quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Os padroeiros,Estádio das Laranjeiras e a contribuição de Eduardo Guinle, o Mascote Cartola e os Hinos do Fluminense


OS Padroeiros

NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

 

PAPA JOÃO PAULO II

A relação da torcida do Fluminense para com o Papa João Paulo II começou em 1980 , quando o então pontífice visitou o Rio de Janeiro e recebeu uma camisa do clube das mãos de um garoto de 10 anos, passando a adotar essa música desde então, sendo ela um símbolo da conquista do Campeonato Carioca de 1980 
Desde então, a claque tricolor entoa a música "A Benção, João de Deus" durante as partidas, sobretudo durante momentos difíceis nos jogos. Na final do Campeonato Carioca de Futebol de 2005 , o gol do título saiu aos 47 minutos do segundo tempo, enquanto a torcida cantava essa canção.
Talvez inspirado por esta relação, o Fluminense entregou ao Papa Francisco  uma camisa tricolor, quando ele aterrisou de Helicóptero no Estádio das Laranjeiras , para participar de evento relacionado a Jornada da Juventude.
 



OS HINOS DO FLUMINENSE

Fonte: Wikipedia

O Fluminense possui um hino oficial e um popular. O primeiro Hino teve a letra composta por Coelho Neto sobre a música de Jack Judge e Harry Williams It´s a Long Way to Tipperary -- e foi cantado pela primeira vez na solenidade de inauguração da 3ª sede do clube, a 23 de Julho de 1915
O hino oficial possui letra e música de Antônio Cardoso de Menezes Filho, tendo sido criado em 1916  para tomar o lugar do primeiro hino do clube, criado em 1915, e que estava sendo motivo de paródias 
O hino popular do Fluminense Football Club, intitulado de Marcha Popular, foi composto na década de 1940, por Lamartine Babo  - um dos mais importantes compositores populares do Brasil. A letra foi composta pelo maestro Lyrio Panicali. Sem dúvida, dos três, é o mais conhecido e tem a particularidade de ser o único hino, dentre os de todos os grandes clubes brasileiros, em tom menor.
O primeiro hino
  • Letra:Coelho Neto 
Hino Oficial do Fluminense Football Club
  • Letra: Antônio Cardoso de Menezes Filho
Gravação original da Marcha (Hino Popular)
A gravação original, histórica, rara e preciosa, foi feita na década de 1940 pelo Trio Melodia que era formado por três tricolores famosos: Paulo Tapajós, Nuno Roland e Albertinho Fortuna, destaques da Rádio Nacional em sua época. O acompanhamento é da orquestra do maestro Lyrio Panicali.
Paulo Tapajós, figura das mais queridas do Flu em sua época, é Benemérito do clube e foi Vice-presidente Social nas gestões de vários presidentes.
A remasterização desta gravação e transformação para o Formato MP3 , resgata a letra correta da marcha, alterada em diversas gravações posteriores, e recupera a terceira estrofe, relativa ao "branco" , abandonada em muitas dessas outras gravações.
Hino do Fluminense Football Club (Popular)
  • Letra: Lamartine Babo
  • Música:Lyrio Panicali
Cquote1.svg Sou tricolor de coração
Sou do clube tantas vezes campeão
Fascina pela sua disciplina
O Fluminense me domina
Eu tenho amor ao tricolor!
Salve o querido pavilhão
Das três cores que traduzem tradição
A paz, a esperança e o vigor
Unido e forte pelo esporte
Eu sou é tricolor!
Vence o Fluminense
Com o verde da esperança
Pois quem espera sempre alcança
Clube que orgulha o Brasil
Retumbante de glórias
E vitórias mil!
Vence o Fluminense
Com o sangue do encarnado
Com amor e com vigor
Faz a torcida querida
Vibrar de emoção o tricampeão!
Vence o Fluminense
Usando a fidalguia
Branco é paz e harmonia
Brilha com o sol
Da manhã
Qual luz de um refletor Salve o Tricolor!
Cquote2.svg


O MASCOTE 

Entre muitos símbolos ligados ao Fluminense, um se destacou e é o mascote do clube: o Cartola. Criado pelo caricaturista argentino Mollas, Cartola teve inspiração nos torcedores tricolores ilustres e famosos, como presidentes, cantores, artistas… Com sua pose elegante, o mascote passa a imagem da aristocracia tricolor.
Existe também uma corrente da diretoria tricolor, na gestão do Presidente Peter Siemsen, de adotar um novo mascote. O desejo é aproximar o título de Time de Guerreiros ao novo mascote, que foi associado ao Fluminense após a milagrosa saída do rebaixamento em 2009.


ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS

Estádio Manuel Schwartz (Estádio das Laranjeiras): 90 anos de glórias.

Fonte: O Tricolor verdadeiro 11/05/2009

Isso mesmo, hoje é o dia. Em 11 de maio de 1919, há exatos noventa anos, era inaugurado o estádio do Fluminense Footbal Club com capacidade inicial para 18.000 espectadores.

No jogo inaugural, a Seleção Brasileira venceu a Chilena por 6 x 0, em partida válida pelo Campeonato Sul-Americano.

Em 1922, o Estádio foi ampliado com a construção de mais um lance de arquibancada e sua capacidade aumentada para 25.000 pessoas.

O objetivo da ampliação era o de sediar dois dos eventos comemorativos do Centenário da Independência, os Jogos Olímpicos Latino Americanos, na realidade o precursor dos Jogos Pan-Americanos e o Campeonato Sul-Americano de Seleções.

Os custos da ampliação foram totalmente cobertos pelo clube, apesar da mesma ter sido realizada a pedido das autoridades que precisavam de um local adequado para a realização dos eventos.

Segundo estimativas da imprensa à época, em diversos jogos tanto do Fluminense como da Seleção Brasileira, a lotação oficial do estádio foi ultrapassada alcançando mais de 30.000 espectadores.

No final dos anos cinquenta, a Prefeitura do antigo Distrito Federal desejou desapropriar o estádio por causa das obras de duplicação da Rua Pinheiro Machado, o que ensejou uma série de negociações com a direção do clube.

Finalmente em 1961, após marchas e contramarchas, o então Governo do Estado da Guanabara acabou por desapropriar parte do terreno do estádio, que perdeu o lance de arquibancada contíguo à Rua Pinheiro Machado.

Os detalhes dessas negociações não ficaram muito claros. Provavelmente não houve boa vontade por parte dos políticos e dos engenheiros e arquitetos do Estado para uma solução tecnicamente mais racional. O projeto para construção do antigo estádio do Club Atlético de Madrid poderia ter servido de inspiração para soluções mais criativas.

O fato é que com a desapropriação, a troco de uma indenização ridícula, o estádio teve suas dimensões reduzidas para 72 x 105 metros e a capacidade para 8.000 espectadores, não sendo mais utilizado hoje em dia para jogos oficiais.

Durante toda a utilização do estádio, o Fluminense disputou 839 partidas, com um aproveitamento de 70%. Marcou 2206 gols e sofreu 1049.

Em justa homenagem, em 2004, o estádio recebeu o nome de Manuel Schwartz, presidente vencedor dos idos de 1980, seguramente o mais lúcido das últimas décadas.

O estádio era muito charmoso, as famílias se reuniam para assistir aos jogos, programa imperdível nas tardes dos domingos cariocas, que se transformavam em dias de festa e magia, como atestam as fotos a seguir, referentes a uma partida entre cariocas e paulistas, realizada em novembro de 1926.Apesar da tradição e do legado de vitórias e glórias mil, a realidade é que o estádio entrou em decadência depois da desapropriação, cujas cicatrizes ainda perduram. Hoje em dia é apenas um arremedo daquela bela praça de esportes e tem servido apenas para treinamento do elenco profissional.

O gramado é mal cuidado e pode ser que seja o responsável pelos inúmeros casos de contusões de atletas durante os treinos.

A perda de seu estádio culminou com a decadência técnica do clube tantas vezes campeão, a ponto de perder para o maior rival uma hegemonia histórica no futebol do Rio de Janeiro.

A alternativa de utilização tão somente do Maracanã para todas as partidas colaborou para o endividamento gradual do clube, tendo em vista as taxas escorchantes cobradas pelas autoridades políticas que administram o estádio.

Tentativas foram e continuam sendo feitas no sentido de ser construído um novo estádio, mas até agora muita falação e nada de concreto.

A atual presidência sonha com a construção de um Centro de Treinamento em Xerém que, se concretizada, poderá provavelmente se transformar num belo tiro n’água, pois é difícil para o menos lúcido dos tricolores conceber a ideia dos atletas deixarem diariamente suas residências na Barra da Tijuca, Leblon, Ipanema e Laranjeiras para se deslocar por quase duas horas para o local de treinamento e depois gastar mais duas para voltar.

Soluções melhores terão que ser tentadas porque se oficializar Xerém como Centro de Treinamento, nossa equipe principal poderá vir a ser formada apenas por jogadores jovens e sem experiência.

Quanto ao estádio em si, o problema não é de fácil solução. A maioria megalômica deseja um campo com capacidade para quarenta ou cinquenta mil pessoas.

Exagero, o que o Fluminense precisa é de um estádio moderno com capacidade em torno de 30.000 espectadores para os jogos de menor apelo. Os clássicos regionais e as partidas decisivas das diversas competições continuarão tendo o Maracanã como palco.

Pelo que se ouve falar, parece que o local atual está completamente descartado. Pelo que dizem o maior entrave seria a falta de locais adequados para estacionamento. Outra falácia, o atual estádio fica a poucos metros da estação do metrô, além de inúmeras linhas de ônibus.

O problema maior será vencer a resistência da minoria dos sócios que se beneficia das quadras de tênis, para que elas sejam deslocadas mais pra trás.

Não se trata de apologia à reconstrução do estádio nas Laranjeiras, apenas uma sugestão para que o local também seja considerado em eventuais futuros estudos.

De qualquer modo será necessário investimento pesado por parte da iniciativa privada e para que o clube tenha o cacife necessário para conquistá-lo torna-se imprescindível que volte a figurar como um dos grandes vencedores do futebol brasileiro.
Ganhar um Campeonato Brasileiro, uma Copa Libertadores, um Campeonato Mundial de clubes certamente despertará a atenção dos investidores para a marca Fluminense, apesar dos pesares um nome ainda forte no cenário esportivo.

Ano passado, o objetivo quase foi alcançado. Tínhamos o melhor zagueiro do Brasil, dois bons laterais, poderíamos ter o melhor meio campo do país (Arouca, Cícero, Conca e Thiago Neves) se escalado sem proteções descabidas e dois atacantes efetivos e em ótimas fases. Infelizmente os desmandos técnicos e administrativos roubaram do clube essa glória ainda inédita.

Caros tricolores, o texto não deixa de ser um desabafo de um velho torcedor cansado de ver e ouvir tantas asneiras. Espero que sirva para reflexão daqueles que dirigem ou venham a dirigir o clube.

Relembrando o Estádio das Laranjeiras


A semana é de preparo para os tricolores. Sábado, o início da Taça-Rio e quarta-feira, a estréia no Maracanã pela Libertadores. Deixemos de lado os problemas do time, as idiossincrasias de nosso técnico e as bobagens da diretoria, pois esses fatos já foram sobejamente dissecados e debatidos. O momento é de dar apoio e tranquilidade ao nosso Fluzão e nada melhor do que viajar no tempo, para que a galera mais nova possa ver como nosso acanhado estádio já teve seus dias de glória.

Pois é, tricolores, o campo que comportava mais de 25 mil pessoas e que foi palco de partidas da Seleção Brasileira, é hoje um arremedo de estádio, devido à incúria e incompetência de políticos, engenheiros e arquitetos, que grassavam no estado nos idos de 1960.

Com a construção do túnel Santa Bárbara, surgiu a necessidade de se duplicar a rua Pinheiro Machado. O traçado, escolhido pelos doutos, passaria pelo terreno do estádio. Depois de muitas discussões e reclamações, o Fluminense teve, em 1961, parte de seu terreno desapropriada. Todo o lado contíguo à rua Pinheiro Machado foi demolido. As construções mais recuadas permaneceram rentes à rua, separadas por um pequeno muro de tijolinhos aparentes.

Não se pode precisar se houve estudos alternativos para a construção da nova via, mas provavelmente inexistiu vontade suficiente para tentar efetivar a desapropriação do outro lado da rua. Como consequência, o estádio acabou sendo esquartejado. Muito tempo mais tarde, o Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural decretou o tombamento do estádio das Laranjeiras. Não se tem conhecimento por que tal atitude não foi efetivada antes.

EDUARDO GUINLE E A CONSTRUÇÃO DA SEDE DAS LARANJEIRAS



Fonte: Wikipedia
O Fluminense Football Club obteve sua primeira sede no dia 17 de outubro de 1902. A instalação inicial do clube tinha como endereço a Rua Guanabara, a atual Pinheiro Machado, esquina com a Rua do Roso, a atual Coelho Netto, no bairro carioca de Laranjeiras. O Fluminense alugava o terreno do Banco da República por cem mil réis. Porém a primeira opção dos fundadores do Fluminense era um terreno na Rua Dona Mariana, mas a proposta foi recusada pelo proprietário.
Só um ano mais tarde o terreno foi nivelado. Na época, a máquina niveladora e a de cortar grama eram puxadas por um burro. Para preservar o trabalho já feito, o animal era sempre calçado com luvas de veludo nas quatro patas. "Faísca" ficou então famoso e conhecido como o "burro mais elegante do Rio de Janeiro".
Mais tarde, o terreno foi comprado por Eduardo Guinle e imediatamente começaram as obras para a construção da sede. Antes ela era uma pequena casa branca que servia de moradia para o vigia. Após a instalação de água e banheiro, o Flu já pagava o dobro do aluguel.
Em 14 de agosto de 1904, foi realizado o primeiro jogo interestadual no campo da Rua Guanabara, contra o Paulistano. Este foi o jogo inaugural da nova praça de esportes no Rio de Janeiro e a diretoria do Fluminense mandou construir uma pequena arquibancada de madeira para acomodar o público, cobrando os primeiros ingressos para um jogo de futebol. Além dos sócios do Fluminense e convidados presentes, foram 806 cartões passados pelos sócios e 190 entradas vendidas a não-sócios na bilheteria, com o ingresso custando 2$000 e uma renda apurada de 1:992$000.
Em 1905, Eduardo Guinle construiu, por sua conta, a primeira arquibancada em campos de futebol do Rio de Janeiro. Concluído este melhoramento, o aluguel triplicou novamente. Neste mesmo ano, mediante empréstimo feito entre os sócios, foi demolida a primeira sede e construída a segunda.
A inauguração da terceira sede, em 27 de julho de 1915, foi muito comemorada, culminando com um baile no rinque de patinação, quando foi entoado o primeiro hino do Fluminense, de autoria de Paulo Coelho Netto.
Ainda em 1915, o presidente Cunha Freire construiu arquibancada privativa para os sócios e suas famílias. O plano de expansão foi completado com a construção de um novo rink, aquisição de mobiliários, instalação elétrica, aumento das arquibancadas e construção das gerais.
Em 1918, começam as reformas que vão dar origem à quarta sede do Fluminense. As obras terminaram em 1920, sob a presidência de Arnaldo Guinle, que contratou o arquiteto cataão  Hipòlit Gustau Pujol Jr. (Hipólito Gustavo Pujol Júnior) para projetar as dependências. Com vitrais franceses e lustres de cristal, o Salão Nobre se tornou palco de muitos shows, bailes, desfiles, óperas e balé. Ainda hoje, é muito utilizado para festas, reuniões e gravação de filmes e minisséries, como "Anos Dourados", "Dona Flor e seus dois maridos", " Villa -lobos- Uma Vida de Paixão", telenovelas e comerciais. A sede é própria e, hoje, é tombada pelo patrimônio histórico.
Em 1961, a pedido da prefeitura e do Governo Estadual, parte de seu terreno foi desapropriado pela extinta Superintendência de Urbanização e Saneamento para ampliação da rua Pinheiro Machado - uma área de 1 084 metros quadrados -, que culminou com a demolição de uma parte da arquibancada. O governo indenizou o clube pela perda de seu patrimônio e o Flu prestava novamente à cidade um serviço relevante, mesmo tendo um enorme prejuízo esportivo

UNIFORMES
Primeiro uniforme 1903


Uniforme Tricolor em 1910

 A HISTÓRIA DO PÓ DE ARROZ

Espetáculo do pó de arroz no Maracanã
Espetáculo do pó de arroz no Maracanã
O jargão “pó-de-arroz”, conhecido pela torcida do Fluminense, popularizou-se por causa do jogador Carlos Alberto. Em 1914, vindo do América para o Fluminense, ele teve receio dos aristocráticos tricolores devido à sua cor. No jogo realizado em 13 de maio de 1914, Carlos Alberto tentou disfarçar sua cor colocando pó de arroz no corpo. Durante o jogo, o suor que escorria de seu rosto deixou-o com um aspecto malhado e todos da arquibancada gritaram “pó de arroz”. E foi assim que surgiu o apelido do clube.
A torcida passou então a jogar talco, em alusão ao pó de arroz, e acabou por se tornar uma grande festa quando o time do Fluminense entrava em campo. Porém , em 1999, a entrada do talco nos estádios foi proibida. Nove anos depois, em 2008, na reestréia do time no Maracanã pela Copa Libertadores, a festa voltou a contar com o “ingrediente”. Foi em 5 de maio do ano passado e, no fim, o Tricolor goleou os argentinos do Arsenal por 6 a 0, com direito a golaço de Dodô.
Fonte: Site oficial e NETFLU


Fonte: Site oficial. Texto NETFLU.

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