Presidente do Fluminense e filho de Eurico Miranda prestam depoimento em delegacia do RJ
Vice-presidente de Estádios do Botafogo, Anderson Simões, também foi levado para prestar esclarecimento na delegacia. Três membros de torcida organizada foram presos nesta sexta.
Fonte: G1 01/12/2017 Por Mahomed Saigg, Bárbara Carvalho e Henrique Coelho, TV Globo, GloboNews e G1 Rio
O presidente do Fluminense, Pedro Eduardo Silva Abad, e Eurico Brandão,
vice-presidente de futebol do Vasco e filho do presidente do clube,
Eurico Miranda, chegaram para depor na Cidade da Polícia por volta das
11h30 desta sexta-feira (1). Eles são alvos de mandados de condução
coercitiva em uma operação que investiga favorecimento e relações
promíscuas entre os clubes e as torcidas organizadas.
Na chegada à delegacia, Eurico Brandão, conhecido como Euriquinho,
disse que foi prestar esclarecimentos como testemunha. Mas, segundo a
polícia e o MP, ele não foi convidado, mas obrigado a depor. "Eu estou
aqui como testemunha. Não estou como envolvido no processo. Não tenho
nenhum envolvimento. Vou ver se eu posso ajudar em alguma coisa. Espero
que possa ajudar", alegou o filho de Eurico Miranda.
Na saída, Euriquinho negou relação com torcidas organizadas como a
Força Jovem e disse que não tem conhecimento de repasse de ingressos de
dirigentes torcidas organizadas. “Vim aqui para ajudar nas
investigações”, afirmou o vice-presidente do Vasco da Gama.
Já o presidente do Fluminense, Pedro Abad, disse ao sair da Delegacia
de Repressao a Crimes de Informática (DRCI) que repassou 200 ingressos
por jogo para as torcidas organizadas para jogos entre setembro e
novembro neste campeonato brasileiro. O último jogo foi contra o Sport,
no Maracanã.
“Quando foi em setembro, nos chamamos todas as torcidas organizadas, e
fizemos um pacto pela união de todas elas em prol do time. Eles disseram
que estava muito difícil, e ficou combinado que seriam disponibilizados
200 ingressos por jogo para que os torcedores entrassem no do estádio. O
Fluminense nunca soube que esses ingressos eram repassados”, explicou o
presidente, que declarou ainda que antes disso, o clube não fornecia
ingressos para torcidas organizadas, e que chegou a sofrer represálias
por isso. “Fui muito ofendido na arquibancada por causa disso, recebi
ameaça em WhatsApp”, diz ele.
Abad afirmou que o Fluminense não se questionou a respeito da
destinação dos ingressos. Segundo as investigações, os ingressos eram
vendidos pelas organizadas para cambistas acima do preço de face. “O
Fluminense tem presunção de que as pessoas são honestas. Se tivéssemos
conhecimento, aí sim nos íamos apurar a situação e, se necessário, tomar
alguma medida”.
Também foi levado para prestar esclarecimentos o vice-presidente de
Estádios do Botafogo, Anderson Simões. Após o depoimento, a Polícia
Civil entrou com pedido de afastamento como medida cautelar e, segundo a
delegada, Simões será afastado do cargo.
O G1
tentou entrar em contato com a assessoria do Botafogo, mas não
conseguiu. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de
Simões, em Copacabana, e na sala dele no Estádio do Engenhão, onde a
polícia encontrou dois facões.
Nesta manhã, três líderes de torcidas organizadas de times de futebol
do Rio foram presos por Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes
de Informática (DRCI), em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada
do Desporto e Defesa do Torcedor (Gaedest), do Ministério Público, e com
o Juizado Especial do Torcedor. Os três presos foram presos após a
investigação da polícia civil mostrar que eles vendiam ingressos cedidos
pelo clube para cambistas.
“Não se tem provado que todos os dirigentes saibam da destinação dos
ingressos. Mas temos que saber que, quando você assume uma agremiação
desse porte, não é desconhecido. Os ingressos são passados para o núcleo
duro da torcida. A venda desses ingressos e só uma parte do que
arrecada uma torcida de futebol” , afirmou Marcos Kac, promotor do
Gaedest.
"Durante as investigações, constatamos várias ilicitudes entre
dirigentes de clubes e de torcidas organizadas. Esta foi a primeira fase
da investigação. Essas diligências de hoje foram necessárias para que
possamos identificar outras pessoas que possam estar relacionadas a essa
grande associação criminosa", explicou Daniela Terra, titular da
Delegacia de Repressão a crimes de Informática (DRCI).
Por volta das 6h, foram presos Manuel de Oliveira Menezes, presidente
da Young Flu, que estava em casa em um condomínio fechado em Quintino,
na Zona Norte do Rio, Luiz Carlos Torres Júnior, o Fila, vice-presidente
da Young Flu, e Ricardo Alexandre Alves, o Pará, presidente da Força
Flu.
Depois de passagem pela Cidade da Políica, Luiz Carlos Torres Junior e
Manuel Oliveira foram levados para Central de Garantias e depois para a
Polinter.
O objetivo da Operação Limpidus é cumprir 4 mandados de prisão, 10 de
condução coercitiva e 13 de busca e apreensão, expedidos pelo juiz
Guilherme Schilling, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes
Eventos (JETGE). Os presos serão indiciados por associação criminosa e
prática de cambismo.
Presidente do Fluminense é alvo de condução coercitiva
O presidente do Fluminense, Pedro Abad, e Eurico Brandão, vice-presidente de futebol do Vasco e filho do presidente do clube, Eurico Miranda, são alvos de condução coercitiva no Rio na manhã desta sexta-feira. Por volta das 10h20, Eurico Brandão estava a caminho da Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio, para prestar depoimento. Os agentes ainda tentam localizar o presidente do Fluminense.A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), em conjunto com o Ministério Público e com o Juizado Especial do Torcedor investigam a relação de dirigentes de clubes do Rio de Janeiro e torcidas organizadas. Estas estariam recebendo regularmente ingressos que eram repassados para cambistas e vendidos com ágio.
O objetivo da Operação Limpidus é cumprir 4 mandados de prisão, 10 de condução coercitiva e 13 de busca e apreensão, expedidos pelo juiz Guilherme Schilling, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos (JETGE). Os presos serão indiciados por associação criminosa e prática de cambismo.
Pedro Abad comenta investigação da Operação Limpidus e faz revelação
Fonte: Explosão Tricolor 01/12/2017
Conforme foi amplamente divulgado, nesta sexta-feira(01/12) o presidente do Fluminense, Pedro Abad está sendo investigado na operação Limpidus
Após prestar depoimento na Cidade da Polícia, o mandatário falou com os jornalistas e comentou a investigação sobre a relação entre clubes e torcidas organizadas. O dirigente revelou que o clube das Laranjeiras realmente fez um acordo para ceder ingressos a organizadas na reta final do Campeonato Brasileiro:– O Fluminense sempre foi demandado a fornecer ingressos e ajuda financeira, e nunca fez isso. Em setembro, o time estava numa situação complicada, nós chamamos todas as torcidas organizada e fizemos um pacto pela união de todas elas em prol do time. As organizadas colocaram que estava muito difícil levar os torcedores, não tinha gente para tocar bateria, entregar faixas, nos propusemos a ajuda-los. Ficou combinado que seria entregue a uma pessoa uma quantidade de ingressos para serem distribuídos para que os torcedores entrassem no estádio – disse o presidente.
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