Fonte: NETFLU 09/10/2018
Na noite desta terça-feira, os membros do Conselho Deliberativo tricolor se reuniram, no Salão Nobre das Laranjeiras, para discutir se as contas de 2017 da gestão Pedro Abad seriam apreciadas ou se esperariam as de 2016. No entanto, houve tumulto antes do encontro se iniciar, o que provocou a suspensão da reunião.
No momento, ainda não há uma data definida para um novo encontro. Atestando a fase política conturbada que o clube vive, o NETFLU apurou que o clima esquentou na sede tricolor e que, além do tumulto e das discussões acaloradas, houve pancadaria entre os presentes.
Flusócio repudia ato da oposição em reunião e critica presidente do Conselho Deliberativo
Reunião para discussão sobre as contas de 2017 terminou em confusão
Os membros do Conselho Deliberativo do Fluminense se reuniram na noite desta terça-feira, no Salão Nobre das Laranjeiras, para discutir as contas de 2017 da gestão de Pedro Abad. No entanto, houve tumulto e, além disso, pancadaria entre os presentes, conforme apurou o NETFLU. Em nota, a Flusócio narrou os acontecimentos, repudiou a confusão gerada pela oposição e criticou o presidente do Conselho Deliberativo, Sr. Fernando César Leite, que de acordo com o grupo político “já perdeu seu pudor no que diz respeito à parcialidade”.
Confira a nota:
“Na noite de ontem (09/10/2017), o Conselho
Deliberativo do Fluminense foi convocado para deliberar sobre as contas
do exercício de 2017. O parecer do Conselho Fiscal recomendou a
aprovação das demonstrações financeiras por 3 votos a zero e as mesmas
foram auditadas pela Mazars Ausitores Independentes.
Em apresentação inicial no púlpito, o Sr Felipe
Vilela Dias, Presidente do Conselho Fiscal, defendeu a aprovação das
contas, informou que o Fluminense fechou o ano contábil de 2017 com
déficit de R$ 69 milhões, um pouco menor que o previsto no orçamento,
que era de R$ 75 milhões e discorreu sobre as dificuldades da gestão
Pedro Abad com o legado financeiro que encontrou.
Algumas outras informações importantes:
1) O parecer do Conselho Fiscal informa que a
dispensa dos atletas ocorrida ao final do exercício 2017, e os
posteriores acordos negociados com os jogadores, provocaram uma economia
das despesas contratadas com eles em torno de 48%;
2) O Presidente do Conselho Fiscal ressaltou a
dificuldade de gerir o clube com bloqueio de 15% de todas as receitas
penhorados em favor da Procuradoria da Fazenda Nacional (PGFN), conforme
decisão proferida no início de 2018. Segundo ele, esses bloqueios já
superam R$ 20 milhões e se não existissem estaríamos com todos os
salários em dia atualmente;
3) O parecer do Conselho Fiscal ressaltou que a
atual administração tomou uma medida correta ao rever a contabilidade de
2016 e 2017, que cumpriu o orçamento 2017, e que fez, na medida do
possível, um grande esforço para adequar o nosso clube à realidade. Já
está disponível no site oficial o balancete do 1º semestre
do ano de 2018, que mostra uma situação econômica (déficit operacional
mensal) bem melhor que 2017, embora o problema do clube continue sendo o
fluxo de caixa;
4) O parecer do Conselho Fiscal ressaltou que a
receita líquida de 2017 superou a receita orçada em cerca de R$ 11
milhões, mas também recomendou novos cortes de gastos para 2018 e a
busca incessante por incremento de receitas em todas as áreas, sob pena
do clube continuar com graves pendências financeiras, rolando seu
déficit basicamente através de empréstimos;
5) O Presidente do Conselho Fiscal informou que
foram realizados ajustes sobre as contas aprovadas em 2016, e que as
demonstrações de 2017 já estavam elaboradas considerando os novos
números, de tal forma que não haveria problema deliberá-las seguindo a
pauta, pois os números não mudariam;
6) O Presidente do Conselho Fiscal ressaltou
ainda que não tem poder para pedir uma nova votação sobre as contas de
2016 e defendeu que isso deveria ser objeto de avaliação da plenária, em
pauta extraordinária convocada para este fim, pois o Estatuto é omisso
sobre o assunto;
Como não cogitam rejeitar as contas 20117
assinadas pelo ex Vice Presidente de Finanças Diogo Bueno, uma de suas
lideranças, a oposição interna que hoje o Fluminense abriga no Conselho
Deliberativo começou a trabalhar pelo adiamento da votação das contas
2017, ignorando solenemente o descrito no item 5. Talvez para votar num
momento mais turbulento dentro de campo, quem sabe.
Com a complacência do Sr. Presidente do Conselho
Deliberativo, Fernando César Leite, foram nada menos que 2h de questões
de ordem, desabafos e afins, sem sequer entrar na pauta da convocação
que era discussão e apreciação das contas do exercício de 2017. Após
muita perda de tempo e tentativa de manobra, foi votada uma das questões
de ordem que pedia o adiamento da deliberação, mas essa proposta foi
democraticamente derrotada por 55 x 47 pela plenária, em votação
nominal, sem qualquer margem para dúvidas. A pauta da convocação então
estava mantida, mas o Presidente do Conselho Deliberativo fez questão de
declarar seu voto a favor do adiamento, mesmo que isso não alterasse o
resultado final. Uma situação constrangedora.
Foi aí então que o Conselho Deliberativo do
Fluminense viveu sua noite mais triste, primeiramente com o destempero
do conselheiro Lula Vilela, de pé e aos gritos, sem respeitar a derrota
de seu grupo político via processo democrático. Não foi a primeira vez.
Na sequência, de forma incompreensível, o Sr. Fernando Leite pegou o
microfone para anunciar que, de maneira monocrática, marcaria para breve
uma reunião extraordinária para votar novamente as contas 2016. Foi
automaticamente questionado por alguns conselheiros que ficaram de pé e
se aproximaram da mesa, pois a forma correta deste encaminhamento seria
via decisão da plenária, por conta da omissão estatutária sobre o tema.
Neste momento, houve uma agressão covarde do
conselheiro André Barbosa a um conselheiro que defendia o correto rito
estatutário: sem que este estivesse esperando, recebeu um soco lateral,
sem qualquer defesa, algo indigno, que nunca tinha acontecido na casa.
Houve muito sangue. O tumulto foi rapidamente controlado pelos
seguranças, mas o Sr. Fernando Leite, novamente de forma monocrática,
decidiu suspender a reunião sem data definida para continuar.
Ou seja, mesmo sem votos para tal, a oposição
dentro do Conselho Deliberativo conseguiu seu objetivo de adiar a
reunião. Contou para isso com o uso da violência e com a cooperação de
um Presidente do Conselho Deliberativo que há muito tempo já perdeu seu
pudor no que diz respeito à parcialidade. Não faz questão de demonstrar a
isenção que a cadeira preconiza, e abandona os valores democráticos
quando é do interesse de seu lado político.
Cada reunião do Conselho Deliberativo gera custos
ao Fluminense, só de pagamento com pessoal são mais de 15 pessoas,
dentre segurança, administrativo, equipamento de áudio e video, sem
contar energia, aluguel de cadeiras, insumos e etc. Já é a 5a reunião da
casa durante o mandato do Sr. Fernando Leite que nada delibera, por
motivos políticos. Algo incompreensível e incompatível com um clube que
sofre tantos problemas financeiros.”
Fluminense emite nota sobre confusão em reunião do Conselho Deliberativo
Confusão impediu a discussão sobre as contas de 2017
Na noite desta terça-feira, os membros do Conselho Deliberativo tricolor
se reuniram, no Salão Nobre das Laranjeiras, para discutir se as contas
de 2017 da gestão Pedro Abad seriam apreciadas ou se esperariam as de
2016. No entanto, houve tumulto e, além disso, também a NETFLU apurou que teve pancadaria entre os presentes. Após a confusão que atrapalhou a reunião do Conselho Deliberativo, o
Fluminense emitiu um comunicado no site oficial lamentando o ato
ocasionado por um de seus conselheiros. O clube informou que tomará
medidas de acordo com o que prevê em seu estatuto.
NOTA OFICIAL DO FLUMINENSE: “O Fluminense lamenta e repudia o encerramento, de forma extemporânea, da Reunião do Conselho Deliberativo, na noite de ontem (09/10), ocasionado por um ato isolado de um de seus conselheiros. O clube entende que violência nunca deve ser a via escolhida para resolução de problemas e que as medidas previstas em seu estatuto, para casos como esse, devem ser tomadas de forma exemplar.”
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