O pedido de impeachmet do presidente Pedro Abad começou a ser
analisado no Fluminense. Desde o dia 17 de agosto, data em que foi
protocolado pela oposição, Fernando Leite, presidente do Conselho
Deliberativo, nomeou uma comissão para debatê-lo. O mandatário tricolor,
aliás, foi notificado a apresentar a sua defesa.
A Comissão para Assuntos Disciplinares, formada por cinco
conselheiros, é a responsável por avaliar a questão. Antes da
comunicação a Abad, ocorrida na última terça-feira, realizou a primeira
reunião. O prazo para o dirigente se posicionar ainda não vENCEU. Depois da manifestação do presidente, que pode ser escrita ou oral, a
comissão elaborará um relatório a favor ou contra o impeachment. Então,
uma sessão do Conselho Deliberativo – ainda sem data – votará o
parecer. E é aí que o embate político, algo marcante no clube nos
últimos anos, terá mais um capítulo.
O rito do processo tem respeitado o estatuto do clube, que estabelece
ainda que o encontro para apreciar o relatório só poderá ocorrer com a
presença mínima de 150 conselheiros. A oposição (grupos Unido e Forte,
Flu 2050, Pro Flu, Flu + e Tricolor de Coração entre outros) não
descarta recorrer à Justiça para questionar este número, a metade do
máximo de 300 permitidos. Ocorre que, no entender de alguns
oposicionistas, ele deveria ser menor, afinal, atualmente, após a posse
de conselheiros natos, o Conselho tem 218 integrantes.
A situação, representada pela Flusócio e Esportes Olímpicos, não
descarta questionar o processo de nomeação da comissão por suposta falta
de transparência. Além disso, como tem maioria, dificilmente permitiria
o quórum para a realização da votação.
Para ser aprovado no Conselho, impeachment precisa de 2/3 dos votos
dos presentes. Número que situação e oposição concordam ser difícil de
alcançar.
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