Em 1911, após a conquista do campeonato carioca, surgiu uma crise
interna no Fluminense. A cisão liderada por Alberto Borgerth levou nove
jogadores tricolores a criar uma seção de futebol no Clube de Regatas
Flamengo, que não tinha em mente outro esporte que não fosse o remo.
Se Flamengo e Fluminense fazem hoje um dos clássicos mais tradicionais
do futebol brasileiro, isso se deve a uma pessoa. Alberto Borgerth pode
ser considerado o pai do Fla-Flu. Ele foi jogador e campeão carioca com o
Tricolor em 1911. Pouco depois, devido a conflito com a diretoria,
liderou uma debandada de jogadores que foram fundar o departamento de
esportes terrestres no rubro-negro, criando assim o primeiro time de
futebol do clube da Gávea, que antes se limitava ao remo. Mais de 100
depois, seu neto Luiz Soares Brandão Filho, neto de Borgerth, diz que os
clubes se esqueceram de seu passado.
“Do Fluminense ele nunca recebeu homenagem. No Flamengo, foram poucas e pontuais. A única lembrança dele no clube é que seu nome foi inserido na Calçada da Fama do clube depois de um pedido de um sócio benemérito a quem tenho grande carinho. O futebol de hoje é muito imediatista, não há muita lembrança do passado. O Museu do Flamengo nunca conseguiu ir para frente. Espero que com essa gestão, de quem simpatizo, consiga construí-lo. Minha mãe adorava o pai, e ficava muito chateada por ele nunca ter sido homenageado. Morreu com essa tristeza. Eu ficava triste por ela, mas já absorvi tudo isso”, conta Brandão Filho, em entrevista ao Portal da Band.História
Alberto Borgerth nasceu em 3 de dezembro de 1892, no bairro da Glória, no Rio de Janeiro. Era filho de José de Siqueira Alvares Borgerth, advogado que era chefe de segurança de Dom Pedro II e Procurador Geral dos Feitos da fazenda. Começou a remar pelo Flamengo em 1906, enquanto jogava futebol pelo Rio Futebol Clube, uma espécie de juvenil do Fluminense.
Em novembro de 1911, já capitão do time adulto do Fluminense, foi campeão Carioca com o clube. Pouco depois, houve uma dissidência entre atletas e dirigentes. A maioria do jogadores já remava também pelo Flamengo. Borgerth então se reuniu com os atletas na Pensão Almeida, na Rua do Catete, 186, onde alguns moravam e decidiu levar para o rubro-negro a proposta de criação da seção de futebol no clube, que acabou sendo oficialmente criado em 4 de dezembro de 1911.
No ano seguinte o time fez sua estreia em uma vitória por 16 a 2 sobre o Mangueira. No dia 7 de julho, aconteceu o primeiro Fla-Flu. O Tricolor saiu vitorioso por 3 a 2. Em 1914 e 1915 foi bicampeão carioca, conquistando os primeiro títulos do Fla. No mesmo ano se formou em medicina e abandonou o futebol para exercer a profissão, chegou a ser Secretário de Saúde do então Distrito Federal.
Morreu em 25 de novembro de 1958, quando, de acordo com seu neto, recebeu a maior homenagem do Flamengo. “Foi velado na sede do clube no Morro da Viúva e seguiu para o Cemitério São João Batista em ambulância onde o caixão foi coberto com a bandeira do Flamengo enquanto a ambulância tocava sirene, não pelo trânsito que não existia na época, mas como forma de homenagem da rede publica de saúde”, relembra.
“Do Fluminense ele nunca recebeu homenagem. No Flamengo, foram poucas e pontuais. A única lembrança dele no clube é que seu nome foi inserido na Calçada da Fama do clube depois de um pedido de um sócio benemérito a quem tenho grande carinho. O futebol de hoje é muito imediatista, não há muita lembrança do passado. O Museu do Flamengo nunca conseguiu ir para frente. Espero que com essa gestão, de quem simpatizo, consiga construí-lo. Minha mãe adorava o pai, e ficava muito chateada por ele nunca ter sido homenageado. Morreu com essa tristeza. Eu ficava triste por ela, mas já absorvi tudo isso”, conta Brandão Filho, em entrevista ao Portal da Band.História
Alberto Borgerth nasceu em 3 de dezembro de 1892, no bairro da Glória, no Rio de Janeiro. Era filho de José de Siqueira Alvares Borgerth, advogado que era chefe de segurança de Dom Pedro II e Procurador Geral dos Feitos da fazenda. Começou a remar pelo Flamengo em 1906, enquanto jogava futebol pelo Rio Futebol Clube, uma espécie de juvenil do Fluminense.
Em novembro de 1911, já capitão do time adulto do Fluminense, foi campeão Carioca com o clube. Pouco depois, houve uma dissidência entre atletas e dirigentes. A maioria do jogadores já remava também pelo Flamengo. Borgerth então se reuniu com os atletas na Pensão Almeida, na Rua do Catete, 186, onde alguns moravam e decidiu levar para o rubro-negro a proposta de criação da seção de futebol no clube, que acabou sendo oficialmente criado em 4 de dezembro de 1911.
No ano seguinte o time fez sua estreia em uma vitória por 16 a 2 sobre o Mangueira. No dia 7 de julho, aconteceu o primeiro Fla-Flu. O Tricolor saiu vitorioso por 3 a 2. Em 1914 e 1915 foi bicampeão carioca, conquistando os primeiro títulos do Fla. No mesmo ano se formou em medicina e abandonou o futebol para exercer a profissão, chegou a ser Secretário de Saúde do então Distrito Federal.
Morreu em 25 de novembro de 1958, quando, de acordo com seu neto, recebeu a maior homenagem do Flamengo. “Foi velado na sede do clube no Morro da Viúva e seguiu para o Cemitério São João Batista em ambulância onde o caixão foi coberto com a bandeira do Flamengo enquanto a ambulância tocava sirene, não pelo trânsito que não existia na época, mas como forma de homenagem da rede publica de saúde”, relembra.
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