segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O Rompimento com a UNIMED, a saída de Conca e a permanência de Fred

UNIMED ROMPE COM O FLUMINENSE 
Fonte: O Globo coluna Ancelmo Gois  10/12/2014
Deu no Ancelmo Gois de hoje. Acabou a parceria da Unimed com o Fluminense.
Desde de 1999, quando a Unimed passou a patrocinar o clube, o Fluminense conquistou um título do Campeonato Brasileiro da 3ª divisão (1999), dois títulos do Campeonato Brasileiro da primeira divisão (2010 e 2012), uma Copa do Brasil (2007) e três campeonatos estaduais (2002, 2005 e 2012).

Unimed rompe parceira devido a dificuldades econômicas e Fla tenta jogadores do Flu

Fonte: Mauro Cezar Pereira  ESPN 10/12/2014
Problemas financeiros aceleraram o rompimento entre Unimed e Fluminense. O mercado das empresas do setor de saúde não vive bom momento e a parceria que começara em 1999 chega ao final. No entanto, discussões que envolvem a empresa, o clube e seus contratados apenas começam.
Para ficar num exemplo, mais de 77% dos ganhos de Fred, principal atleta do Fluminense, são pagos pela ex-parceira do time das Laranjeiras. Ao deixar de estampar sua logomarca no uniforme tricolor, a Unimed não terá mais benefícios toda vez que o artilheiro do Brasileirão mandar a bola nas redes.
Porém há um contrato com o jogador. Ou seja, tem que pagar o que foi acordado. Mas em crise financeira, o que acontecerá? Simplesmente desembolsará significativa quantia mensal sem tirar qualquer vantagem marqueteira disso? Ou irá propor uma renegociação? Pessoas ligadas ao clube acreditam na segunda hipótese.
Isso poderá gerar uma série de discussões para repactuar acordos. Carlinhos, que recentemente se transferiu para o São Paulo, chegou a conversar com o Flamengo. Mas recebeu proposta rubro-negra bem inferior aquilo que meses atrás o lateral-esquerdo parecia disposto a pedir para seguir no Fluminense.
Wagner é outro que despertou interesse do rival da Gávea. Mas a pedida ainda foi alta e não houve avanço num primeiro momento. O técnico Vanderlei Luxemburgo, que com o meia trabalhou em 2013, não parece muito animado com o nome do camisa 10, mas isso não significa que o Flamengo tenha desistido de vez.
Vender um jogador como Cícero e o próprio Wágner (talvez ambos) é a saída prioritária e natural para ajustar minimamente as finanças tricolores e da ex-parceira no que envolve tantos atletas ainda com contrato em vigor. Mas é muito provável que jogadores tenham de se adequar a uma nova realidade.
No Fluminenese, há esperança na obtenção de novas marcas para exibir no fardamento dos jogadores com base no retorno que a Unimed obteve nesses 15 anos. Contudo, o mercado não anda bom e clubes como São Paulo e Palmeiras encerraram a temporada sem patrocínio master. A bolha estourou e uma nova história começa.


Flu esclarece rompimento com Unimed e rechaça saída de Conca

Fonte: Terra   05/01/2015
Apesar de rompida a parceira entre Fluminense e Unimed, a relação entre o clube e sua ex-patrocinadora ainda continua conturbada. O clima se tornou mais tenso nos últimos dias, com as especulações sobre a saída do argentino Darío Conca, apoiada pela antiga parceira tricolor.
Por isso, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, fez questão de esclarecer, por meio de nota oficial publicada no site do clube, como aconteceu o rompimento com a Unimed. Além disso, o mandatário rechaçou a saída do meia Conca, que ainda tem contrato por mais dois anos.
Confira, na íntegra, a nota oficial do Fluminense:
O Fluminense Football Club esclarece que a partir do momento em que foi comunicado pela Unimed sobre as dificuldades em seguir com o patrocínio, trabalhou para que uma eventual diminuição ou término da parceria se desse de maneira organizada e saudável para ambas as partes. Neste sentido, prolongou o vencimento do prazo para rescisão sem penalidades por mais 15 dias e, em comum acordo com a Unimed, encaminhou a mudança do patrocínio para a manga em 2015. Entretanto, no dia 10 de dezembro, a empresa informou ao clube que faria a rescisão unilateral do contrato e que não aceitaria a sugestão de estampar a logomarca na manga. O Fluminense reitera que, diante da situação enfrentada, o melhor caminho seria a mudança do patrocínio para a manga.
Quanto aos boatos sobre a suposta saída do atleta Darío Conca, o Fluminense reafirma entrevista recente do vice-presidente de futebol Mário Bittencourt, na qual o dirigente disse que o jogador ainda tem dois anos de contrato com o clube e faz parte dos planos para a temporada de 2015.
Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva

Ciúme, inveja e vaidade: os bastidores do rompimento entre Unimed e Fluminense

Almoço 'armado' em churrascaria, corte de prêmio como retaliação e as estratégias de Peter para tirar o poder de Celso

Fonte: O Globo 09/01/2015


RIO - As velhas rixas entre Unimed e Fluminense se renovam em 2015. Mais do que dinheiro e títulos, o que faltou na relação entre Celso Barros e Peter Siemsen foi carinho. De ambas as partes. Ao comentarem os bastidores do rompimento da parceria de 15 anos, em dezembro de 2014, pessoas ligadas tanto ao grupo da patrocinadora quanto ao do clube apontam a vaidade, o ciúme e a inveja como os pecados que afastaram os tricolores de coração.
Sem grandes oponentes políticos nas Laranjeiras, o presidente Peter Siemsen teve dentro de seu próprio gabinete o pior obstáculo ao convívio harmonioso com a ex-patrocinadora. Partidários da manutenção da parceria esbarraram sempre na insistência do rompimento, motivada pelo grupo político que ajudou a eleger e a reeleger Siemsen. Barros ainda não tinha decidido pela saída quando soube que, em paralelo, já havia a articulação e um princípio de negociação com o novo patrocinador master, a Viton 44. Foi o estopim.
- Quero ver, sem a Unimed, se os resultados vitoriosos dos últimos anos terão continuidade - disse Barros, ao recusar a proposta de Peter de transferir a marca da cooperativa do peito e das costas, partes nobres da camisa, para as mangas.
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DIVIDIR PARA GOVERNAR








Peter Siemsen, presidente do Fluminense - Divulgação Fluminense FC
Antes mesmo de dezembro chegar, o Fluminense jogava em campo a sorte da vaga na Libertadores. Para mostrar força durante temporadas passadas, Barros prometia sempre o dobro, e até o triplo, do prêmio individual oferecido pelo Fluminense aos jogadores por objetivos alcançados. Dividir para governar era a estratégia, minada no ano passado pela falta de dinheiro que enfraqueceu o poder da Unimed dentro do grupo.
- Quando fomos campeões em 2012 (Brasileiro e Carioca), Celso procurava saber quanto o Fluminense pagava por jogo. Se fosse R$ 2 mil, ele dava R$ 5 mil por jogador. A confiança era tanta, e o dinheiro também, que a Unimed chegou, em certo momento, a depositar na sexta-feira, antes da rodada - disse um ex-integrante da comissão técnica que pediu para não ser identificado.
Considerado um estranho no ninho do futebol das Laranjeiras em seu primeiro mandato, em 2011, Peter obteve apoio de Barros, mas era protocolar. O presidente da Unimed sempre teve ótimo relacionamento com o antecessor na presidência tricolor, Roberto Horcades. Eram amigos e a relação viveu, durante os dois mandatos, momentos de paz e uma conquista inédita, a Copa do Brasil, quando Celso entrou no vestiário campeão e anunciou que pagaria um prêmio maior do que o prometido 
Celso e Horcades almoçavam, jantavam e conversavam ao telefone constantemente. Com Peter, a relação era um tanto indigesta.
- Ele veio? Não acredito. Quem chamou? - disse Celso aos comensais durante um almoço em uma churrascaria, momentos antes de Peter sentar à mesa.
CALENDÁRIO ESPORTIVO:
O almoço era uma armação. Cada um foi convidado por um amigo em comum, sem que o outro soubesse. Foi uma última tentativa de reunir o que já estava a caminho da ruína.
- Celso é um cara vaidoso. Queria conversar, participar... Gosta que, a toda hora, digam para ele como o patrocínio era maravilhoso, o melhor do Brasil. Coisa que o Peter não sabia, e não gostava, de fazer - disse um ex-treinador do Fluminense.
Já para Renato Gaúcho, que disse diversas vezes, em inúmeras entrevistas, que não ouvir o patrocinador era um pecado, Celso era como um pai. Quando o Fluminense perdeu a Libertadores no Maracanã, em 2008, para a LDU, Renato deixou o estádio no carro do presidente da Unimed. Momentos antes, o técnico, campeão da Copa do Brasil com o time um ano antes, chorava copiosamente no vestiário, com uma toalha sobre o rosto para esconder as lágrimas.
Celso gostava de proteger os jogadores. E, ainda mais, os treinadores de sua preferência. Peter detestava saber que os técnicos davam mais atenção a Barros e essa mágoa começou a transformar a comissão técnica em 2014. Ao decidir contratar Cristóvão Borges, Peter precisou abrir o cofre e, pela primeira vez em anos, o pagamento da comissão técnica não teve a participação da Unimed.


VOLTA PROGRAMADA
Celso havia participado da contratação dos antecessores Abel Braga, Renato Gaúcho, Vanderlei Luxemburgo e Dorival Júnior... Sequer se reuniu com Cristóvão. Na primeira semana de trabalho, Celso esperou a reunião, um aceno do Fluminense e do treinador. Que não houve.... Mas a retaliação aconteceu. A Unimed cancelou a premiação pelo avanço do time à segunda fase da Copa do Brasil.
- O Fluminense contratou um treinador novo, e poderá pagar também a premiação - disse Barros, à época.
Fora da camisa, mas dentro da política do clube. Celso tenta ganhar tempo e recuperar espaço até a próxima eleição. Ele diz que, oficialmente, estará fora, mas articula o apoio ao candidato de oposição ao grupo de Peter. Seja quem for. Até lá, ainda mantém a sua influência pelo que resta de poder econômico ao fazer pressão pela saída dos jogadores. É o preço do divórcio, pago pelo Fluminense por um casamento que acabou mal.

- Atualizado em

Fluminense rebate Celso Barros e diz
que tentou expor a marca da Unimed

Após polêmica envolvendo Conca, clube diz em nota oficial que, diante das
obrigações da empresa com alguns jogadores, ofereceu a manga da camisa

O interesse de São Paulo, Corinthians e, mais recentemente, do Flamengo em Conca  reacendeu a conturbada relação entre o Fluminense e a Unimed. Em entrevista à Rádio Tupi, na noite de domingo, o presidente do ex-patrocinador e parceiro do clube carioca, Celso Barros, mostrou toda a sua insatisfação com a situação entre as partes . Ele continua pagando parte dos salários (na forma de direitos de imagem) a vários jogadores, mas sem exposição da marca na camisa tricolor. Portanto, a negociação dos atletas é vista como a solução ideal – diante do imbróglio, o arquirrival rubro-negro disse que não há negociação pelo meia argentino . Tudo isto fez o presidente tricolor Peter Siemsen se manifestar, em forma de nota oficial, nesta segunda-feira, rebatendo o antigo aliado e garantindo que tentou encontrar uma solução ao caso.
Em nota publicada no site oficial, o Fluminese procurou "esclarecer o rompimento com antiga patrocinadora do clube", afirmando que buscou uma maneira de compensar a Unimed, oferecendo a manga da camisa para exposição da marca, mas teve a proposta recusada. O Tricolor também reafirmou que não abre mão de Conca. Confira a íntegra do comunicado:
"O Fluminense Football Club esclarece que a partir do momento em que foi comunicado pela Unimed sobre as dificuldades em seguir com o patrocínio, trabalhou para que uma eventual diminuição ou término da parceria se desse de maneira organizada e saudável para ambas as partes. Neste sentido, prolongou o vencimento do prazo para rescisão sem penalidades por mais 15 dias e, em comum acordo com a Unimed, encaminhou a mudança do patrocínio para a manga em 2015.
Entretanto, no dia 10 de dezembro, a empresa informou ao clube que faria a rescisão unilateral do contrato e que não aceitaria a sugestão de estampar a logomarca na manga. O Fluminense reitera que, diante da situação enfrentada, o melhor caminho seria a mudança do patrocínio para a manga.

Quanto aos boatos sobre a suposta saída do atleta Darío Conca, o Fluminense reafirma entrevista recente do vice-presidente de futebol Mário Bittencourt, na qual o dirigente disse que o jogador ainda tem dois anos de contrato com o clube e faz parte dos planos para a temporada de 2015."

Apesar de dar o vínculo como encerrado, a Unimed ainda tem contratos a cumprir com Fred, Conca, Henrique, Walter, Jean e Wagner – Rafael Sobis fazia parte da lista, mas rescindiu contrato no fim de Dezembro, antes de acertar com o Tigres, do México. Os seis jogadores recebem direitos de imagem da cooperativa. São valores que representam de 50% a 80% de seus vencimentos. Cícero passaria a receber a partir de janeiro de 2015.
- Quem paga a maior remuneração do Conca é a Unimed (R$ 500 mil dos R$ 750 mil mensais). É muito fácil dizer que não o liberam pagando o que eles pagam. Então é fácil esse discurso. Pelo Fluminense, eles ficariam com o Conca por 15 anos. Vamos ver se eles gostariam de sentar na mesa para discutir essa questão. (...) Sobraram atletas que temos direitos econômicos. Temos interesse em resolver, porque hoje não temos mais nenhuma exposição de imagem na camisa do Fluminense. (...) É evidente que não temos interesse de pagar jogadores que não nos dão exposição na camisa - disse Celso Barros.FUTEBOL - FLUMINENSE - Peter Siemsen e Celso Barros (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)

Fluminense acerta patrocínio com a Guaraviton

Clube deve receber R$ 14 milhões nos próximos 12 meses

Fonte: O Globo 10/12/2014

RIO - Mais do que dar explicações sobre o fim da parceria de 15 anos com a Unimed, o presidente Peter Siemsen irá usar a sua entrevista coletiva, marcada para 11h desta quinta-feira, nas Laranjeiras, para dar detalhes sobre o novo modelo de patrocínio.
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Ao longo dos próximos 12 meses, o clube deverá receber R$ 14 milhões da Viton 44. O dinheiro será investido no departamento de futebol, e o clube ficará responsável pelas contratações e renovações de contrato, ao contrário do que acontecia com a Unimed, que fazia as contratações. O acordo poderá ser renovado em dezembro de 2015 por mais um ano, com a exibição da marca Guaraviton no peito e nas costas. A quantia de R$ 14 milhões, mais os R$ 17 milhões pagos pela fornecedora de material esportivo, a Adidas, chegam ao que a Unimed planejava investir no clube em 2015: cerca de R$ 30 milhões.
A quantia poderá aumentar com a entrada de um novo patrocinador para ocupar os espaços das mangas da camisa, o que não era permitido devido ao contrato de exclusividade com a cooperativa de médicos.
Antes de a Viton 44 acenar com o patrocínio ao Fluminense, o clube foi procurado pelo Caixa Econômica Federal, interessada em um acordo nos moldes dos demais clubes patrocinados pelo banco. Além da cláusula de exclusividade, os problemas fiscais e econômicos do clube impediram o avanço das conversas. O clube, no entanto, continuou a trabalhar para sanear as contas enquanto a Unimed investia exclusivamente no futebol. Foram três anos pagando impostos até reduzir 20% da dívida de R$ 400 milhões. O déficit anual foi reduzido de R$ 40 milhões para R$ 3 milhões e a previsão de receita para 2015 é de R$ 200 milhões (bilheteria, cotas de TV, licenciamento de produtos e venda de camisas).
— A saída da Unimed não representa um risco tão grande porque o clube fez o seu dever de casa. Perde um belo patrocínio? Perde. Mas ninguém interfere mais no futebol e o Fluminense abre uma janela de possibilidades de crescimento — afirmou Jackson Vasconcelos, ex-superintendente do clube, que saiu para abrir uma empresa de consultoria.

CELSO BARROS PRESSIONA FLU PELA SAÍDA DE CONCA E OUTROS
Fonte: O Globo 05/01/2015 

A ideia, ótima para o clube, de que o Fluminense seguiria com os medalhões pagos pela Unimed mesmo após o fim da parceria de 15 anos não durou mais que um mês. O interesse do Corinthians e a proposta do Flamengo por Conca abriram a crise entre a diretoria tricolor e o presidente da cooperativa, Celso Barros, e expuseram o novo conflito entre as partes: de um lado, o desejo de manter os astros, do outro, a pressão para vendê-los.
O argentino é, dos jogadores com contrato de imagem com a Unimed, o que tem mais mercado. O interesse externo fez com que a empresa vislumbrasse a possibilidade de se livrar do alto encargo que terá caso precise cumprir o contrato com o jogador até o fim, em janeiro de 2017. São R$ 500 mil por mês, um valor total de R$ 13,5 milhões para explorar a imagem do jogador, sem que tenha mais qualquer exposição de marca no uniforme tricolor ou nas instalações do clube das Laranjeiras.
O prejuízo com o gringo não seria o único. Fred, Jean, Wagner, Walter e Cícero ainda possuem contrato com a Unimed. No caso de Fred, por exemplo, o gasto que a empresa terá até o fim do compromisso, em dezembro, será de R$ 7,2 milhões.
Celso Barros segue garantindo que honrará os contratos, mas já deixa claro que seu interesse é se livrar dos gastos com os atletas. Para isso, depende que o Fluminense, dono dos direitos federativos, aceite negociá-los.
— A diretoria tem adotado o discurso de que há vida sem a Unimed, mas é fácil fazer isso com os jogadores pagos pela empresa e trazendo outros oito reforços. O que não acho justo é pagarmos pela imagem dos jogadores se não temos mais a imagem deles — defendeu Celso Barros.
A pressão tem sido grande, com a ameaça, inclusive, de ida à Justiça para requisitar o direito de expor a marca no clube como forma de recompensa pelo pagamento dos direitos de imagem dos jogadores que estão no Tricolor
A diretoria do Fluminense, por enquanto, está irredutível. O discurso oficial é de que não há jogador inegociável, mas internamente não há a menor intenção de vender um jogador para minimizar o prejuízo do ex-parceiro. Ainda mais se tratando de um ídolo para o maior rival, como seria o caso da ída de Conca para o Flamengo.

Flu aceita proposta e encaminha saída de Conca para China; Fred fica

 Rodrigo Paradella
Do UOL, no Rio de Janeiro 22/01/2015

O Fluminense aceitou a proposta do clube chinês Shangai Dongya e encaminhou a saída de Conca para atuar no futebol asiático pela segunda oportunidade. O jogador já havia defendido o Guangzhou Evergrande entre 2011 e 2013. O argentino vai receber R$ 56 milhões por dois anos de contrato com a equipe.
Conca ainda não assinou a rescisão de seu contrato com o Fluminense, mas a tendência é que isso aconteça sem maiores problemas, uma vez que o 'ok' do Tricolor era o último obstáculo para a transação. A ex-parceira Unimed Rio já havia autorizado a transferência. 
A participação de Conca no treinamento desta quinta-feira, inclusive, estava indefinida até os últimos instantes. O jogador chegou às Laranjeiras em cima da hora no treinamento marcado para as 16h30. Assim como os outros atletas, ele costuma se apresentar cerca de meia hora antes das atividades, o que não aconteceu desta vez. O meia foi um dos últimos a entrar em campo para o trabalho.
Já Fred, outro alvo dos milhões chineses, recusou a proposta recebida na última quarta-feira. O camisa 9 decidiu continuar no Fluminense ao rejeitar a transferência para a China – o time interessado não foi revelado. O representante do jogador, Francis Melo, jantará com o vice presidente de futebol tricolor, Mário Bittencourt, nesta quinta-feira, nos Estados Unidos, mas já comunicou a decisão do atacante à diretoria do clube.
Esta não foi a primeira vez que os chineses procuram o Fluminense por Fred. O Fluminense recebeu a oferta de forma oficial e pouco teve a fazer diante dos valores envolvidos. A opção de Fred, no entanto, foi continuar nas Laranjeiras. Ele tem contrato com o Tricolor até o final desta temporada.
A resposta negativa à aproximação do futebol asiático abre as portas para a diretoria do Fluminense reagir. O clube prepara uma oferta de renovação de contrato por quatro anos com o atacante.
O acordo, no entanto, pode ser dificultado pelas condições financeiras do clube, que já está com dois meses de salários atrasados (dezembro e 13º).
Aos 31 anos, Fred é o principal jogador do elenco do Fluminense, tendo participado das conquistas dos Campeonatos Brasileiros de 2010 e 2012. O camisa 9 também foi o artilheiro da última edição da competição nacional, e campeão carioca em 2012.

 

Adaptado ao futebol chinês, Conca revela motivo da sua saída no Fluminense

Nesta quinta-feira, o meia-atacante Dário Conca concedeu entrevista ao site UOL Esporte e comentou sobre seu momento no futebol chinês. Atualmente, o meia-atacante está no Shanghai Dongya e explicou sobre sua vontade de retornar ao Brasil, mesmo sem propostas no momento.

“Não tem chance (de voltar), tenho contrato por mais um ano e quatro meses aqui e eu também não penso em voltar, quero cumprir meu contrato. Agora, se o Shangai quiser me liberar, não quiser que eu fique, aí tudo bem, eu gostaria de voltar pro Brasil. Mas por enquanto eu tenho contrato aqui e vou cumprir”, reiterou.
Conca também explica sobre sua saída do Fluminense, que aconteceu no fim de 2013 e esclarece o motivo que fez sair das Laranjeiras durante a sua segunda passagem pelo clube. O argentino também deixa claro, que os problemas internos que estava acontecendo no clube esta difícil que continuasse no clube.
“Aconteceram algumas coisas que eu não consegui entender no Fluminense, os problemas com a Unimed. Foram muitas mudanças, e então surgiu uma proposta que para mim e para o clube era boa, então eu decidi voltar pra China. Não foi nada de especial, foi uma oportunidade boa para o clube e com o que estava acontecendo no Fluminense era difícil para que eu continuasse”, explicou Conca,

UNIMED ABANDONOU O FLU PORQUE ESTÁ EM CRISE E CELSO BARROS PERDEU FORÇA NA COOPERATIVA
Fonte: Portal da Band Marcondes Brito

Uma parceria que parecia perfeita entre a Unimed Rio e o Fluminense chegou ao fim, depois de 15 anos. O presidente Celso Barros, uma espécie de mecenas do Tricolor nos últimos tempos, tratou de explicar que “a decisão é fruto de uma revisão da estratégia de marketing da empresa”.
O presidente do Fluminense Peter Siemsen não perdeu tempo e fechou com o grupo Viton 44 até o fim de 2015.
A Unimed, que chegou ao clube quando o Fluminense estava na terceira divisão, foi muito mais do que uma mera patrocinadora. Bancou a contratação, entre outros, de Romário, Edmundo, Roger, Fred, Deco e Conca. Em diversos casos, a Unimed era responsável pelo pagamento de quase a totalidade dos direitos de imagem dos jogadores.
Acontece que, do ponto de vista de marketing, o Fluminense acabou não dando o retorno que a Unimed esperava. Médicos cooperados da Unimed enxergam uma certa negligência de Celso Barros na cooperativa. Ele teria priorizado o seu lado cartola – com participação nos direitos federativos de alguns jogadores do clube carioca – esquecendo de focar o negócio “plano de saúde”.
Enquanto isso, a Unimed convive com dificuldades financeiras em suas operações, sobretudo depois que construiu o seu próprio hospital no Rio de Janeiro. Os problema se avolumaram desde então.
“Celso Barros errou a mão”- confidenciou ao blog um médico cooperado do Rio de Janeiro, que pediu para não ser identificado. “Para você ter uma idéia, além do Fluminense, a Unimed chegou a pagar patrocínios até para boates cariocas”- complementou.
Então está perfeitamente explicado o fim do casamento Unimed-Flu.ff26e4320af010b5541f7c0528aa8748Com novo uniforme, o Flu que provar que existe vida depois da Unimed


AS CRÍTICAS DE CELSO BARROS
 26/01/2015 - 11h36   O Povo on line

Celso Barros reclama de falta de diálogo e ironiza viagem de dirigente do Flu

Celso Barros, presidente da Unimed, antiga parceira do Fluminense, voltou a criticar a diretoria do clube tricolor. Após o rompimento do contrato de patrocínio, que durou 15 anos, o empresário reclama de fala de diálogo com os dirigentes tricolores.
- Ninguém me liga para dizer nada. Quem manda no futebol do Fluminense está na Flórida. Que beleza… - disse Celso, em entrevista ao jornal Extra, nesta segunda-feira.
Celso Barros fez a ironia em referência a viagem do vice-presidente Mário Bittencourt, que no início de Janeiro esteve nos Estados Unidos com o time, que realizou parte da pré-temporada naquele país. No entanto, o dirigente permaneceu na América do Norte após o retorno do elenco, o que gerou a critica do antigo parceiro.
Mesmo com o fim do contrato de patrocínio, a Unimed ainda tem alguns jogadores no Fluminense. Celso deseja negociá-los, pois a empresa tem de pagar parte dos salários dos atletas. Apesar de alguns rumores envolvendo os nomes que pertencem a empresa, apenas Conca foi negociado até o momento.
- Para mim, só chegou proposta concreta pelo Conca . Desconheço todas as outras que têm sido veiculadas por aí.
Além de Conca, vendido ao do Shanghai Dongya, da China, a Unimed tem contrato com os jogadores Fred, Jean, Walter, Wagner e Cícero. Em dificuldades financeiras, a Unimed não tem conseguido honrar seus compromissos com os contratados e tem atrasado os salários dos atletas.

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