O Fluminense não é mais um clube grande?
GERAÇÕES QUE DESCONHECEM A HISTÓRIA
Fonte: Explosão Tricolor Por Ricardo Timon 04/04/2019
Buenas, tricolada!
Talvez eu devesse comentar sobre esta última partida, pela Copa do
Brasil, entre Luverdense e Fluminense, lá em Lucas do Rio Verde, no Mato
Grosso! Mas, cá pra nós, esse jogo não merece comentários!
Decepcionante!
Duelo
sem graça, modorrento, onde os nossos jogadores pareciam que se
poupavam pro Fla-Flu de sábado, e que me deu um sono do caramba!
Apenas
algumas considerações rápidas. O Matheus Ferraz foi o nosso melhor
jogador (pra variar). O Fernando Diniz não tira o Luciano nem que a vaca
tussa (impressionante!). E este mesmo Luciano, por incrível que pareça,
é o termômetro do nosso time. Quando ele vai bem, as jogadas de ataque
fluem naturalmente. Mas o malandro vem mal desde o Fla-Flu da semi da
Taça GB!
A equipe
permanece sem profundidade, penetração e, como consequência, vimos um
0x0 feio, insosso e revoltante neste confronto diante do frágil
Luverdense! Ponto!
Dito
isso, resolvi escrever sobre algo que, neste instante, me parece
prioritário: a declaração do jornalista dos canais SporTV, Rodrigo
Capelo, no programa “Acabou a Brincadeira”, na tarde desta última
quarta-feira! Pois sim, ele afirmou que o FFC não é mais um clube
grande!
Os adventos
da globalização, da comunicação imediata – por internet, e das próprias
redes sociais deram origem a monstros incontroláveis. Vira e mexe, estes
monstros desferem perigosos golpes nas memórias e no historicismo de um
mundo mais antigo, sem tecnologias.
Aliás,
os livros de história e as enciclopédias, que eram cuidadosamente
confeccionados, atualmente caíram em total descrédito – não me referi a
desuso, e sim a descrédito mesmo! O grande “pai dos burros” nos dias
atuais é o Google. Se qualquer tema debatido estiver por lá – e quase
todos estão, pronto, fecham-se as questões, acabam-se as demais
pesquisas.
No que
tange ao futebol, não raro observarmos a garotada afirmando que CR7 é
melhor do que foi Euzébio. Que Neymar é mais jogador do que o Dener. Que
Messi é mais completo do que Maradonna. Por mero desconhecimento – ou
desinteresse, jamais mencionam Puskas, Di Stefano, Beckenbauer, Cruyff,
Platini, Roberto Rivellino, Gérson, Ademir da Guia, Tostão, e tantos
outros gênios que sequer são avistados em fotografias preto e branco!
Daqui a pouco esquecerão Romário, R-9, R-10 e Rivaldo também, podem
acreditar. Basta deixarmos o tempo urgir!
Falam
com reverência de um certo Rei pelo fato de a imprensa, os familiares,
os amigos e parentes de amigos não deixarem sucumbir ante aos
modernismos os feitos extraterrestres do senhor Édson Arantes do
Nascimento, vulgo Pelé!
Partindo
desta premissa, o pior Presidente do Fluminense é o Pedro Abad, mas
nunca ouviram falar de Gil Carneiro de Mendonça, Álvaro Barcellos e
Fábio Egypto. Os nossos piores elencos de todas as eras são os dos
últimos 2 ou 3 anos, mas não conviveram com Flávio Roberto, Maldonado,
Vanin, Percy Olivares, Ademílton, Hélio, Zé Carlos, Rissut, Alê,
Itaberá, Luciano (lateral-esquerdo), Ayube, Toinzinho, Fanta, Jerry,
Jason… Em períodos distintos! Putz! Dá dor de cabeça só de lembrar!
Pra
começar, o Abad é péssimo gestor mesmo, tem que “sair ontem”, mas não
vem sendo pior do que foram os três mencionados acima. O nosso elenco de
hoje tem vários pontos cegos, mas já vi coisas muito mais assustadoras
vestindo-se de tricolor dentro de um campo de jogo!
Na
verdade, estes são fenômenos até compreensíveis, já que as nossas
referências de vida são aquelas que nos são palpáveis. No entanto, eu
particularmente aprendi a conhecer e gostar da história desde a tenra
idade. Sim, pois aquele que não reconhece o seu passado não pode apostar
no próprio futuro – e triste é a sociedade que renega este tal passado!
Pior, hoje ainda há os exageros, as bravatas, as opiniões polêmicas
geradas por um tipo de opinião agressiva e desnecessária! As pessoas
buscam “likes” também fora do mundo virtual, creiam. Uma lástima!
Por
isto, em paralelo, eu não corroboro com determinadas maldades sociais,
que enxotam da existência e menosprezam este passado como se ele jamais
tivesse existido. Dicotomias e ufanismos que nutrem um egocentrismo nada
cidadão e pouco associativo tomaram o planeta de assalto. “Apenas” tudo
isso!
Lembram da
minha alusão ao tema proposto lá no começo? Pois é, este extenso
preâmbulo visa a tecer alguns comentários sobre as declarações do
Rodrigo Capelo! Como assim o Fluminense Football Club não é mais um dos
gigantes do planeta bola????
Quais
medidas alguns “novatos” utilizam para mensurar grandezas? Esse moço
citou o Flu e mais uns 4 ou 5 clubes, colocando-os numa mesma barca! A
propósito, que os representantes e/ou torcedores destas outras
agremiações pulem de suas tamancas! Eu me aterei ao nosso Fluzão, porra!
O
gigantismo de uma instituição centenária não se resume em maus
momentos. Em falta de títulos. Numa esporádica perda de protagonismo.
Estivemos na Terceira Divisão e na Segundona – em duas oportunidades -, e
jamais deixamos de ser grandes!
Sei
que a torcida tricolor anda ausente dos estádios, e os motivos são
inúmeros, mas ela está por aí, nesse Brasilzão de meu Deus! Somos quase
seis milhões de apaixonados, caceta! E ela, a torcida, é mote
comparativo para se determinar tamanhos! Senão, o Mequinha, o Bangu e a
Lusa paulista ainda seriam enormes!
Devemos
considerar tradição, história, quantidade de títulos, número de
torcedores – ratificando, exposição da marca no mercado mundial,
capacidade de contratar craques e revelar talentos, glórias,
pioneirismos, peso da armadura, e muitas outras vertentes para
avaliarmos as tais grandezas. E o FFC está muito bem posicionado nestes
quesitos, além de inserido em todo este contexto há 117 longos anos! Não
será um jovem jornalista que diminuirá os feitos seculares de uma
instituição fortíssima do segmento – e que se mantém colossal no
decorrer de tantas primaveras, apesar dos pesares!
Ele
ainda tentou justificar-se, falando sobre investimentos e capacidade
financeira. Citou Fla, São Paulo, Palmeiras e Corinthians como os únicos
remanescentes da referida grandeza.
A pergunta que não cala é QUANDO ACONTECEU O ÚLTIMO GRANDE TÍTULO DO SPFC? E DO FLAMENGO? Eu sei, mas não vou publicar aqui e agora. Ele é que repense os seus conceitos. Ele é que apure, pombas!
Ah,
os dois ao menos estão sempre competindo, talvez o camarada me
respondesse. E eu treplicaria: oras, mesmo com os intermináveis
desmandos administrativos, sucessivos atrasos salariais e elencos menos
fortalecidos, em alguns anos pós-UNIMED brigamos por Copas do Brasil,
Sulas e começamos otimamente bem muitos Brasileirões! Não mantivemos a
pegada porque, sabemos, saco vazio não para em pé!
Portanto,
Rodrigo, meu camarada, MBA’s, extensões de cursos, pós-graduações,
doutorados etc não tornam uma opinião mais valiosa ou verdadeira.
Opinião é opinião, OK! Mas a história não se desconstrói com os valores
vazios que as liturgias secas e “profissionais” trazem nos seus
almanaques e bulas! Essas ações representam um empirismo clássico, pô!
Como você mesmo afirmou, esta espécie de matéria envolve paixão, mas
tudo nesta vida funciona melhor quando fazemos uso do equilíbrio – mesmo
na dualidade compulsiva do futebol.
Então,
eis um cidadão – este colunista aqui mesmo – buscando, à prióri, o
manifestado equilíbrio (entre fleuma e sanguinidade) concedendo-lhe
alguns conselhos. Estude mais sobre o Fluminense. Destrinche melhor os
meandros das nossas façanhas e conquistas. Reconstitua as nossas
trajetórias de ineditismo – aplicadas em mais de um século de
participações ativas em frentes diversas. Não tente apequenar, ainda
mais uma entidade mundial do desporto, apenas usufruindo dos seus
conceitos teóricos de Terceiro Grau, numa boa Universidade tupiniquim.
Não promova falácias, mesmo de cunhos pessoais, fundamentado apenas no
presente – ou no passado contemporâneo. Ah, e não se esqueça de que a
mídia é useira e vezeira neste tipo de iniciativa, a de vilanizar o Flu
em quaisquer pendengas… Não transforme-se em mais um pêndulo desta
covardia!
Somos o
Fluminense Football Club. Somos grandes. Enormes. Gigantes. Atemporais. E
não há diretorias, correntes políticas, inimigos ou novos jornalistas,
baseados numa matemática de absurdos e afeitos a tapinhas nas costas,
que farão desmoronar o nosso castelo. Ele foi edificado em honradez,
vitórias – e derrotas, imortalidade, brilho, prestígio, louvores,
suntuosidade, triunfos, esplendores, reconhecimento, alegrias, pompas,
reconquistas, originalidade e insólitas glórias. Fica a dica, parceiro!
Até a próxima!
Saudações eternamente tricolores!
https://explosaotricolor.com.br/geracoes-que-desconhecem-a-historia/
Jornalista Rodrigo Capelo declarou no programa "Acabou a brincadeira" que o Fluminense, juntamente com Vasco, Botafogo e Bahia não são mais clubes grandes
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