Fonte: Extra 29/11/2018
Qual o peso da pressão sobre um time que não consegue mais marcar gols? Para o Fluminense, é de uma tonelada. Nervosa em campo, a equipe se deixou levar pelo desespero. Abusou dos erros e virou presa fácil para o Atlético-PR, que só precisou de um mínimo de organização para vencer por 2 a 0 e garantir sua vaga na final da Sul-Americana.Aos tricolores, resta a angústia de não saber se este time será capaz de garantir sua permanência na Série A. No domingo, precisa segurar o América-MG, novamente no Maracanã.Embora a missão não seja das mais espinhosas, como acreditar numa equipe que não balança as redes há 762 minutos (ou 12 horas e 42 minutos)? Menos mal que um 0 a 0 é suficiente para assegurar a permanência na elite. O problema é que os tricolores dão sinais claros de estarem destruídos psicologicamente. Neste mesmo período sem gols, 12 foram sofridos.Some-se a isso o desgaste de Marcelo Oliveira. O treinador coleciona tentativas frustradas de esquemas táticos. Numa noite em que a equipe estava visivelmente desorganizada taticamente, a torcida perdeu a paciência de vez com ele e gritou um sonoro "burro" no Maracanã.A arquibancada é outro ingrediente no caldeirão do Fluminense. Ontem, a torcida sentiu o golpe cedo. Por volta dos 20 minutos de jogo, quando o Atlético-PR já vencia por 1 a 0, os tricolores desistiram de apoiar. Na maior parte do jogo, sobraram vaias aos jogadores, xingamentos ao presidente Pedro Abad, gritos de "time sem vergonha" e o alerta de que "acabou o amor".E acabou mesmo. Ao longo do segundo tempo, enquanto os atleticanos gritavam "olé", muitos tricolores foram embora. Outra parte iniciou uma briga na própria arquibancada. E encontrou o presidente Pedro Abad, hostilizado.Os poucos que decidiram manter o apoio sofreram até o fim. No domingo, mais do que nunca, o Fluminense vai precisar destes. Só muito amor pode salvar o Tricolor de um fim de ano trágico em campo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário