domingo, 17 de outubro de 2021

 

Celso Barros revela bastidores de transferências do Fluminense e critica Mário: ‘Virou um rei’

Em entrevista, vice-presidente do Fluminense afirmou que Mário Bittencourt o isolou; Dirigente criticou gestão do futebol e montagem de elenco

16/10/2021 ISTOÉ

Na última sexta-feira, Celso Barros concedeu entrevista ao podcast Charla. Durante a conversa, o vice-presidente do Fluminense  criticou a gestão de Mário Bittencourt e comentou em detalhes sobre seu afastamento da diretoria de futebol, logo após o início do mandato. O ex-vice de futebol alega que foi traido pelo mandatário tricolor

Fui eleito junto com o presidente Mário Bittencourt. Nós fizemos um acordo na época que eu ficaria trabalhando com futebol, que é algo que eu quis pelo patrocínio [master], e porque tinha minha experiência, relacionamentos e conquistas. O Fluminense teve conquistas expressivas. Porém, em dois, três meses, ele resolveu trair esse acordo e criou uma situação em que eu não ficaria na coordenação do futebol […] Ele já propôs que eu renunciasse porque diz que eu sou oposição a ele, mas ele que se opõe a mim, que o ajudei na eleição. Muitas pessoas me dizem que eu tive 60% a 70% na eleição… Não sei quanto, mas certamente ajudei – contou Celso Barros.

O dirigente também aproveitou para pontuar discordâncias acerca do modo de gerir o futebol do Fluminense. Segundo ele, houve equívocos nas contratações da temporada, por parte de Mário e Paulo Angioni, da diretoria de futebol.

O Mário virou um rei. Ele é conhecido como pavão, imperador, reizinho. Vai no vestiário quando está tudo bonito, mas quando perde, some. […] Ele lida com o Paulo Angioni, executivo antigo e experiente, mas totalmente subserviente a ele. Cumpre exatamente o que o reizinho fala. E esse tipo de coisa leva a um número maior de equívocos. O Fluminense trouxe cinco reforços para a Libertadores. Todo mundo sabia que seria para compor o elenco. É importante, claro, porque o Fluminense não tem um elenco fantástico. Agora, os cinco vão embora. Manoel, Bobadilla, Abel, Cazares e David Braz não eram para ser titulares. […] Assim, o Fluminense foi embora das competições. Se você ver, o Barcelona tem uma folha salarial muito mais baixa do que a nossa.

 Afastado do futebol e do relacionamento com a presidência, Celso destacou que o rompimento se deu em situações escusas, em especial nas transferências de Pedro e Evanilson.

– Todos nós temos o nosso nível de vaidade, mas o Mário extrapola. Ele queria concentrar tudo na mão para ser o único aparecer. Teve alguns episódios que achei estranho, como no caso do Pedro. Em uma reunião, ele chorou dizendo que queria ir para o Flamengo. No último encontro, estavam os empresários do jogadore e funcionários do clube. O Mário disse que eu não precisava ir a esse encontro, e três meses depois ele apareceu no Flamengo. Ele fez só um jogo na Fiorentina e já voltou para o Flamengo. A segunda foi do Evanilson. O Fluminense perdeu os prazos e ele foi no Eduardo Uram. O Mário foi para resolver a situação, falou para eu não ir de novo, e no dia seguinte ele estava no Porto. Agora estão até investigando, lá em Portugal, irregularidade no comissionamento. Talvez ele não me quisesse presente porque não compactuaria com eventuais situações que não fossem corretas. Não estou dizendo que não foram corretas, mas são estranhas – opinou.

Durante o programa, o VP ainda falou sobre os salários de alguns jogadores e a montagem do elenco  De acordo com Celso Barros, a base é utilizada de forma inadequada, o que compromete o desempenho do clube.

– O Fluminense, na minha opinião, paga alguns salários absurdos, se for observado o rendimento de alguns jogadores, e vende muito mal, para acertar folha salarial. O jogador não chega a dar retorno técnico para o time. Como o Metinho, Kayky, entre outros. Se você olhar o título de 2010 e 2012, não tinha tanto jogador da base no time principal assim. São importantes, mas não se ganha brasileiro com os garotos da base. Esse equilíbrio tem que existir. O último título do Fluminense foi há nove anos. Se o Mário não ganhar um título importante, ele vai ter dificuldades de se reeleger.

https://istoe.com.br/celso-barros-revela-bastidores-de-transferencias-do-fluminense-e-critica-mario-virou-um-rei/



 

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

A variação de sócios do Fluminense em 2021 em meio a pandemia

 ABRIL/2021

Fluminense é segundo clube que mais ganhou sócios na pandemia, mas vê números em queda após auge

Tricolor está atrás apenas do Atlético-MG, vê ganhos aumentarem, mas vem perdendo associados nos últimos meses

Em um universo com números em queda, o Fluminense foi o segundo clube que mais ganhou sócios-torcedores ao longo do último ano de pandemia da Covid-19 no Brasil. Um levantamento feito pelo "UOL" mostra que o Tricolor tinha cerca de 23 mil associados no início de 2020 e chega a abril de 2021 na casa dos 32 mil. Por isso, em comparação com os rivais, o saldo é positivo. Entretanto, isso vem em queda significativa.Quando inaugurou o contador no site oficial, em junho de 2020, o Flu somava 26.896 sócios. Durante uma campanha mobilizada pela torcida, chamada de #ÉPeloFlu, o clube chegou a bater mais de 37.400 torcedores adimplentes no final de agosto do ano passado. Desde então, porém, foram poucos momentos com aumento, como logo após a vaga na Libertadores e no início de março. O número deste dia 9 de abril é de 32.191.De acordo com o balanço financeiro do terceiro trimestre divulgado no Portal da Transparência, o Flu lucrou quase R$ 7,9 milhões com o programa de sócio-torcedor. No segundo trimestre, o valor foi de cerca de R$ 5,4 milhões. Para se ter noção do tamanho do aumento, o Tricolor embolsou R$ 2,8 milhões no primeiro trimestre, quando ainda não havia tido a campanha de associação em massa. A verba é fundamental para os cofres neste momento. A grande importância da nossa torcida é continuar acreditando no projeto do clube de reconstrução. Dependemos demais dos torcedores e que eles continuem se associando. Entendemos que a dificuldade é para todos e não tem jogo, mas vamos lançar novos planos. Estavam prontos para sair do forno em março de 2020. É fundamental que o torcedor continue acreditando. Sei que ficamos ansiosos, mas precisamos passar por esse momento. Nenhum clube se reconstrói sem sua torcida. Se tivermos 50 ou 60 mil sócios sempre teremos times competitivos, mesmo com a situação financeira que o clube está - disse o presidente Mário Bittencourt.Um dos principais diferenciais no sócio do Fluminense era justamente o desconto para a compra de ingressos. Com a pandemia e o adiamento do lançamento de novos planos, o Tricolor teve, assim como todos os clubes, dificuldade em oferecer benefícios aos torcedores. Para quem ficou em dia no último ano, o Flu promete mais um ingresso de graça no retorno do público aos que tem 100% de desconto e um bilhete gratuito a quem tem 50%. Houve também parcerias com patrocinadores, como desconto em teste de Covid-19.Ainda não há previsão acertada para a volta dos torcedores aos jogos de futebol. O Brasil vive o pior momento da pandemia, batendo recordes de mortes diariamente. Entretanto, clubes e CBF já começam a pensar a médio prazo nas possibilidades. No orçamento para 2021, mesmo sem essa perspectiva de ter torcedores, o clube prevê R$ 19 milhões de receita de bilheterias e R$ 11 milhões com programa de sócio-torcedor.Com os números atuais, o Fluminense fica à frente de clubes como São Paulo, Santos, Fortaleza, Corinthians, Ceará, Botafogo e Bahia na contagem. A situação ainda pode melhorar dependendo de reforços e da campanha da Libertadores, que se inicia na semana do dia 21 de abril.

https://www.terra.com.br/esportes/lance/fluminense-e-segundo-clube-que-mais-ganhou-socios-na-pandemia-mas-ve-numeros-em-queda-apos-auge,bade26b30246aa87d22bece254a52bd2kh133zta.html

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SETEMBRO/2021

Com queda de sócios e R$ 4 milhões de prejuízo, Fluminense quer público e espera privilegiar adimplentes

Tricolor vai lançar novos planos de sócio-torcedor visando o retorno dos tricolores ao estádio e pode ter oito partidas com torcida até o fim do Brasileirão

Fonte UOL O reencontro entre Fluminense   e torcida pode estar próximo. Em meio a uma discussão sobre o retornodo público em um momento que nem todos os estados liberaram, o clube se movimenta para, no momento certo, receber novamente os tricolores no Maracanã . Com mais de R$ 4 milhões em prejuízo como mandante até o momento e uma queda constante no sócio-torcedor, o Flu espera que os últimos meses de 2021 sejam melhores.Até o momento, de acordo com os borderôs divulgados, o Fluminense soma R$ 4.277.740,27 de prejuízo em jogos em casa. As únicas partidas que não foram contabilizadas são das oitavas e quartas de final da Libertadores, contra Cerro Porteño e Barcelona de Guayaquil, pois não estavam disponíveis. Na divisão entre as competições são R$ 1.443.454,83 no Carioca, R$ 638.193,05 na Copa do Brasil, R$ 1.705.889,18 até o momento no Brasileirão e R$ 490.203,21 na fase de grupos da competição continental.​Com relação aos sócios, depois do pico em agosto de 2020, os números vem em queda. Até houve ligeiro aumento  quando a vaga na Libertadores foi confirmada na temporada passada, mas a tendência tem sido a perda de associados. Em junho do ano passado, quando o contador oficial foi inaugurado, eram cerca de 26.800. Dois meses depois, com a campanha movimentada pela torcida e abraçada pelo Flu, chegou na casa dos 37.400. No entanto, agora, em setembro de 2021, caiu para aproximadamente 29.600.No próximo dia 28, terça-feira, haverá uma nova reunião para a definição da volta do público. A tendência é que, caso todos os clubes consigam a liberação, a rodada do fim de semana seguinte, iniciada em 2 de outubro, já conte com torcedores. A primeira partida do Flu no Maracanã seria contra o Fortaleza, dia 6, às 21h30. Antes disso, o Tricolor enfrenta apenas o Red Bull Bragantino, em 26 de setembro, no Rio de Janeiro.


Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o presidente Mário Bittencourt falou sobre assuntos do futebol, temas da parte extra-campo  e também sobre o retorno de público ao estádio e o sócio-torcedor . Ele garantiu que nessa volta aqueles torcedores que permaneceram no programa terão prioridade para estar no Maracanã. Neste cenário, além do Fortaleza, a torcida teria jogos contra Atlético-GO, Flamengo, Sport, Palmeiras, América-MG, Internacional e a última rodada com a Chapecoense.

- Quando fizemos a pesquisa sobre o motivo de ser sócio, a maioria diz que é para ir aos jogos. Interrompemos o lançamento e fizemos um trabalho, que começou pela torcida e o clube abraçou. Conseguimos a retenção desses sócios. Mesmo sabendo que não haveria público, 30 mil pessoas se mantiveram. A tendência é que a gente lance daqui há um mês o novo plano, com a abertura do estádio. Nos primeiros jogos vamos privilegiar os sócios que pagaram esse tempo todo. O Fluminense não tem prejuízo quando coloca sua torcida no estádio, vamos privilegiar quem ficou, não vamos nos preocupar com a questão financeira, mas com quem ficou. O protocolo que o Fluminense defende é só de vacinados. o PCR custa muito caro, uma ida a estádio custa R$ 1500, não faz sentido fazer isso com o torcedor. A tendência é que os sócios estejam como convidados do Fluminense - afirmou o presidente.

Vale lembrar que a Prefeitura do Rio de Janeiro aceitou liberar 50% do público nos estádios. De acordo com a publicação no Diário Oficial, apenas pessoas com a vacinação completa podem ir aos jogos, ou seja idosos acima de 60 anos que já tenham tomado a dose de reforço da vacina contra a Covid-19, após 14 dias da aplicação, e pessoas entre 15 e 59 anos, de acordo com o calendário de vacinação (primeira dose, segunda dose ou dose única), e também após duas semanas desde que tenha se vacinado.

https://www.lance.com.br/fluminense/com-queda-socios-milhoes-prejuizo-quer-publico-espera-privilegiar-adimplentes.html