quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Sem estádio fixo, Fluminense registra queda de receita com bilheteria e sócios


Tricolor, além de negociar pacote de jogos no Nilton Santos, trata com consórcio do Maracanã medidas para reduzir custo de operação de partida

Fonte: GE Hector Werlang  19/02/2018
Por motivos externos, como reformas para a Copa do Mundo e Olimpíada Rio 2016, ou internos, como escolhas mal feitas, o Fluminense não tem um estádio fixo desde 2013, ano de assinatura de contrato com o Maracanã. Além do prejuízo técnico ao time, o clube sofre com queda nas receitas de bilheterias e do programa Sócio Futebol. 

É por isso que o Tricolor tenta mudar o panorama em 2018.Além de negociar um pacote de jogos no Nilton Santos com o Botafogo, mantém tratativas com o consórcio para reduzir os custos do Maracanã. A ideia, ainda em análise, é ampliar a setorização do estádio, ou seja, só abrir espaços conforme a demanda de público.
Desta forma, as despesas com segurança, limpeza e iluminação seriam diminuídas. Contra o Salgueiro-PE, no Niltão, por exemplo, o anel superior esteve fechado. É o exemplo a ser seguido.

As mudanças de casa


Em 2013, ainda na gestão Peter Siemsen, o Fluminense assinou contrato que lhe permitia atuar no Maracanã a custo zero. A temporada teve o estádio fechado para o término da reforma e disputa da Copa das Confederações. À época, o Nilton Santos foi interditado por conta de um problema na estrutura do teto - seria reaberto apenas em 2015.
Receita de bilheteria
Fonte: Balanços do Fluminense (2017 é apenas até 30 de setembro)
Os anos de 2014 (apesar da Copa no Brasil) e de 2015, com mais jogos no Maracanã, significaram maior receita de bilheteria. O grande problema foi em 2016, temporada dos Jogos Olímpicos no Rio. Tanto o Maraca quanto o Niltão só reabriram na reta final do Brasileirão.
Receita do Sócio Futebol
Fonte: Balanços do Fluminense (2017 é apenas até 30 de setembro)
Naquela oportunidade, Peter assinou o quarto aditivo do contrato com o consórcio. À época, o conselheiro Humberto Menezes indicou que a mudança geraria gastos extras de R$ 10 milhões. Após disputa na Justiça, o acordo passou a regular a relação entre as partes: aluguel de R$ 100 mil por jogo e nova divisão de despesas e receitas. Antes disso, a casa tricolor variou entre o Raulino de Olveira, em Volta Redonda, e o Giulitte Coutinho, em Mesquita. A Baixada teve mais apelo popular.
O programa de sócios manteve aumento de receita de 2013 a 2015. Porém, à medida em que o clube não manteve um local como principal para mandar as partidas, registrou queda. Recentemente, conseguiu integrar o cadastro dos associados, o primeiro passo para lançar novos planos. Falta agora ter um estádio específico para atrair os tricolores.
Jogos ano a ano por estádio

2013 2014 2015 2016 2017
Maracanã 16 26 27 2 25
Nilton Santos 6 - 2 - 1
Raulino de Oliveira - 2 1 12 -
Giulite Coutinho - - - 9 5
São Januário 5 - - - -
Moacyrzão 4 2 1 - -
Moça Bonita 2 - - - 2
Los Larios - - - 2 3
Kleber de Andrade - - 1 2 1
Mané Garrincha - 1 - 4 -
Mario Helênio - - - 2 1
Arena da Amazônia - - - 1 -

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