quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Eleições no Fluminense sem Pedro Antônio

 

A eleição do Flu sem Pedro Antônio (por Marcelo Savioli)

Uma possível candidatura de Pedro Antônio para o pleito de novembro era aguardada ansiosamente por muitos. Não só o nome de Pedro Antônio, mas o projeto à frente do qual ele estaria. Confesso que me incluo entre aqueles que desejavam essa candidatura, como alguém que anseia por um projeto consistente para o Fluminense, que contemple o presente e o futuro.

Ao que tudo indica, teremos que esperar que esse projeto venha da candidatura de Mário Bittencourt, atual mandatário. Há sinais? O projeto de modelagem do clube para atração de investimentos vultosos e a ideia de padronizar o modelo de futebol, a partir das ideias e do comando de Fernando Diniz, desde a base, fazem brilhar os olhos do torcedor e se elevarem as desconfianças de quem já não confia no atual gestor.

Eu me coloco num meio termo com relação a esse dilema. A atual gestão tem tido muita competência em reforçar minha rejeição a um estado de espírito em que o entusiasmo e a credulidade sejam traços evidentes. Não se trata aqui, porém, de fazer críticas que já foram feitas, mas de olhar o futuro, e eu só consigo olhá-lo com meus olhos.

Ainda que tenha um apreço pessoal por Ademar Arrais, um dos possíveis candidatos da oposição, reconheço que Ademar tem pouco apelo político para enfrentar Mário, o que significa dizer que o atual mandatário se reelegerá. E não será, obviamente, pelos seus erros e idiossincrasias. Será pela falta de opções políticas dentro do cenário eleitoral, mas também por seus méritos.

Em que pese o polêmico modelo de gestão do futebol, em compasso com uma gestão financeira que tem a propaganda como maior mérito, é fato que o Fluminense, pelo menos no campo esportivo, vive seu melhor momento desde o fim da parceria com a Unimed. Batemos, ainda, com sobra, o recorde de sócios torcedores, assim como temos atraído plateias significativas e até surpreendentes ao estádio.

Por outro lado, a política de contratar jogadores que custam caro à folha salarial, mas que não entregam 10% do que custam, e as vendas sempre sofríveis de nossos melhores ativos, são elementos que concorrem para comprometer nosso futuro próximo e qualquer perspectiva de saneamento verdadeiro das finanças do clube.

Diante dessa conjuntura, o que esperar da eleição de novembro? Eu espero do futuro, porque, para mim, a eleição já está resolvida. Não é o que eu quero ou deixo de querer, é a análise fria dos fatos. Sendo assim, é Mário o personagem que nos redimirá ou nos afundará no atoleiro do ostracismo.

O que eu espero, não espero de Mário, espero do Fluminense, seja lá quem for o mandatário. Esperava muito de uma eventual candidatura de Pedro Antônio, não jogo a toalha por conta da iminente reeleição do atual e, ao que tudo indica, futuro mandatário.

Não jogo a toalha porque eu sei exatamente no que acreditar para o futuro próximo e distante do Fluminense. O clube precisa ser capaz de atrair investimentos pesados, e isso passa pela modernização do modelo organizacional e pela profissionalização total da gestão. Só com investimento poderemos pensar em algo mais que um voo de galinha, mesmo com Fernando Diniz como figura central da política técnica de todo o futebol tricolor. Porque isso só se sustenta com dinheiro, com competitividade econômica.

Outro ponto fulcral é a mudança do modelo de organização do futebol brasileiro. A distribuição das cotas de televisão é um sintoma, não a causa. A causa é o modelo, que permite que as distorções promovidas pelas Organizações Globo sejam implementadas com êxito. Falarei exclusivamente desse tema numa próxima coluna, mas, por ora, fica a reiteração da afirmação de que somente uma liga de clubes comprometida com o sucesso do produto “futebol brasileiro” fará prosperarem nossos anseios de recuperar nossas tradições e de voltarmos a ver um ambiente competitivo em que uns não sejam favorecidos em detrimento de outros, tão ou mais relevantes que os primeiros para a história da construção do prestígio desse produto.

Em que pese a estúpida sabotagem ao projeto de revitalização das Laranjeiras, como ativo econômico e financeiro, além de esportivo, as ideias colocadas em pauta deixam acesas a chama da esperança. A esperança de que a receita composta por Xerém, investimento externo, reestruturação e profissionalização do clube, com a gestão lógica e conceitual do futebol, nos reconduza ao protagonismo, que é a nossa verdadeira vocação.

As esperanças que depositava numa possível candidatura de Pedro Antônio, tenho que transferi-las para Mário Bittencourt. Não por opção ou por falta dela, mas por constatação e desejo. Desejo que é de milhões de pessoas que vivem a paixão pelo Fluminense Football Club.

No mais, que o verde da esperança não seja em vão e todo poder ao Pó-de-Arroz!

http://www.panoramatricolor.com.br/a-eleicao-do-flu-sem-pedro-antonio-por-marcelo-savioli/

                               Pedro Antõnio, o homem que fez o CT do Fluminense sair do papel

RECORDAR É VIVER: O INJUSTIÇADO EX VICE-PRESIDENTE DE PROJETOS ESPECIAIS DO FLUMINENSE

Fluminense aposta em milionário do ramo da informática para ver o CT sair do papel

https://extra.globo.com/esporte/fluminense/fluminense-aposta-em-milionario-do-ramo-da-informatica-para-ver-ct-sair-do-papel-11864866.html

Fonte: Extra 13/03/2014 link acima

Pedro Antônio Ribeiro da Silva desistiu das férias que havia prometido a si mesmo em 2012, após vender sua empresa de softwares por módicos R$ 94,7 milhões. Empossado vice-presidente de projetos especiais do Fluminense, o gaúcho de 62 anos se intitula voluntário, e por trás do nome pomposo do cargo, está algo mais simples: sem saber o que fazer com o terreno doado pela prefeitura, a diretoria tricolor viu o milionário cair do céu para tentar fazer o centro de treinamento sair do papel.

Tricolor fanático, Ribeiro da Silva se aproximou da atual diretoria em 2011, e o CT sempre foi o elo com Peter Siemsen. Procurado pelo presidente, não concretizou a venda do seu Banana Golf, mas gostou do que ouviu, quando o Fluminense admitiu não ter como pagá-lo. Eu vi que o trabalho dele era sério, que o clube estava tentando fazer as coisas corretamente. Passamos a assistir aos jogos juntos - disse.

Depois disso, foi comum viajarem lado a lado para acompanhar o Fluminense. Dono de uma empresa de táxi aéreo, com dois aviões que, somados, valem cerca de R$ 12 milhões, Pedro Antônio já deu carona para o presidente em jogos fora do Rio.

Da proximidade, surgiu de novo o assunto centro de treinamento, em 2013. Empresário experiente, dono de contatos com pessoas tão bem sucedidas quanto ele, o homem, matemático e analista de sistemas de formação, chamou para si o desafio de materializar o CT. Antes, porém, viu outra necessidade, mais urgente, saltar aos olhos nas Laranjeiras:

- Perguntei ao Peter se ele me dava carta branca para cuidar do gramado. Eu entrei em contato com o presidente da Greenleaf (empresa responsável pelo gramado dos estádios da Copa do Mundo), que é meu amigo há dez anos. Em 20 dias, restauramos tudo. Hoje ele está com 80% da qualidade máxima.O currículo de bem feitorias é extenso. Em 2002, Ribeiro financiou a realização do amistoso entre Fluminense e Toluca, no centenário tricolor. Na tragédia das chuvas na Região Serrana, em 2011, virou notícia local ao doar 163 computadores novos para escolas públicas dos municípios de Nova Friburgo e Sumidouro. Ele não descarta a possibilidade de colocar dinheiro do próprio bolso no CT, mas diz que o foco é negociar para reduzir gastos.

- É muito mais difícil trabalhar com o dinheiro do Fluminense do que com o meu. Com o do clube, não posso errar. Adiei as férias em três anos, mas quando você se oferece como voluntário para fazer algo, tem de ir até o fim. Após o CT ficar pronto, ficarei à beira do campo na cadeira de balanço, descansando - brincou.

domingo, 18 de setembro de 2022

Marcelo Souto confirma pré-candidatura à presidência do Fluminense

Fonte: extra 12/09/2022

 O cenário eleitoral do Fluminense ganhou mais um candidato à eleição presidencial, que ocorrerá na segunda quinzena de novembro — a data ainda será marcada: o advogado Marcelo Souto, 36 anos, que defenderá a chapa 'Herdeiros de Oscar Cox'. Nesta segunda-feira, ele divulgou oficialmente a sua pré-candidatura ao pleito.



— Temos um projeto que o Fluminense precisa e merece, feito com muito carinho, trabalho e planejamento, referendado por grandes executivos do mercado — afirmou Marcelo, em texto enviado à imprensa.

Marcelo Souto se junta a Ademar Arrais, que também registrou a pré-candidatura. Mário Bittencourt, atual presidente do Fluminense, ainda não anunciou oficialmente a sua posição no pleito, mas dificilmente não concorrerá a reeleição.

Para registrar a chapa, Marcelo Souto precisa conseguir 200 assinaturas de sócios do clube — sem contar a modalidade sócio-futebol. O requisito já impediu outras pré-candidaturas em eleições anteriores, mas Souto não se mostra preocupado.

Em 2019, Souto concorreu à presidência junto ao grupo política 'Esperança Tricolor'. Na campanha de 2016, apoiou Cacá Cardoso. Manteve a posição quando este se aliou a Pedro Abad. Com a decisão, passou a integrar a coalizão Fluminense Unido e Forte, mas a deixou a gestão por não concordar com os rumos do clube.

https://extra.globo.com/esporte/fluminense/marcelo-souto-confirma-pre-candidatura-presidencia-do-fluminense-25571817.html