Fonte: NETFLU 17/01/2019
Após o presidente do Conselho Deliberativo, Fernando César Leite,
convocar uma reunião para debater a Assembleia Geral convocada por Pedro
Abad, no próximo dia 26 de janeiro, parte da oposição do Fluminense
articula o chamamento de uma outra Assembleia Geral para votar o
impeachment do mandatário tricolor. Sócios também poderão participar.
O plano dos integrantes da coalizão Fluminense Unido e
Forte, que integravam a gestão do presidente Pedro Abad, foi elaborado
em paralelo à proposta de antecipação da eleição feita por Abad. O grupo
se baseia no artigo 12 no estatuto que, no entender deles, dá a
Fernando César Leite, presidente do Conselho Deliberativo, a
prerrogativa de também convocar uma Assembleia Geral.
A oposição argumenta que este processo seria mais rápido para a
realização da eleição e que a mudança no estatuto fere o artigo 150, que
define que mudanças eleitorais só podem valer para a próxima
legislatura. Em caso de impeachment, uma nova eleição seria convocada em
até 45 dias. A Flusócio, o grupo político do presidente Pedro Abad,
entende o caso como uma tentativa de manobra da oposição.
Junto com os integrantes dos Esportes Olímpicos, que é aliado, os
situacionistas pretendem ir à reunião do dia 22 e votar contra qualquer
proposta. Vale lembrar que eles têm a maioria no conselho. Em caso de
uma improvável derrota, defendem que Fernando César Leite não tem
autonomia para convocar uma assembleia. Os situacionistas se apegam ao
artigo 60 do Código Civil, que rege as associações, que estabelece que
qualquer associado só pode convocar uma assembleia caso tenha a
assinatura de 1/5 do quadro social. Recentemente, dois pedidos para
anular a assembleia do dia 26 foram negados.
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