sábado, 22 de janeiro de 2022

Fluminense apresenta proposta para centralizar execuções e evitar penhoras

 

FLUMINENSE APRESENTA PLANO DE PAGAMENTO DE R$ 200 MILHÕES DE SUAS DÍVIDAS CÍVEIS E TRABALHISTAS

Clube tinha obtido na justiça no fim de 2021 direito de centralizar execuções e evitar penhoras

 Fonte: GE 21/01/2022

O Fluminense deu mais um passo para equacionar as suas dívidas nas esferas cível e trabalhista.Depois de ter obtido na justiça no fim de 2021, o direito no regime Centralizado de Execuções(RCE) , suspendendo as penhoras e concentrando os processos em um único juízo para cada área, o clube teve um prazo de aproximadamente dois meses para montar e apresentar um plano de pagamento aos credores. O que aconteceu nesta semana, segundo informou em seu site oficial.

Entre segunda e quarta-feira, a diretoria tricolor recebeu em Laranjeiras os advogados dos credores (incluindo ex-funcionários e atletas) para debater o plano de pagamento. Pela proposta, o clube realizará depósitos mensais nos juízos centralizados das esferas cível e trabalhista. Mas também haverá um valor fixo anual que poderá ser oferecido para a quitação a curto prazo dos débitos para quem oferecer maiores descontos sobre a dívida cobrada.

Após debater o plano com os credores, o Fluminense dará entrada nesta sexta-feira com a proposta no Tribunal de Justiça (TJRJ) e no Tribunal Regional do Trabalho (TRT1), para dar início aos pagamentos equacionados. Os valores dos débitos de ambas as áreas não foram divulgados pelo clube, mas o GE apurou que o montante somado é na ordem de grandeza de R$ 200 milhões, isto é, quase 1/3 da dívida total do clube, que no balancete do terceiro trimestre de 2021 (último publicado) estava em R$ 730.893.148,00.



– É um trabalho pioneiro do Fluminense. Há tempos nós vínhamos planejando com as equipes jurídica e financeira um programa que atendesse à realidade do clube e satisfizesse os credores. Preparamos o clube para este momento. Exigirá esforço, mas será cumprido com segurança e pontualidade. Na busca pelo consenso, optamos pelo caminho de chamar os credores para que eles tivessem ciência detalhada do que está sendo proposto e para tivessem certeza de que o Fluminensehonrará com os pagamentos propostos – disse o presidente Mário Bittencourt ao site oficial.

A elaboração do plano de pagamento foi formulado em conjunto entre os departamentos jurídico, financeiro e de relações institucionais durante os últimos meses. O Fluminense  também informou em seu site oficial que o próximo objetivo será obter a regularidade do pagamento do FGTS e Tributos (o clube foi excluído do parcelamento do FGTS no início de 2019, ainda na gestão Pedro Abad).

- O equacionamento do passivo é fundamental para a reestruturação do clube. Esse foi um  trabalho multidisciplinar. Nossa preocupação era a de criar as condições para que todos sentissem segurança de que faremos cumprir a nossa parte - explicou o vice-presidente de Interesses Legais, Heraldo Iunes.

 https://ge.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/fluminense-apresenta-plano-de-pagamento-de-r-200-milhoes-de-suas-dividas-civeis-e-trabalhistas.ghtml

Entendendo o acordo entre fluminense e a procuradoria geral da fazenda nacional PGFN

 O ACORDO FECHADO ENTRE O FLUMINENSE  A PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA NACIONAL (PGFN)

Fonte: GE 2020

Há alguns anos vivendo uma crise financeira, o Fluminense  deu mais um passo para se reestruturar e arrumar a casa. No mês de dezembro de 2019, o clube fechou um acordo com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), órgão público encarregado de cobrar dívidas com o governo, para renegociar seus débitos e conseguiu um desconto de 30% sobre o que deve de impostos.Da quantia de aproximadamente R$ 63 milhões devida pelo clube ao governo, o Fluminense conseguiu uma redução para cerca de R$ 44 milhões no saldo devedor, que foi parcelados em 145 meses – pouco mais do que 12 anos. As parcelas inicias são na faixa de R$ 200 mil, e a diretoria já quitou a primeira referente ao mês de dezembro.A redução foi possível através do mecanismo de transação tributária, instituído pelo presidente Jair Bolsonaro em 2020. A Lei 13.988 diz que dívidas fiscais podem ser renegociadas com novos prazos e descontos aplicados a juros, multas e encargos. Além do Flu o , o Cruzeiro é ouyro clube brasileiro que também já fez esse tipo de acordo com a PGFN.Com a renegociação, o Fluminense evita riscos de penhoras por parte do governo pelos próximos 12 anos. A busca por acordos em várias áreas tem sido uma salvação para o clube sobreviver e conseguir pagar as contas, como por exemplo o acerto com o espólio de Nello Bianchi , autor do processo do casarão das Laranjeiras, que desbloqueou R$ 2,8 milhões no início da pandemia da Covid-19

 

FLUMINENSE FECHA PRIMEIRO ACORDO COM A PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA NACIONAL(PGFN) EM BUSCA DAS CNDs(certidões negativas de débito)

Fonte: GE por Gustavo Garcia e Thiago Lima em 17/01/2022

Há pouco mais de dois anos, em dezembro de 2019, oFluminense celebrou um acordo com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGNF), órgão público encarregado de cobrar dívidas com o governo, que foi muito comemorado nos corredores das Laranjeiras a liberação de r$43 milhões para abatimento de débitos do clube:Este valor estava retido pela Justiça, em decorrência de um imbróglio de 2013 envolvendo a venda de Wellington Nem para o shakhtar Donetsk, da Ucrânia 

 Para desbloquear essa quantia na época, o presidente Mário Bittencourt usou R$ 7,5 milhões da venda de Pedro à Fiorentina, da Itália, para completar o montante cobrado. Foi também uma forma de sinalizar que o Fluminense estava comprometido em quitar suas dívidas. Mas ainda restava um saldo residual em aberto de R$ 3.221.086,41, referente a uma multa de má fé aplicada pela Justiça ao clube na gestão Peter Siemsen, por uma "manobra" na venda de Wellington Nem. A PGFN aceitou parcelar esse valor em 36 meses, até o fim do atual mandato, em dezembro de 2022.Porém, em 2020, durante os primeiros meses da pandemia da Covid-19, o Fluminense  não conseguiu efetuar os pagamentos diante das dificuldades financeiras, que recaíram sobre todos os clubes com a paralisação do futebol, e precisou renegociar o prazo. Em contrapartida, a diretoria se comprometeu a antecipar o parcelamento e quitar tudo até dezembro de 2021, um ano antes do previsto inicialmente. OGE apurou que o último pagamento foi feito e encerrou o processo.

O débito encerrado é diferente da transaç~so tributária feita com a própria PGFN no fim de 2020, que renegociou dívidas posteriores com o governo com descontos(O Fluminense conseguiu uma redução de R$ 63 milhões, para cerca de 44 milhões parcelados em 145 meses, pouco mais de 12 anos)A quitação atual não tem relação direta com as sonhadas Certidões Negativas de Débito (CND), pois o débito já fazia parte do Profut. Mas o cumprimento integral do primeiro acordo feito com a Fazenda Nacional é visto internamente como importante para a relação institucional.A reportagem apurou que a próxima meta do Fluminense é obter até abril as CNDs. Com a certidão em mãos, a diretoria tricolor poderá se candidatar à licitação do Maracanã, além de voltar a firmar contratos públicos, como por exemplo de patrocínio, e participar de projetos incentivados, como investimentos nos esportes olímpicos, área do clube muito criticada por não ser autossustentável.

 

QUAL É A ORIGEM DA DÍVIDA?

Em 2013, a PGFN ganhou uma ação na Justiça pedindo a penhora do valor da venda de Wellington Nem ao Shakhtar Donetsk para cobrir impostos não pagos no período 2007-2010, na gestão de Roberto Horcades. A dívida girava em torno de R$ 31 milhões.Peter Siemsen, presidente do clube na época, não concordava com a cobrança pelo clube já estar na Timemania e efetuou uma manobra para driblar a penhora do valor.

Em 2018, já na gestão Pedro Abad, a Justiça determinou, então, o bloqueio de 30% de qualquer renda do clube para o pagamento da dívida. Porcentagem diminuída para 15% após o Flu recorrer.

 

COMO O FLU ENTROU NUM ACORDO COM A PGFN?

Após Mário Bittencourt assumir a presidência do Fluminense  em junho de 2019, o departamento jurídico tricolor conseguiu uma reaproximação com a PGFN e iniciou a negociação de um acordo.

No meio daquele ano, a Justiça chegou a proibir, por alguns dias, o clube de registrar novas contratações em razão do imbróglio. Na ocasião, o Tricolor informou à juíza do caso que era altíssima a possibilidade da venda de Pedro. Por sugestão do vice-presidente de interesses legais do clube, Heraldo Iunes, o clube se comprometeu a utilizar parte do dinheiro da venda para pagar o restante da dívida com a PGFN.

E assim que Pedro foi negociado com a Fiorentina por € 11 milhões de euros (R$ 50,2 milhões na cotação da época)o Fluminense que ficou com R$ 36,5 milhões do valor total, pagou uma guia de R$ 7,5 milhões e alcançou o montante dos R$ 43 milhões cobrados no processo. Com isso, pôs fim ao bloqueio de 15% em qualquer receita do clube.

A sinalização do clube em se mostrar comprometido a arcar com suas dívidas fez a juíza do caso se mostrar mais disposta em aceitar um acordo para encerrar o processo. Tanto que calculou que havia cerca de R$ 3,5 em excesso bloqueado e devolveu ao Flu.

A PGFN não permitiu que o valor recuperado fosse depositado de volta na conta. As partes, então, chegaram a um acordo para que, quitadas as multas do processo, o restante, cerca de R$ 31 milhões fosse usado para pagar parcelas em atraso de parcelamentos com Receita, Fazenda e Previdência e abater parcelas do Profut.

LEMBRE COMO OS R$ 43MILHÕES LIBERADOS NO ACORDO FORAM USADOS:

  • Cerca de R$ 3,5 milhões considerados bloqueados acima do necessário pela Justiça foram devolvidos ao clube Fluminense .  usou valor para quitar 13º salário de 2018 a jogadores e funcionários.
  • R$ 1,5 milhão em multas por “ato atentatório à dignidade da Justiça, por ter “driblado” a penhora da venda de Wellington Nem em 2013
  • R$ 7 milhões em multas somadas diariamente desde a época do processo
  • R$ 9 milhões para o pagamento de prestações em atraso do Profut, de outros parcelamentos junto à Receita e à Procuradoria da Fazenda, de impostos correntes e com a Previdência
  • R$ 31 milhões em abatimento das parcelas finais no Profut, o que antecipará em cerca de 5 anos o fim dos pagamentos, em cálculo feito por clube e Justiça

 


As dívidas do Fluminense: dívidas trabalhistas, o planejamento negociações e acordos do clube

 Esse foi o questionamento feito pelo site EXPLOSÃO TRICOLOR em 01/10/2021. Abaixo o texto com a íntegra da reportagem 


É possível pagar a dívida do Fluminense?

https://explosaotricolor.com.br/e-possivel-pagar-a-divida-do-fluminense/

Antes de mais nada, gostaria de agradecer imensamente o feedback recebido sobre a matéria “R$ 45 milhões: Entendendo a redução das dívidas”, que publiquei aqui no Explosão Tricolor. É muito gratificante saber que o assunto foi bem recebido por vocês!

Como não quero ficar conhecido como “O Cavaleiro do Apocalipse Tricolor”, pretendo nesse texto trazer algumas ideias sobre o que poderia ser feito para reduzir nos próximos anos e de forma sustentável os cerca de R$ 700 milhões de dívidas que o Fluminense possui. A nossa torcida é gigante e tenho certeza de que muitos de vocês tem ótimas ideias a compartilhar e que deveriam ser ouvidas em algum canal do clube. 

A verdade é que muitas estratégias podem ser adotadas pela gestão, portanto citarei três das quais na minha opinião são as mais importantes. Deixando claro que irei me ater apenas às medidas administrativas, ok? Então vamos nessa!

SER AGRESSIVO NO ORÇAMENTO

Um dos grandes consumidores dos combalidos cofres do clube são as despesas com os departamentos que não estão diretamente ligados ao futebol. Minha ideia para esse tópico é que se faça uma revisão de todos os processos realizados por cada área com o objetivo de modernizar os departamentos, pagar salários condizentes com o mercado e de acordo com a função de cada funcionário, eliminar gastos desnecessários com serviços contratados e extinguir áreas que dão prejuízos, como os famosos Esportes Olímpicos. Traçar metas agressivas na redução das despesas que não estão ligadas ao futebol seria um pontapé inicial.

PLANEJAMENTO E DESTINAÇÃO DAS RECEITAS

Todos sabemos que o Fluminense tem como principais receitas as cotas de transmissão dos jogos para a TV, os patrocínios e a venda de jogadores de futebol. Também não é segredo que o nosso clube tem muita dificuldade com a geração de caixa para pagar suas dívidas, e está sempre no vermelho. Mas e se fosse possível melhorar o planejamento de como gastar as receitas que temos?

Uma ideia para atacar esse problema seria definir percentuais (%) fixos sobre cada receita que entra no clube para obrigatoriamente liquidar determinadas dívidas. Creio que isso facilitaria inclusive a renegociação de prazos e traria maior credibilidade ao Clube.

“Mas Yuri, e como prever as penhoras que limpam nosso bolso da noite pro dia e que podem atrapalhar esse plano?”

NEGOCIAÇÕES E ACORDOS

De fato, as penhoras atrapalham e muito o planejamento de como o Fluminense gasta o seu dinheiro, porém, se mantivéssemos um fluxo de acordos pagos, focando naqueles onde há maior chance de perda iminente, não seria possível reduzir as “penhoras surpresas”? A realização de acordos permite ao clube reduzir valores de processos em que o Departamento Jurídico avalia que provavelmente perderá, além de negociar prazos dos pagamentos para que seja possível se planejar melhor. 

Lembrando que o segundo informação dada pelo próprio Mário Bittencourt em sua última coletiva de imprensa, o ato trabalhista ao qual o Fluminense havia aderido em 2011 se encerrou recentemente, trazendo à tona o risco de sofrermos novas penhoras na justiça. 

Precisaremos atacar esse problema de frente!

A luz no fim do túnel existe, mas para alcançá-la é necessário saber onde estamos, onde queremos chegar e como percorrer esse caminho. Isso se chama planejamento.

Um grande abraço e ST!

E você, tem outras ideias que possam ajudar o Fluzão? 

Comentem aí e vamos juntos pensar em maneiras de fazer acontecer!

Yuri Cardoso

Twitter: @SoeiroYuri 

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FLUMINENSE OBTÉM LIMINAR PARA ADIAR EXECUÇÃO DE DÍVIDAS TRABALHISTAS

Clube tem até 60 dias para apresentar nova proposta a credores

Fonte: O DIA 09/11/2021

Rio - O Fluminense conseguiu nesta terça-feira mais uma vitória importante na Justiça para a saúde financeira do clube.  O Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região determinou a suspensão da execução de todas as dívidas trabalhistas do Tricolor, que ganhou um alívio nas contas e a chance de renegociar os débitos.

Em oficial, o Fluminense informou que a decisão dá ao clube 60 dias para apresentar aos credores uma nova proposta de pagamento. Terão prioridade na hora de receber o valor os que concederem maior desconto. O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, comemorou a decisão.

— Assim como na decisão obtida na esfera civil, essa decisão trabalhista garante mais um avanço em nossa reestruturação. Como fui advogado do clube por muitos anos atuando perante a Justiça do Trabalho, fiz questão de comparecer ao TRT-RJ ao lado dos nossos advogados e demonstrar que o Fluminense vem quitando gradativamente suas dívidas com os ex-empregados e que a centralização contribuirá ainda mais para organizar e liquidar este passivo ao longo dos anos — disse o dirigente.

A liminar tem base no artigo 23 da Lei 14.19, que garantiu aos clubes de futebol novas possibilidades de negociação das dívidas. Heraldo Iunes, vice-presidente jurídico do Fluminense, explicou o processo.

— A tutela de urgência concedida pela presidente Edith Tourinho consolida, de forma robusta, o entendimento de que a Lei 14.193 garantiu também aos clubes, na condição de associação desportiva sem fins lucrativos, o direito à utilização do Regime Centralizado de Execuções, de modo que possam apresentar no prazo legal o plano de pagamento de credores. E o Fluminense assim o fará — explicou.

https://odia.ig.com.br/esporte/fluminense/2021/11/6272175-fluminense-obtem-liminar-para-adiar-execucao-de-dividas-trabalhistas.html