor a marca da Unimed
Após polêmica envolvendo Conca, clube diz em nota oficial que, diante das obrigações da empresa com alguns jogadores, ofereceu a manga da camisa
O interesse de São Paulo, Corinthians e, mais recentemente, do Flamengo em Conca
reacendeu a conturbada relação entre o Fluminense e a Unimed. Em
entrevista à Rádio Tupi, na noite de domingo, o presidente do
ex-patrocinador e parceiro do clube carioca, Celso Barros, mostrou toda a
sua insatisfação com a situação entre as partes .
Ele continua pagando parte dos salários (na forma de direitos de
imagem) a vários jogadores, mas sem exposição da marca na camisa
tricolor. Portanto, a negociação dos atletas é vista como a solução
ideal – diante do imbróglio, o arquirrival rubro-negro disse que não há negociação pelo meia argentino .
Tudo isto fez o presidente tricolor Peter Siemsen se manifestar, em
forma de nota oficial, nesta segunda-feira, rebatendo o antigo aliado e
garantindo que tentou encontrar uma solução ao caso.
Em nota publicada no site oficial, o Fluminese procurou "esclarecer o
rompimento com antiga patrocinadora do clube", afirmando que buscou
uma maneira de compensar a Unimed, oferecendo a manga da camisa para
exposição da marca, mas teve a proposta recusada. O Tricolor também
reafirmou que não abre mão de Conca. Confira a íntegra do comunicado: "O
Fluminense Football Club esclarece que a partir do momento em que foi
comunicado pela Unimed sobre as dificuldades em seguir com o patrocínio,
trabalhou para que uma eventual diminuição ou término da parceria se
desse de maneira organizada e saudável para ambas as partes. Neste
sentido, prolongou o vencimento do prazo para rescisão sem penalidades
por mais 15 dias e, em comum acordo com a Unimed, encaminhou a mudança
do patrocínio para a manga em 2015. Entretanto, no
dia 10 de dezembro, a empresa informou ao clube que faria a rescisão
unilateral do contrato e que não aceitaria a sugestão de estampar a
logomarca na manga. O Fluminense reitera que, diante da situação
enfrentada, o melhor caminho seria a mudança do patrocínio para a manga.
Quanto
aos boatos sobre a suposta saída do atleta Darío Conca, o Fluminense
reafirma entrevista recente do vice-presidente de futebol Mário
Bittencourt, na qual o dirigente disse que o jogador ainda tem dois anos
de contrato com o clube e faz parte dos planos para a temporada de
2015."
Apesar de dar o vínculo como encerrado, a Unimed ainda tem contratos a
cumprir com Fred, Conca, Henrique, Walter, Jean e Wagner – Rafael Sobis
fazia parte da lista, mas rescindiu contrato no fim de Dezembro,
antes de acertar com o Tigres, do México. Os seis jogadores recebem
direitos de imagem da cooperativa. São valores que representam de 50% a
80% de seus vencimentos. Cícero passaria a receber a partir de janeiro
de 2015.
- Quem paga a maior remuneração do Conca é a Unimed
(R$ 500 mil dos R$ 750 mil mensais). É muito fácil dizer que não o
liberam pagando o que eles pagam. Então é fácil esse discurso. Pelo
Fluminense, eles ficariam com o Conca por 15 anos. Vamos ver se eles
gostariam de sentar na mesa para discutir essa questão. (...) Sobraram
atletas que temos direitos econômicos. Temos interesse em resolver,
porque hoje não temos mais nenhuma exposição de imagem na camisa do
Fluminense. (...) É evidente que não temos interesse de pagar jogadores
que não nos dão exposição na camisa - disse Celso Barros.
Fluminense acerta patrocínio com a Guaraviton
Clube deve receber R$ 14 milhões nos próximos 12 meses
Fonte: O Globo 10/12/2014
RIO - Mais do que dar explicações sobre o fim da parceria de 15 anos
com a Unimed, o presidente Peter Siemsen irá usar a sua entrevista
coletiva, marcada para 11h desta quinta-feira, nas Laranjeiras, para dar
detalhes sobre o novo modelo de patrocínio.
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Ao
longo dos próximos 12 meses, o clube deverá receber R$ 14 milhões da
Viton 44. O dinheiro será investido no departamento de futebol, e o
clube ficará responsável pelas contratações e renovações de contrato, ao
contrário do que acontecia com a Unimed, que fazia as contratações.
O acordo poderá ser renovado em dezembro de 2015 por mais um ano, com
a exibição da marca Guaraviton no peito e nas costas. A quantia de R$
14 milhões, mais os R$ 17 milhões pagos pela fornecedora de material
esportivo, a Adidas, chegam ao que a Unimed planejava investir no clube
em 2015: cerca de R$ 30 milhões.
A quantia poderá aumentar com a entrada de um novo patrocinador para
ocupar os espaços das mangas da camisa, o que não era permitido devido
ao contrato de exclusividade com a cooperativa de médicos.
Antes de a Viton 44 acenar com o patrocínio ao Fluminense, o clube
foi procurado pelo Caixa Econômica Federal, interessada em um acordo nos
moldes dos demais clubes patrocinados pelo banco. Além da cláusula de
exclusividade, os problemas fiscais e econômicos do clube impediram o
avanço das conversas. O clube, no entanto, continuou a trabalhar para
sanear as contas enquanto a Unimed investia exclusivamente no futebol.
Foram três anos pagando impostos até reduzir 20% da dívida de R$ 400
milhões. O déficit anual foi reduzido de R$ 40 milhões para R$ 3 milhões
e a previsão de receita para 2015 é de R$ 200 milhões (bilheteria,
cotas de TV, licenciamento de produtos e venda de camisas).
— A saída da Unimed não representa um risco tão grande porque o clube
fez o seu dever de casa. Perde um belo patrocínio? Perde. Mas ninguém
interfere mais no futebol e o Fluminense abre uma janela de
possibilidades de crescimento — afirmou Jackson Vasconcelos,
ex-superintendente do clube, que saiu para abrir uma empresa de
consultoria.
CELSO BARROS PRESSIONA FLU PELA SAÍDA DE CONCA E OUTROS
Fonte: O Globo 05/01/2015
A ideia, ótima para o clube, de que o Fluminense seguiria com os medalhões pagos pela Unimed mesmo após o fim da parceria de 15 anos não durou mais que um mês. O
interesse do Corinthians e a proposta do Flamengo por Conca abriram a
crise entre a diretoria tricolor e o presidente da cooperativa, Celso
Barros, e expuseram o novo conflito entre as partes: de um lado, o
desejo de manter os astros, do outro, a pressão para vendê-los.
O
argentino é, dos jogadores com contrato de imagem com a Unimed, o que
tem mais mercado. O interesse externo fez com que a empresa vislumbrasse
a possibilidade de se livrar do alto encargo que terá caso precise
cumprir o contrato com o jogador até o fim, em janeiro de 2017. São R$
500 mil por mês, um valor total de R$ 13,5 milhões para explorar a
imagem do jogador, sem que tenha mais qualquer exposição de marca no
uniforme tricolor ou nas instalações do clube das Laranjeiras.
O
prejuízo com o gringo não seria o único. Fred, Jean, Wagner, Walter e
Cícero ainda possuem contrato com a Unimed. No caso de Fred, por
exemplo, o gasto que a empresa terá até o fim do compromisso, em
dezembro, será de R$ 7,2 milhões.
Celso Barros segue garantindo
que honrará os contratos, mas já deixa claro que seu interesse é se
livrar dos gastos com os atletas. Para isso, depende que o Fluminense,
dono dos direitos federativos, aceite negociá-los.
— A diretoria
tem adotado o discurso de que há vida sem a Unimed, mas é fácil fazer
isso com os jogadores pagos pela empresa e trazendo outros oito
reforços. O que não acho justo é pagarmos pela imagem dos jogadores se
não temos mais a imagem deles — defendeu Celso Barros.
A pressão
tem sido grande, com a ameaça, inclusive, de ida à Justiça para
requisitar o direito de expor a marca no clube como forma de recompensa
pelo pagamento dos direitos de imagem dos jogadores que estão no
Tricolor
A diretoria do Fluminense, por enquanto, está
irredutível. O discurso oficial é de que não há jogador inegociável, mas
internamente não há a menor intenção de vender um jogador para
minimizar o prejuízo do ex-parceiro. Ainda mais se tratando de um ídolo
para o maior rival, como seria o caso da ída de Conca para o Flamengo.
Flu aceita proposta e encaminha saída de Conca para China; Fred fica
Rodrigo Paradella Do UOL, no Rio de Janeiro 22/01/2015
O Fluminense aceitou a proposta do clube chinês Shangai Dongya e
encaminhou a saída de Conca para atuar no futebol asiático pela segunda
oportunidade. O jogador já havia defendido o Guangzhou Evergrande entre
2011 e 2013. O argentino vai receber R$ 56 milhões por dois anos de
contrato com a equipe.
Conca ainda não assinou a rescisão de seu
contrato com o Fluminense, mas a tendência é que isso aconteça sem
maiores problemas, uma vez que o 'ok' do Tricolor era o último obstáculo
para a transação. A ex-parceira Unimed Rio já havia autorizado a
transferência.
A participação de Conca no treinamento desta
quinta-feira, inclusive, estava indefinida até os últimos instantes. O
jogador chegou às Laranjeiras em cima da hora no treinamento marcado
para as 16h30. Assim como os outros atletas, ele costuma se apresentar
cerca de meia hora antes das atividades, o que não aconteceu desta vez. O
meia foi um dos últimos a entrar em campo para o trabalho.
Já
Fred, outro alvo dos milhões chineses, recusou a proposta recebida na
última quarta-feira. O camisa 9 decidiu continuar no Fluminense ao
rejeitar a transferência para a China – o time interessado não foi
revelado. O representante do jogador, Francis Melo, jantará com o vice
presidente de futebol tricolor, Mário Bittencourt, nesta quinta-feira,
nos Estados Unidos, mas já comunicou a decisão do atacante à diretoria
do clube.
Esta não foi a primeira vez que os chineses procuram o
Fluminense por Fred. O Fluminense recebeu a oferta de forma oficial e
pouco teve a fazer diante dos valores envolvidos. A opção de Fred, no
entanto, foi continuar nas Laranjeiras. Ele tem contrato com o Tricolor
até o final desta temporada.
A resposta negativa à aproximação
do futebol asiático abre as portas para a diretoria do Fluminense
reagir. O clube prepara uma oferta de renovação de contrato por quatro
anos com o atacante.
O acordo, no entanto, pode ser dificultado
pelas condições financeiras do clube, que já está com dois meses de
salários atrasados (dezembro e 13º).
Aos 31 anos, Fred é o
principal jogador do elenco do Fluminense, tendo participado das
conquistas dos Campeonatos Brasileiros de 2010 e 2012. O camisa 9 também
foi o artilheiro da última edição da competição nacional, e campeão
carioca em 2012.
Nesta quinta-feira, o meia-atacante Dário Conca concedeu entrevista
ao site UOL Esporte e comentou sobre seu momento no futebol chinês.
Atualmente, o meia-atacante está no Shanghai Dongya e explicou sobre sua
vontade de retornar ao Brasil, mesmo sem propostas no momento.
“Não tem chance (de voltar), tenho contrato por mais um ano e quatro
meses aqui e eu também não penso em voltar, quero cumprir meu contrato.
Agora, se o Shangai quiser me liberar, não quiser que eu fique, aí tudo
bem, eu gostaria de voltar pro Brasil. Mas por enquanto eu tenho
contrato aqui e vou cumprir”, reiterou.
Conca também explica sobre sua saída do Fluminense, que aconteceu no
fim de 2013 e esclarece o motivo que fez sair das Laranjeiras durante a
sua segunda passagem pelo clube. O argentino também deixa claro, que os
problemas internos que estava acontecendo no clube esta difícil que
continuasse no clube.
“Aconteceram algumas coisas que eu não consegui entender no
Fluminense, os problemas com a Unimed. Foram muitas mudanças, e então
surgiu uma proposta que para mim e para o clube era boa, então eu decidi
voltar pra China. Não foi nada de especial, foi uma oportunidade boa
para o clube e com o que estava acontecendo no Fluminense era difícil
para que eu continuasse”, explicou Conca,
UNIMED ABANDONOU O FLU PORQUE ESTÁ EM CRISE E CELSO BARROS PERDEU FORÇA NA COOPERATIVA Fonte: Portal da Band Marcondes Brito
Uma parceria que parecia perfeita entre a Unimed Rio e o Fluminense
chegou ao fim, depois de 15 anos. O presidente Celso Barros, uma espécie
de mecenas do Tricolor nos últimos tempos, tratou de explicar que “a
decisão é fruto de uma revisão da estratégia de marketing da empresa”.
O presidente do Fluminense Peter Siemsen não perdeu tempo e fechou com o grupo Viton 44 até o fim de 2015.
A Unimed, que chegou ao clube quando o Fluminense estava na terceira
divisão, foi muito mais do que uma mera patrocinadora. Bancou a
contratação, entre outros, de Romário, Edmundo, Roger, Fred, Deco e
Conca. Em diversos casos, a Unimed era responsável pelo pagamento de
quase a totalidade dos direitos de imagem dos jogadores.
Acontece que, do ponto de vista de marketing, o Fluminense acabou não
dando o retorno que a Unimed esperava. Médicos cooperados da Unimed
enxergam uma certa negligência de Celso Barros na cooperativa. Ele teria
priorizado o seu lado cartola – com participação nos direitos
federativos de alguns jogadores do clube carioca – esquecendo de focar o
negócio “plano de saúde”.
Enquanto isso, a Unimed convive com dificuldades financeiras em suas
operações, sobretudo depois que construiu o seu próprio hospital no Rio
de Janeiro. Os problema se avolumaram desde então.
“Celso Barros errou a mão”- confidenciou ao blog um médico cooperado do
Rio de Janeiro, que pediu para não ser identificado. “Para você ter uma
idéia, além do Fluminense, a Unimed chegou a pagar patrocínios até para
boates cariocas”- complementou.
Então está perfeitamente explicado o fim do casamento Unimed-Flu.Com novo uniforme, o Flu que provar que existe vida depois da Unimed
AS CRÍTICAS DE CELSO BARROS 26/01/2015 - 11h36 O Povo on line
Celso Barros reclama de falta de diálogo e ironiza viagem de dirigente do Flu
Celso Barros, presidente da Unimed, antiga parceira do Fluminense,
voltou a criticar a diretoria do clube tricolor. Após o rompimento do
contrato de patrocínio, que durou 15 anos, o empresário reclama de fala
de diálogo com os dirigentes tricolores.
- Ninguém me liga para
dizer nada. Quem manda no futebol do Fluminense está na Flórida. Que
beleza… - disse Celso, em entrevista ao jornal Extra, nesta
segunda-feira.
Celso Barros fez a ironia em referência a viagem do
vice-presidente Mário Bittencourt, que no início de Janeiro esteve nos
Estados Unidos com o time, que realizou parte da pré-temporada naquele
país. No entanto, o dirigente permaneceu na América do Norte após o
retorno do elenco, o que gerou a critica do antigo parceiro.
Mesmo
com o fim do contrato de patrocínio, a Unimed ainda tem alguns
jogadores no Fluminense. Celso deseja negociá-los, pois a empresa tem de
pagar parte dos salários dos atletas. Apesar de alguns rumores
envolvendo os nomes que pertencem a empresa, apenas Conca foi negociado
até o momento.
- Para mim, só chegou proposta concreta pelo Conca . Desconheço todas as outras que têm sido veiculadas por aí.
Além
de Conca, vendido ao do Shanghai Dongya, da China, a Unimed tem
contrato com os jogadores Fred, Jean, Walter, Wagner e Cícero. Em
dificuldades financeiras, a Unimed não tem conseguido honrar seus
compromissos com os contratados e tem atrasado os salários dos atletas.
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