quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Portal revela que oposição política do Fluminense já está se articulando por pedido de impeachment de Pedro Abad

Fonte: Explosão Tricolor Notícias 12/12/2017
Segundo o portal UOL, a oposição política do Fluminense já está se articulando para solicitar um pedido de impeachment do presidente Pedro Abad após os desdobramentos da Operação Limpidus, que já acarretou duas prisões de funcionários do Fluminense e, segundo as autoridades que comandam a investigação da relação dos clubes com as torcidas organizadas, ainda pode acarretar em prisões de dirigentes.
De acordo com o portal UOL, as lideranças da oposição da política tricolor ainda estão aguardando se o mandatário tricolor será detido, mas o item do Estatuto do Fluminense que aponta “prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do clube” já pode ser o suficiente para colocar o pedido em votação no Conselho Deliberativo.
O grande problema que a oposição poderá enfrentar numa eventual votação de impeachment é que grande parte do Conselho Deliberativo pertence a base de sustentação política do presidente Pedro Abad. A Flusócio e os Esportes Olímpicos possuem uma ligação fortíssima desde a época do ex-presidente Peter Siemsen. Somados, os dois grupos possuem dois terços dos Conselho, lembrando que para aprovar o impeachment serão necessários justamente dois terços dos votos dos conselheiros.   
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Como realizar o processo de impeachment de Abad?

Fonte: Explosão Tricolor 12/12/2017 
A história passa na frente dos nossos olhos! A prática do cambismo é algo disseminado no Brasil inteiro e, agora, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro resolveram dar um basta nisso. Excelente iniciativa! Oxalá que este tipo de operação ocorra em todo país. Apesar da tristeza de ver o nome do Fluminense diretamente envolvido na questão, fato é que o futebol nacional deve ser passado a limpo e apurar a relação espúria entre torcida organizada e diretoria é um grande início.
Por tudo que se falou até agora, naquilo que interessa ao Fluminense, está se caracterizando uma verdadeira atuação sistêmica de doação de ingressos para a torcida organizada que, por sua vez, revende-os a preços elevados e conseguem se manter. Ou seja, uma parte das finanças desse tipo de torcedor vem dessa relação indevida com a diretoria.
Sobrou até para o sócio torcedor. De acordo com o Promotor de Justiça Marcos Kak, do Ministério Público do Rio de Janeiro, o programa de sócio exige que o torcedor faça o check in da aquisição dos ingressos. Quando há sobra de ingresso, parte dela é destinada às organizadas. Isso significa que os seus componentes não precisam pagar mensalidade para ter acesso a tickets gratuitos, ao passo que o verdadeiro torcedor desembolsa 100, 150 reais para manter a sua paixão. Que absurdo!
Tudo isso, porém, decorre da falta completa e absoluta de transparência nas atividades do clube. Nada disso aconteceria se o Fluminense tivesse as contas abertas, como exige, aliás, a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, ou “Lei do Profut”. Inclusive, ela considera temerária e irregular a gestão que não divulga, tanto para os torcedores quanto para os associados, os atos do clube, o que pode acarretar até mesmo o impeachment do Presidente.
A cobrança por visibilidade está vinculada à necessidade de abrir acesso ao conteúdo dos atos e gastos efetivados pelo clube. E é esse conhecimento pleno que permite o exercício da democracia, até por ter o livre arbítrio de opinar e fiscalizar os gastos realizados.
Não há nenhuma dúvida que fraudes e demais atos ilegais, inclusive os que estamos presenciando na Operação Limpidus, encontram oportunidades propícias para a propagação em ambientes nos quais a gestão escamoteia informações. No Brasil, a Lei do Profut já citada busca tornar menos obscuro o conhecimento da informação por parte dos torcedores, inclusive estipulando a punição máxima aos dirigentes que não a cumprirem.
Isso é tão sério que, atualmente, o Fluminense está no Profut e este é o principal argumento do clube para afirmar que a gestão é profissional. Mas a ausência de transparência pode fazê-lo perder este benefício e retornar para o patamar de extrema dificuldade financeira que praticamente impedirá o clube de participar das grandes competições.  
E aí vocês podem perguntar: como fazer para levar adiante este necessário impeachment do Presidente? Respondo: temos que seguir o estatuto do clube. E este processo é extremamente custoso e, considerando que a maior parte do Conselho Deliberativo é fortemente ligada ao grupo da Flusócio, a dificuldade fica ainda maior.
Para iniciar o processo de impeachment, há a necessidade de um requerimento formulado por 50 conselheiros do clube. Isso, por si só, já seria difícil. Mas não para por aí. Para dar início ao processo, o requerimento deve ser aprovado por pelo menos um terço dos membros do Conselho Deliberativo do Fluminense.
Se for ultrapassada essa fase de admissibilidade do pedido, ele é encaminhado ao Presidente do Conselho Deliberativo que deverá entregar o caso a uma Comissão para assuntos Disciplinares que, por sua vez, oportunizará a devida defesa ao Presidente. Após isso, a tal Comissão irá dar o seu parecer e o caso vai a julgamento pelo Conselhão.
Para ser aprovado, o pedido deve ser apreciado com quórum mínimo de 150 conselheiros. O estatuto exige ainda aprovação de, pelo menos, 2/3 do número dos presentes. Tudo feito em votação secreta. Sério! Você não leu errado. Depois de todas as dificuldades de levar um processo de impeachment adiante, a votação ocorre às portas fechadas e com zero informação à torcida, verdadeira proprietária do time. Inacreditável!
Na hipótese de tudo andar como deve ser, pelo menos a substituição do Presidente é garantida democraticamente. O Vice-Presidente assume por apenas 45 dias e, neste prazo, deve haver uma nova eleição obrigatoriamente convocada pelo Presidente do Conselho Deliberativo. Aí, é a hora do sócio entrar em cena e não permitir pessoas sem a capacidade de gestão adequada assuma o clube.
“E como eu posso ajudar?”, perguntaria o leitor dessa coluna. A resposta é simples: pressão. Lembrem que toda mudança inicia de uma vontade que se transforma em atitude concreta daquele que é prejudicado com os desmandos de uma diretoria. E, no nosso caso, todos passamos vergonha com a atitude da diretoria de, além de apequenar o Fluminense, transformá-lo em caso de polícia em âmbito nacional.
Questione nas redes sociais, mande e-mails para os componentes do Conselho Deliberativo cobrando uma conduta efetiva contra todos os absurdos que acontecem no Fluminense – inclusive divulgando a possibilidade de impeachment – e assumam a sua paixão pelo clube nesta triste página da nossa história.
Sugestão: para saber quais são os conselheiros do clube, basta ir na página principal do site do clube e entrar na aba “O Clube” ....  Lá consta a relação de todos os titulares e suplentes do Conselho Deliberativo, incluindo a atual mesa diretora. Nas mãos dele (e na indignação da torcida) está o futuro e a própria sobrevivência do Fluminense Football Club.
Lembrete: tudo isso pode não ser necessário se, na evolução das investigações da Operação Limpidus, concluírem que o Presidente não é digno de se manter à frente do clube. Aí, basta uma ordem judicial. A prudência exige que aguardemos todo o desenrolar das investigações para individualizar a conduta de que cada um dos possíveis envolvidos, mas a possibilidade existe, de acordo com a força-tarefa que está no caso.
Ser Fluminense acima de tudo!
Evandro Ventura

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