Barganha e voluntários: Fluminense promete CT muito mais barato e com prazo adiantado
Caio Blois, do Rio de Janeiro (RJ), para o ESPN.com.br
Caio Blois/ESPN.com.br
Pedro Antônio no CT do Fluminense, na Barra da Tijuca
O
plano do CT do Fluminense parecia nunca sair do papel. Após anos de
espera, tudo começou a mudar quando, em acordo com a Prefeitura do Rio, o
clube conseguiu um terreno na Barra da Tijuca. O sonho da torcida e do
presidente Peter Siemsen teve um grande aliado para virar realidade: o
empresário e tricolor Pedro Antônio Ribeiro.
Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br,
do alto de uma montanha de areia - perfeita para o campo e comprada em
ótimo preço, segundo ele -, o vice-presidente de Projetos Especiais
garantiu que a obra está adiantada, deu prazo mais otimista e prometeu
que o custo estimado será reduzido em mais da metade: de R$ 45 milhões
para R$ 20 milhões.
Em um país contaminado pelo superfaturamento de obras, que atrasam e
às vezes sequer saem do papel, o Fluminense caminha no sentido
contrário. Pelo menos essa é a promessa do responsável pelo Centro de
Treinamento. E isso, em grande parte, é graças ao esforço do vice.
Otimista, ele garantiu que a obra está andando mais rápido do que o
esperado e ainda garantiu o corte na previsão financeira. Além de tocar a
obra, é ele quem cede o dinheiro destinado para a construção, que será
pago com correção sobre a taxa SELIC ao fim do projeto.
"A
construção será antecipada para o dia 1º de novembro. Ali já vamos bater
estacas, já começa a produção. A torre ali na frente também, em
paralelo seguiremos construindo. Os campos, começando em novembro,
estarão prontos no máximo em março, isso sendo muito pessimista. Depois
do plantio, em 90 dias, o campo já deve estar pronto. A construção
integral do CT, que custaria R$ 45 milhões quando anunciei o projeto,
deve, sem a construção da torre, chegar na fase inicial de uso, com o CT
já em funcionamento, abaixo dos R$ 20 milhões, em um tempo que as obras
só atrasam e aumentam de valor", garantiu Pedro Antônio.
Mas qual
a explicação para o CT do Fluminense sair assim tão mais barato do que o
previsto? As barganhas a que se refere o dirigente vêm das mais
variadas formas. O Fluminense tem tocado com maestria o plano de mudança
do futebol tricolor.
"A gente já economizou R$ 12 milhões entre
negociações, boas oportunidades de compra, doações, etc. Vamos ter 9600
m² de construção, temos estimado de aterro 240 mil m², já estamos com
mais de 11 mil caminhões de aterro colocados, construções de rua...
Financeiramente, o aterro, que seria estimado em mais ou menos R$ 25
milhões, nós devemos gastar menos de R$ 4 milhões", explicou.
Além disso, descontos e a ajuda de outros tricolores parceiros para a
construção do CT têm ajudado bastante, tanto no andamento da obra como
na parte financeira.
"Nesse momento a gente teve basicamente duas
empresas dando descontos. Torcedores que nunca tinham feito trabalho
para o Fluminense. Nenhum parceiro do CT era parceiro do clube, até
porque o Flu não faz obras. O grande desafio será na parte da
construção. A gente vai contratar uma construtora para fazer a obra,
assumiremos o encargo da compra de materiais. Muitos tricolores poderão
doar ou fazer descontos enquanto empresas, o que uma construtora compra
em condições normais dificilmente vai acontecer. Estamos fazendo as
definições técnicas para o processo de licitação para as construtoras
que vão fazer a torre e outras fundações. Hoje somos seis empresas
fazendo projetos paralelos. Financeiramente está tudo viabilizado. O
custo de projeto não é barato, mas não é inviável", declarou. Programa de voluntariadoE
para reduzir ainda mais os custos da obra, a ideia do Tricolor das
Laranjeiras é pioneira. Após observar a vontade de participar de muitos
tricolores, Pedro Antônio, junto à diretoria, deve emplacar nos próximos
meses um programa de voluntariado."Mais para a frente vamos começar um programa de voluntariado, tanto na
parte da obra como administrativa, estamos precisando de gente. A gente
vai fazer um projeto, um documento junto ao departamento jurídico para
estabelecer as normas, conseguir no início algumas pessoas pontualmente
de acordo com as necessidades. Será necessário contar com mais pessoas, e
garanto que não vão faltar tricolores para ajudar", projetou.
Aos
62 anos e com larga experiência no mundo empresarial, o gaúcho de
Pelotas Pedro Antônio injetou muito mais do que dinheiro nas obras. Toda
e qualquer explicação sobre o CT é acompanhada de brilho nos olhos e
muita didática, com riqueza de detalhes. Antigo dono do Banana Golf, o
primeiro terreno onde o Flu vislumbrou construir suas instalações de
futebol, ele contou como se aproximou do plano e fez da obra o seu
sonho.
Caio Blois/ESPN.com.br
As obras do CT do Fluminense estão adiantadas
"Meu envolvimento com o CT começou quando o Peter foi visitar o meu
terreno, o Banana Golf, para comprar. Fizemos todas essas contas de
construção, já tínhamos a estrutura de instalações, ali em seis meses
poderíamos ter um centro de treinamentos. Mas o Fluminense não tinha
condições, tinha um passivo muito grande. Eu vi a obstinação do
presidente. Não conhecia ele, mas daí a frente passamos a nos falar
muito. Um dia, eu fui direto: 'acho que o departamento de futebol
começar a pensar nisso não vai dar', imagina, fazer futebol e ainda
pensar em CT? Não tem nem conhecimento para isso. Aí o presidente falou:
'Se depender de mim, começa agora!'", lembrou.
"Tem gente que
não sabe, mas subir aqui, olhar esse visual, é uma emoção incrível, uma
alegria muito grande. Quando você passa a fita em primeiro na maratona é
feliz, mas só o maratonista sabe o quanto ele correu, se preparou,
abdicou de outras coisas, enfim. Ontem mesmo trabalhei em casa, Peter
viu o jogo comigo e depois de ele ir embora fiquei vendo mais coisas",
se derreteu.
Caio Blois/ESPN.com.br
CT do Fluminense ficará pronto antes do combinado e com preço mais barato
Diariamente,
Pedro Antônio visita o terreno e trabalha. Muito. Mas nada parece tão
difícil para o empresário que se solidificou com o mundo dos
computadores e softwares na década de 1980 e hoje é dono de uma
companhia de táxi aéreo. Só a guerra contra os mosquitos.
"Não
tem difícil. As coisas difíceis demoram um pouquinho. Impossível demora
mais. E o impossível não existe para o Fluminense. Não tem impossível. O
mais difícil é ficar aqui de noite, tem muito mosquito (risos). Eu tomo
remédio em função de problemas cardíacos, então todo dia na minha cama
tem marca de sangue, parece cama de hospital, tenho que mudar sempre os
lençóis (risos)", disse.
Fluminense FC
Prédio que abrigaria a parte administrativa do clube no novo CT
Para
o futuro, ele não vislumbra participações grandes na política, no
futebol ou nenhum reconhecimento extra. O objetivo é mais simples.
"Estarei aqui até o ultimo dia e depois só quero sentar numa cadeira de balanço e assistir os treinos", brincou.
Fluminense FC
Projeto do Centro de Treinamento do Fluminense
Ao ser questionado sobre o nome que será dado ao CT, Pedro preferiu sair pela tangente.
"Eu
não quero ser tachado como mecenas. Nem comparado ao Dr. Celso. O nome
do CT vai caber ao presidente, à torcida. Se conseguirmos nomear as ruas
no entorno, com nome de Oscar Cox e outros da história tricolor já
seria fantástico. Não preciso ser reconhecido além do que qualquer
tricolor seria".
E sobre o próximo desafio, o vice não titubeou: um estádio. Mas esse, segundo ele, não é um objetivo próximo de se concretizar.
"Claro
que é o estádio. Mas melhor a gente ficar calado sobre esse assunto
(risos). Queremos ter um alçapão, mas esse não é o momento, está
distante. Nossa história é muito longa, mas o intervalo com certeza tem
que ser reduzido drasticamente, não pode ser de 100 em 100 anos para
mudarmos nossa estrutura. Com certeza vou ver esse estádio pronto com o
Fluminense jogando lá. E vencendo!", vislumbrou. Caio Blois/ESPN.com.br
Após iniciar construção do CT, Peter sonha com arena nas Laranjeiras
Presidente
do Flu reconhece que voltar a receber jogos no clube é um desafio ainda
distante, mas que mudança do local de treinos será um pontapé inicial
Fonte: Globo.com
O início do projeto de construção do centro de treinamento do Fluminense, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, pode ser o
pontapé inicial para outro desejo da torcida tricolor começar a sair do papel:
a transformação das Laranjeiras em uma arena para voltar a receber jogos
oficiais.
O presidente Peter Siemsen já encomendou um estudo de
viabilidade, mas as dificuldades são grandes e variadas. O estádio é tombado
pelo patrimônio histórico e o segundo andar da arquibancada está condenado.
Além disso, fora a verba que seria necessária, o clube ainda dependeria de
liberação dos órgãos governamentais, que analisariam, entre outras coisas, o
impacto no trânsito.
- Certamente não é algo para este meu mandato, é para a
próxima diretoria. É preciso pensar com carinho no que será feito. O sonho é
ter um estádio, uma arena de menor porte. Cairia bem para o clube, mas o
desafio é muito grande. Temos um projeto bonito em parceria com uma empresa
americana, mas o grau de dificuldade é grande. Dependemos de órgãos públicos,
patrimônio histórico... É um desafio enorme, mas importante. A ida do time para
o CT é fundamental, senão não adiantaria discutir nada disso - disse o
mandatário tricolor ao GloboEsporte.com.
O sonho é
ter um estádio, uma arena de menor porte. Cairia bem para o clube, mas o
desafio é muito grande.
Peter Siemsen, presidente do Flu
Na apresentação do terreno em que será erguido o CT do Flu,
na quinta-feira, chamou atenção o fato de Pedro Antonio, vice de projetos de
especiais, ter dito que vai custear a construção, que tem como orçamento total
cerca de R$ 45 milhões - R$ 8 milhões nesta fase inicial de preparação do solo.
Peter Siemsen esclareceu que a verba é um empréstimo, que será pago com
correção na taxa Selic.
- O Fluminense está investindo no CT através do vice de
projetos especiais Pedro Antonio, mas trata-se de um financiamento, não tem
ninguém dando o dinheiro, não tem mecenas. Ele está viabilizando. o clube só
poderia fazer a obra a partir da receita da venda de atletas, etc... Seria uma
obra de vários anos. O Pedro realmente tem feito um trabalho excepcional. O
Fluminense vai reembolsá-lo do valor corrigido com taxa Selic. É um importante
esclarecimento. Vimos que ficou uma certa dúvida sobre isso. A grande doação
dele tem sido o tempo e conhecimento.
O presidente tricolor disse ainda que há o desejo de
realizar ações de marketing para envolver os sócios-torcedores na construção do
CT quando as obras saírem da fase de preparação do terreno.
- Vai ser fundamental. Nesta primeira fase estamos fazendo
com o financiamento do Pedro, mas vai chegar o momento em que vamos fazer o
lançamento da campanha. Certamente vamos contar com nosso sócio-torcedor, que
vai participar diretamente dessa realização.
Animado com o início da realização de uma de suas promessas,
Peter disse estar orgulhoso desta e de outros feitos que considera um legado de
seu mandato, que se encerra em 2016.
- Tem muitas coisas que eu me orgulho. Uma delas é a
democratização do clube, que tinha uma política mais fechada, com poucos
sócios. Hoje o quadro é diferente, e o torcedor da arquibancada vai ser maioria
no colégio eleitoral. Isso muda o perfil. O melhoramento da infraestrutura de
Xerém também me dá muito orgulho, assim como o controle das dívidas.
Peter Siemsen e Pedro Antonio no terreno onde será o CT do Fluminense, na Barra (Foto: Bruno Haddad/Divulgação FFC)
Falta um ano, é verdade, mas a oposição do Fluminense pensa
e age de olho no futuro. Não é de hoje que diferentes grupos debatem a situação
do clube e possíveis candidatos à eleição presidencial de 2016. E, no talvez
último capítulo desta articulação política, uma reunião selou a união de duas
figuras até pouco tempo divergentes: Deley e Celso Barros. A ideia, mesmo sem
um nome definido, é angariar forças para derrotar Mario Bittencourt, vice de
futebol, e provável candidato do atual presidente Peter Siemsen.
O encontro ocorreu, na segunda-feira à noite, na casa do
conselheiro Ney Brito. Além do anfitrião, as figuras de destaques foram Deley
Oliveira, deputado federal pelo PTB, e Celso Barros, presidente da Unimed, a
antiga patrocinadora do Tricolor. A dupla estava em lados opostos no último
pleito, em 2013, quando Celso ajudou Peter a ser reeleito em disputa com o
ex-jogador.
- Tivemos um encontro, no qual foi discutida a eleição e a
situação do clube. Não foi para definir candidatura de ninguém. Agora é hora de
debater o projeto que queremos construir. É tentar manter a oposição unida para
derrotar essas pessoas que constroem uma realidade caótica no Fluminense -
explicou o conselheiro Ademar Arrais, um dos principais críticos da atual
gestão, organizador do encontro.
RELEMBRE: POLITICA NO FLU: MÁRIO COMO VIDRAÇA, CELSO DE VOLTA E CAMPANHA ANTECIPADA
Outros nomes conhecidos na política tricolor estiveram
presentes: Sandro Lima, ex-vice de futebol, Diogo Bueno, filho de Julio Bueno, atual secretário de Fazenda do
Rio de Janeiro, com ambição de ser presidente, e André Horta, filho de Francisco
Horta, ex-presidente do Flu. Roberto Horcades, outro ex-mandatário, com ligação
estreia com Celso Barros, não foi convidado. O presidente da cooperativa de
médicos, aliás, foi incentivado a concorrer, mas repetiu o que havia dito em
recente entrevista ao GloboEsporte.com: irá esperar o cenário político tomar
forma para se decidir. Ele é visto como o candidato que melhor agradaria a
torcida - 24 mil associados poderão votar no pleito da segunda quinzena de
novembro.
Caso Celso decline, a oposição irá avaliar qual rumo tomar.
Conselheiros entendem que o prestígio político de Deley e de Julio Bueno é
importante, portanto, tornaria candidatura viável. Sempre há quem diga que "o
Fluminense precisa de gente assim" para ser mais respeitado. O polêmico fim da
parceria de 15 anos, porém, será usado para convencer o médico a concorrer -
mesmo que ele não tenha garantia de poder patrocinar o clube, afinal, a empresa
passa por reestruturação financeira.
Peter Siemen e Mario Bittencourt são questionados pela oposição do Fluminense (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)
Mas qual o projeto da oposição? Ao criticar o que chamou de "grave
situação financeira" e os contratos firmados com a Vitton e o Maracanã, Ademar Arrais disse que a oposição deseja apresentar uma
alternativa ao clube.
- Em que pese as dívidas equacionados, houve aumento
significativo das receitas, como de transmissão e da Adidas (fornecedora
de
material esportivo). Passamos a ter a ordinária do programa Sócio
Futebol. Houve
ainda a venda de jogadores. Mesmo assim, a direção apresentou orçamento
com
déficit de R$ 48 milhões para 2015. Não vai demorar muito para, como o
futebol
está sendo administrado, o valor subir. Muito. As finanças deveriam
estar em
outro patamar. Há aspectos absurdos acontecendo no futebol, que virou
palanque
eleitoral do FluSócio (maior grupo político de apoio a Peter) e do Mario
Bittencourt. Sem falar no contrato de comissionamento feito com a Vitton
e o do Maracanã, no qual passamos a pagar taxas nos jogos. Queremos
apresentar uma alternativa ao clube baseado em um projeto
a ser construído - completou Ademar.
Peter, por ora, não se manifestou quanto o futuro político.
Assim como Mario. Há um outro elemento que pode entrar na disputa: Pedro
Trengrouse, advogado especializado em direito desportivo e gestão do futebol,
consultor da Fifa e da Fundação Getúlio Vargas. Seria uma espécie de terceira
via. Porém, ter assessorado Márcio Braga, no Flamengo, pesa contra
UNIMED ROMPE COM O FLUMINENSE Fonte: O Globo coluna Ancelmo Gois 10/12/2014
Deu no Ancelmo Gois de hoje. Acabou a parceria da Unimed com o Fluminense.
Desde
de 1999, quando a Unimed passou a patrocinar o clube, o Fluminense
conquistou um título do Campeonato Brasileiro da 3ª divisão (1999), dois
títulos do Campeonato Brasileiro da primeira divisão (2010 e 2012), uma
Copa do Brasil (2007) e três campeonatos estaduais (2002, 2005 e 2012).
Unimed rompe parceira devido a dificuldades econômicas e Fla tenta jogadores do Flu
Fonte: Mauro Cezar Pereira ESPN 10/12/2014
Problemas financeiros aceleraram o rompimento entre Unimed e Fluminense.
O mercado das empresas do setor de saúde não vive bom momento e a
parceria que começara em 1999 chega ao final. No entanto, discussões que
envolvem a empresa, o clube e seus contratados apenas começam.
Para ficar num exemplo, mais de 77% dos ganhos de Fred, principal
atleta do Fluminense, são pagos pela ex-parceira do time das
Laranjeiras. Ao deixar de estampar sua logomarca no uniforme tricolor, a
Unimed não terá mais benefícios toda vez que o artilheiro do
Brasileirão mandar a bola nas redes.
Porém há um contrato com o
jogador. Ou seja, tem que pagar o que foi acordado. Mas em crise
financeira, o que acontecerá? Simplesmente desembolsará significativa
quantia mensal sem tirar qualquer vantagem marqueteira disso? Ou irá
propor uma renegociação? Pessoas ligadas ao clube acreditam na segunda
hipótese.
Isso poderá gerar uma série de discussões para repactuar
acordos. Carlinhos, que recentemente se transferiu para o São Paulo,
chegou a conversar com o Flamengo. Mas recebeu proposta rubro-negra bem
inferior aquilo que meses atrás o lateral-esquerdo parecia disposto a
pedir para seguir no Fluminense.
Wagner é outro que despertou
interesse do rival da Gávea. Mas a pedida ainda foi alta e não houve
avanço num primeiro momento. O técnico Vanderlei Luxemburgo, que com o
meia trabalhou em 2013, não parece muito animado com o nome do camisa
10, mas isso não significa que o Flamengo tenha desistido de vez.
Vender
um jogador como Cícero e o próprio Wágner (talvez ambos) é a saída
prioritária e natural para ajustar minimamente as finanças tricolores e
da ex-parceira no que envolve tantos atletas ainda com contrato em
vigor. Mas é muito provável que jogadores tenham de se adequar a uma
nova realidade.
No Fluminenese, há esperança na obtenção de novas
marcas para exibir no fardamento dos jogadores com base no retorno que a
Unimed obteve nesses 15 anos. Contudo, o mercado não anda bom e clubes
como São Paulo e Palmeiras encerraram a temporada sem patrocínio master.
A bolha estourou e uma nova história começa.
Flu esclarece rompimento com Unimed e rechaça saída de Conca
Fonte: Terra 05/01/2015
Apesar de rompida a parceira entre Fluminense e Unimed, a relação entre
o clube e sua ex-patrocinadora ainda continua conturbada. O clima se
tornou mais tenso nos últimos dias, com as especulações sobre a saída do
argentino Darío Conca, apoiada pela antiga parceira tricolor.
Por isso, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, fez questão de
esclarecer, por meio de nota oficial publicada no site do clube, como
aconteceu o rompimento com a Unimed. Além disso, o mandatário rechaçou a
saída do meia Conca, que ainda tem contrato por mais dois anos.
Confira, na íntegra, a nota oficial do Fluminense:
O Fluminense Football Club esclarece que a partir do momento em que
foi comunicado pela Unimed sobre as dificuldades em seguir com o
patrocínio, trabalhou para que uma eventual diminuição ou término da
parceria se desse de maneira organizada e saudável para ambas as partes.
Neste sentido, prolongou o vencimento do prazo para rescisão sem
penalidades por mais 15 dias e, em comum acordo com a Unimed, encaminhou
a mudança do patrocínio para a manga em 2015. Entretanto, no dia 10 de
dezembro, a empresa informou ao clube que faria a rescisão unilateral do
contrato e que não aceitaria a sugestão de estampar a logomarca na
manga. O Fluminense reitera que, diante da situação enfrentada, o melhor
caminho seria a mudança do patrocínio para a manga.
Quanto aos boatos sobre a suposta saída do atleta Darío Conca, o
Fluminense reafirma entrevista recente do vice-presidente de futebol
Mário Bittencourt, na qual o dirigente disse que o jogador ainda tem
dois anos de contrato com o clube e faz parte dos planos para a
temporada de 2015.
Gazeta Esportiva
Ciúme, inveja e vaidade: os bastidores do rompimento entre Unimed e Fluminense
Almoço 'armado' em churrascaria, corte de prêmio como retaliação e as estratégias de Peter para tirar o poder de Celso
Fonte: O Globo 09/01/2015
RIO - As velhas rixas entre Unimed e Fluminense se renovam em 2015. Mais
do que dinheiro e títulos, o que faltou na relação entre Celso Barros e
Peter Siemsen foi carinho. De ambas as partes. Ao comentarem os
bastidores do rompimento da parceria de 15 anos, em dezembro de 2014,
pessoas ligadas tanto ao grupo da patrocinadora quanto ao do clube
apontam a vaidade, o ciúme e a inveja como os pecados que afastaram os
tricolores de coração.
Sem grandes oponentes políticos nas Laranjeiras, o
presidente Peter Siemsen teve dentro de seu próprio gabinete o pior
obstáculo ao convívio harmonioso com a ex-patrocinadora. Partidários da
manutenção da parceria esbarraram sempre na insistência do rompimento,
motivada pelo grupo político que ajudou a eleger e a reeleger Siemsen.
Barros ainda não tinha decidido pela saída quando soube que, em
paralelo, já havia a articulação e um princípio de negociação com o novo
patrocinador master, a Viton 44. Foi o estopim.
- Quero ver, sem a Unimed, se os resultados vitoriosos dos
últimos anos terão continuidade - disse Barros, ao recusar a proposta de
Peter de transferir a marca da cooperativa do peito e das costas,
partes nobres da camisa, para as mangas.
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DIVIDIR PARA GOVERNAR
Peter Siemsen, presidente do Fluminense - Divulgação Fluminense FC
Antes
mesmo de dezembro chegar, o Fluminense jogava em campo a sorte da vaga
na Libertadores. Para mostrar força durante temporadas passadas, Barros
prometia sempre o dobro, e até o triplo, do prêmio individual oferecido
pelo Fluminense aos jogadores por objetivos alcançados. Dividir para
governar era a estratégia, minada no ano passado pela falta de dinheiro
que enfraqueceu o poder da Unimed dentro do grupo.
- Quando fomos campeões em 2012 (Brasileiro e Carioca), Celso
procurava saber quanto o Fluminense pagava por jogo. Se fosse R$ 2 mil,
ele dava R$ 5 mil por jogador. A confiança era tanta, e o dinheiro
também, que a Unimed chegou, em certo momento, a depositar na
sexta-feira, antes da rodada - disse um ex-integrante da comissão
técnica que pediu para não ser identificado.
Considerado um estranho no ninho do futebol das Laranjeiras em seu
primeiro mandato, em 2011, Peter obteve apoio de Barros, mas era
protocolar. O presidente da Unimed sempre teve ótimo relacionamento com o
antecessor na presidência tricolor, Roberto Horcades. Eram amigos e a
relação viveu, durante os dois mandatos, momentos de paz e uma conquista
inédita, a Copa do Brasil, quando Celso entrou no vestiário campeão e
anunciou que pagaria um prêmio maior do que o prometido
Celso e Horcades almoçavam, jantavam e conversavam ao telefone constantemente. Com Peter, a relação era um tanto indigesta.
- Ele veio? Não acredito. Quem chamou? - disse Celso aos comensais
durante um almoço em uma churrascaria, momentos antes de Peter sentar à
mesa.
CALENDÁRIO ESPORTIVO:
O
almoço era uma armação. Cada um foi convidado por um amigo em comum,
sem que o outro soubesse. Foi uma última tentativa de reunir o que já
estava a caminho da ruína.
- Celso é um cara vaidoso. Queria conversar, participar... Gosta que,
a toda hora, digam para ele como o patrocínio era maravilhoso, o melhor
do Brasil. Coisa que o Peter não sabia, e não gostava, de fazer - disse
um ex-treinador do Fluminense.
Já para Renato Gaúcho, que disse diversas vezes, em inúmeras
entrevistas, que não ouvir o patrocinador era um pecado, Celso era como
um pai. Quando o Fluminense perdeu a Libertadores no Maracanã, em 2008,
para a LDU, Renato deixou o estádio no carro do presidente da Unimed.
Momentos antes, o técnico, campeão da Copa do Brasil com o time um ano
antes, chorava copiosamente no vestiário, com uma toalha sobre o rosto
para esconder as lágrimas.
Celso gostava de proteger os jogadores. E, ainda mais, os treinadores
de sua preferência. Peter detestava saber que os técnicos davam mais
atenção a Barros e essa mágoa começou a transformar a comissão técnica
em 2014. Ao decidir contratar Cristóvão Borges, Peter precisou abrir o
cofre e, pela primeira vez em anos, o pagamento da comissão técnica não
teve a participação da Unimed.
VOLTA PROGRAMADA
Celso havia participado da
contratação dos antecessores Abel Braga, Renato Gaúcho, Vanderlei
Luxemburgo e Dorival Júnior... Sequer se reuniu com Cristóvão. Na
primeira semana de trabalho, Celso esperou a reunião, um aceno do
Fluminense e do treinador. Que não houve.... Mas a retaliação aconteceu.
A Unimed cancelou a premiação pelo avanço do time à segunda fase da
Copa do Brasil.
- O Fluminense contratou um treinador novo, e poderá pagar também a premiação - disse Barros, à época.
Fora da camisa, mas dentro da política do clube. Celso tenta ganhar
tempo e recuperar espaço até a próxima eleição. Ele diz que,
oficialmente, estará fora, mas articula o apoio ao candidato de oposição
ao grupo de Peter. Seja quem for. Até lá, ainda mantém a sua influência
pelo que resta de poder econômico ao fazer pressão pela saída dos
jogadores. É o preço do divórcio, pago pelo Fluminense por um casamento
que acabou mal.
- Atualizado em
Fluminense rebate Celso Barros e diz que tentou expor a marca da Unimed
Após polêmica envolvendo Conca, clube diz em nota oficial que, diante das obrigações da empresa com alguns jogadores, ofereceu a manga da camisa
O interesse de São Paulo, Corinthians e, mais recentemente, do Flamengo em Conca
reacendeu a conturbada relação entre o Fluminense e a Unimed. Em
entrevista à Rádio Tupi, na noite de domingo, o presidente do
ex-patrocinador e parceiro do clube carioca, Celso Barros, mostrou toda a
sua insatisfação com a situação entre as partes .
Ele continua pagando parte dos salários (na forma de direitos de
imagem) a vários jogadores, mas sem exposição da marca na camisa
tricolor. Portanto, a negociação dos atletas é vista como a solução
ideal – diante do imbróglio, o arquirrival rubro-negro disse que não há negociação pelo meia argentino .
Tudo isto fez o presidente tricolor Peter Siemsen se manifestar, em
forma de nota oficial, nesta segunda-feira, rebatendo o antigo aliado e
garantindo que tentou encontrar uma solução ao caso.
Em nota publicada no site oficial, o Fluminese procurou "esclarecer o
rompimento com antiga patrocinadora do clube", afirmando que buscou
uma maneira de compensar a Unimed, oferecendo a manga da camisa para
exposição da marca, mas teve a proposta recusada. O Tricolor também
reafirmou que não abre mão de Conca. Confira a íntegra do comunicado: "O
Fluminense Football Club esclarece que a partir do momento em que foi
comunicado pela Unimed sobre as dificuldades em seguir com o patrocínio,
trabalhou para que uma eventual diminuição ou término da parceria se
desse de maneira organizada e saudável para ambas as partes. Neste
sentido, prolongou o vencimento do prazo para rescisão sem penalidades
por mais 15 dias e, em comum acordo com a Unimed, encaminhou a mudança
do patrocínio para a manga em 2015. Entretanto, no
dia 10 de dezembro, a empresa informou ao clube que faria a rescisão
unilateral do contrato e que não aceitaria a sugestão de estampar a
logomarca na manga. O Fluminense reitera que, diante da situação
enfrentada, o melhor caminho seria a mudança do patrocínio para a manga.
Quanto
aos boatos sobre a suposta saída do atleta Darío Conca, o Fluminense
reafirma entrevista recente do vice-presidente de futebol Mário
Bittencourt, na qual o dirigente disse que o jogador ainda tem dois anos
de contrato com o clube e faz parte dos planos para a temporada de
2015."
Apesar de dar o vínculo como encerrado, a Unimed ainda tem contratos a
cumprir com Fred, Conca, Henrique, Walter, Jean e Wagner – Rafael Sobis
fazia parte da lista, mas rescindiu contrato no fim de Dezembro,
antes de acertar com o Tigres, do México. Os seis jogadores recebem
direitos de imagem da cooperativa. São valores que representam de 50% a
80% de seus vencimentos. Cícero passaria a receber a partir de janeiro
de 2015.
- Quem paga a maior remuneração do Conca é a Unimed
(R$ 500 mil dos R$ 750 mil mensais). É muito fácil dizer que não o
liberam pagando o que eles pagam. Então é fácil esse discurso. Pelo
Fluminense, eles ficariam com o Conca por 15 anos. Vamos ver se eles
gostariam de sentar na mesa para discutir essa questão. (...) Sobraram
atletas que temos direitos econômicos. Temos interesse em resolver,
porque hoje não temos mais nenhuma exposição de imagem na camisa do
Fluminense. (...) É evidente que não temos interesse de pagar jogadores
que não nos dão exposição na camisa - disse Celso Barros.
Fluminense acerta patrocínio com a Guaraviton
Clube deve receber R$ 14 milhões nos próximos 12 meses
Fonte: O Globo 10/12/2014
RIO - Mais do que dar explicações sobre o fim da parceria de 15 anos
com a Unimed, o presidente Peter Siemsen irá usar a sua entrevista
coletiva, marcada para 11h desta quinta-feira, nas Laranjeiras, para dar
detalhes sobre o novo modelo de patrocínio.
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Ao
longo dos próximos 12 meses, o clube deverá receber R$ 14 milhões da
Viton 44. O dinheiro será investido no departamento de futebol, e o
clube ficará responsável pelas contratações e renovações de contrato, ao
contrário do que acontecia com a Unimed, que fazia as contratações.
O acordo poderá ser renovado em dezembro de 2015 por mais um ano, com
a exibição da marca Guaraviton no peito e nas costas. A quantia de R$
14 milhões, mais os R$ 17 milhões pagos pela fornecedora de material
esportivo, a Adidas, chegam ao que a Unimed planejava investir no clube
em 2015: cerca de R$ 30 milhões.
A quantia poderá aumentar com a entrada de um novo patrocinador para
ocupar os espaços das mangas da camisa, o que não era permitido devido
ao contrato de exclusividade com a cooperativa de médicos.
Antes de a Viton 44 acenar com o patrocínio ao Fluminense, o clube
foi procurado pelo Caixa Econômica Federal, interessada em um acordo nos
moldes dos demais clubes patrocinados pelo banco. Além da cláusula de
exclusividade, os problemas fiscais e econômicos do clube impediram o
avanço das conversas. O clube, no entanto, continuou a trabalhar para
sanear as contas enquanto a Unimed investia exclusivamente no futebol.
Foram três anos pagando impostos até reduzir 20% da dívida de R$ 400
milhões. O déficit anual foi reduzido de R$ 40 milhões para R$ 3 milhões
e a previsão de receita para 2015 é de R$ 200 milhões (bilheteria,
cotas de TV, licenciamento de produtos e venda de camisas).
— A saída da Unimed não representa um risco tão grande porque o clube
fez o seu dever de casa. Perde um belo patrocínio? Perde. Mas ninguém
interfere mais no futebol e o Fluminense abre uma janela de
possibilidades de crescimento — afirmou Jackson Vasconcelos,
ex-superintendente do clube, que saiu para abrir uma empresa de
consultoria.
CELSO BARROS PRESSIONA FLU PELA SAÍDA DE CONCA E OUTROS
Fonte: O Globo 05/01/2015
A ideia, ótima para o clube, de que o Fluminense seguiria com os medalhões pagos pela Unimed mesmo após o fim da parceria de 15 anos não durou mais que um mês. O
interesse do Corinthians e a proposta do Flamengo por Conca abriram a
crise entre a diretoria tricolor e o presidente da cooperativa, Celso
Barros, e expuseram o novo conflito entre as partes: de um lado, o
desejo de manter os astros, do outro, a pressão para vendê-los.
O
argentino é, dos jogadores com contrato de imagem com a Unimed, o que
tem mais mercado. O interesse externo fez com que a empresa vislumbrasse
a possibilidade de se livrar do alto encargo que terá caso precise
cumprir o contrato com o jogador até o fim, em janeiro de 2017. São R$
500 mil por mês, um valor total de R$ 13,5 milhões para explorar a
imagem do jogador, sem que tenha mais qualquer exposição de marca no
uniforme tricolor ou nas instalações do clube das Laranjeiras.
O
prejuízo com o gringo não seria o único. Fred, Jean, Wagner, Walter e
Cícero ainda possuem contrato com a Unimed. No caso de Fred, por
exemplo, o gasto que a empresa terá até o fim do compromisso, em
dezembro, será de R$ 7,2 milhões.
Celso Barros segue garantindo
que honrará os contratos, mas já deixa claro que seu interesse é se
livrar dos gastos com os atletas. Para isso, depende que o Fluminense,
dono dos direitos federativos, aceite negociá-los.
— A diretoria
tem adotado o discurso de que há vida sem a Unimed, mas é fácil fazer
isso com os jogadores pagos pela empresa e trazendo outros oito
reforços. O que não acho justo é pagarmos pela imagem dos jogadores se
não temos mais a imagem deles — defendeu Celso Barros.
A pressão
tem sido grande, com a ameaça, inclusive, de ida à Justiça para
requisitar o direito de expor a marca no clube como forma de recompensa
pelo pagamento dos direitos de imagem dos jogadores que estão no
Tricolor
A diretoria do Fluminense, por enquanto, está
irredutível. O discurso oficial é de que não há jogador inegociável, mas
internamente não há a menor intenção de vender um jogador para
minimizar o prejuízo do ex-parceiro. Ainda mais se tratando de um ídolo
para o maior rival, como seria o caso da ída de Conca para o Flamengo.
Flu aceita proposta e encaminha saída de Conca para China; Fred fica
Rodrigo Paradella Do UOL, no Rio de Janeiro 22/01/2015
O Fluminense aceitou a proposta do clube chinês Shangai Dongya e
encaminhou a saída de Conca para atuar no futebol asiático pela segunda
oportunidade. O jogador já havia defendido o Guangzhou Evergrande entre
2011 e 2013. O argentino vai receber R$ 56 milhões por dois anos de
contrato com a equipe.
Conca ainda não assinou a rescisão de seu
contrato com o Fluminense, mas a tendência é que isso aconteça sem
maiores problemas, uma vez que o 'ok' do Tricolor era o último obstáculo
para a transação. A ex-parceira Unimed Rio já havia autorizado a
transferência.
A participação de Conca no treinamento desta
quinta-feira, inclusive, estava indefinida até os últimos instantes. O
jogador chegou às Laranjeiras em cima da hora no treinamento marcado
para as 16h30. Assim como os outros atletas, ele costuma se apresentar
cerca de meia hora antes das atividades, o que não aconteceu desta vez. O
meia foi um dos últimos a entrar em campo para o trabalho.
Já
Fred, outro alvo dos milhões chineses, recusou a proposta recebida na
última quarta-feira. O camisa 9 decidiu continuar no Fluminense ao
rejeitar a transferência para a China – o time interessado não foi
revelado. O representante do jogador, Francis Melo, jantará com o vice
presidente de futebol tricolor, Mário Bittencourt, nesta quinta-feira,
nos Estados Unidos, mas já comunicou a decisão do atacante à diretoria
do clube.
Esta não foi a primeira vez que os chineses procuram o
Fluminense por Fred. O Fluminense recebeu a oferta de forma oficial e
pouco teve a fazer diante dos valores envolvidos. A opção de Fred, no
entanto, foi continuar nas Laranjeiras. Ele tem contrato com o Tricolor
até o final desta temporada.
A resposta negativa à aproximação
do futebol asiático abre as portas para a diretoria do Fluminense
reagir. O clube prepara uma oferta de renovação de contrato por quatro
anos com o atacante.
O acordo, no entanto, pode ser dificultado
pelas condições financeiras do clube, que já está com dois meses de
salários atrasados (dezembro e 13º).
Aos 31 anos, Fred é o
principal jogador do elenco do Fluminense, tendo participado das
conquistas dos Campeonatos Brasileiros de 2010 e 2012. O camisa 9 também
foi o artilheiro da última edição da competição nacional, e campeão
carioca em 2012.
Nesta quinta-feira, o meia-atacante Dário Conca concedeu entrevista
ao site UOL Esporte e comentou sobre seu momento no futebol chinês.
Atualmente, o meia-atacante está no Shanghai Dongya e explicou sobre sua
vontade de retornar ao Brasil, mesmo sem propostas no momento.
“Não tem chance (de voltar), tenho contrato por mais um ano e quatro
meses aqui e eu também não penso em voltar, quero cumprir meu contrato.
Agora, se o Shangai quiser me liberar, não quiser que eu fique, aí tudo
bem, eu gostaria de voltar pro Brasil. Mas por enquanto eu tenho
contrato aqui e vou cumprir”, reiterou.
Conca também explica sobre sua saída do Fluminense, que aconteceu no
fim de 2013 e esclarece o motivo que fez sair das Laranjeiras durante a
sua segunda passagem pelo clube. O argentino também deixa claro, que os
problemas internos que estava acontecendo no clube esta difícil que
continuasse no clube.
“Aconteceram algumas coisas que eu não consegui entender no
Fluminense, os problemas com a Unimed. Foram muitas mudanças, e então
surgiu uma proposta que para mim e para o clube era boa, então eu decidi
voltar pra China. Não foi nada de especial, foi uma oportunidade boa
para o clube e com o que estava acontecendo no Fluminense era difícil
para que eu continuasse”, explicou Conca,
UNIMED ABANDONOU O FLU PORQUE ESTÁ EM CRISE E CELSO BARROS PERDEU FORÇA NA COOPERATIVA Fonte: Portal da Band Marcondes Brito
Uma parceria que parecia perfeita entre a Unimed Rio e o Fluminense
chegou ao fim, depois de 15 anos. O presidente Celso Barros, uma espécie
de mecenas do Tricolor nos últimos tempos, tratou de explicar que “a
decisão é fruto de uma revisão da estratégia de marketing da empresa”.
O presidente do Fluminense Peter Siemsen não perdeu tempo e fechou com o grupo Viton 44 até o fim de 2015.
A Unimed, que chegou ao clube quando o Fluminense estava na terceira
divisão, foi muito mais do que uma mera patrocinadora. Bancou a
contratação, entre outros, de Romário, Edmundo, Roger, Fred, Deco e
Conca. Em diversos casos, a Unimed era responsável pelo pagamento de
quase a totalidade dos direitos de imagem dos jogadores.
Acontece que, do ponto de vista de marketing, o Fluminense acabou não
dando o retorno que a Unimed esperava. Médicos cooperados da Unimed
enxergam uma certa negligência de Celso Barros na cooperativa. Ele teria
priorizado o seu lado cartola – com participação nos direitos
federativos de alguns jogadores do clube carioca – esquecendo de focar o
negócio “plano de saúde”.
Enquanto isso, a Unimed convive com dificuldades financeiras em suas
operações, sobretudo depois que construiu o seu próprio hospital no Rio
de Janeiro. Os problema se avolumaram desde então.
“Celso Barros errou a mão”- confidenciou ao blog um médico cooperado do
Rio de Janeiro, que pediu para não ser identificado. “Para você ter uma
idéia, além do Fluminense, a Unimed chegou a pagar patrocínios até para
boates cariocas”- complementou.
Então está perfeitamente explicado o fim do casamento Unimed-Flu.Com novo uniforme, o Flu que provar que existe vida depois da Unimed
AS CRÍTICAS DE CELSO BARROS 26/01/2015 - 11h36 O Povo on line
Celso Barros reclama de falta de diálogo e ironiza viagem de dirigente do Flu
Celso Barros, presidente da Unimed, antiga parceira do Fluminense,
voltou a criticar a diretoria do clube tricolor. Após o rompimento do
contrato de patrocínio, que durou 15 anos, o empresário reclama de fala
de diálogo com os dirigentes tricolores.
- Ninguém me liga para
dizer nada. Quem manda no futebol do Fluminense está na Flórida. Que
beleza… - disse Celso, em entrevista ao jornal Extra, nesta
segunda-feira.
Celso Barros fez a ironia em referência a viagem do
vice-presidente Mário Bittencourt, que no início de Janeiro esteve nos
Estados Unidos com o time, que realizou parte da pré-temporada naquele
país. No entanto, o dirigente permaneceu na América do Norte após o
retorno do elenco, o que gerou a critica do antigo parceiro.
Mesmo
com o fim do contrato de patrocínio, a Unimed ainda tem alguns
jogadores no Fluminense. Celso deseja negociá-los, pois a empresa tem de
pagar parte dos salários dos atletas. Apesar de alguns rumores
envolvendo os nomes que pertencem a empresa, apenas Conca foi negociado
até o momento.
- Para mim, só chegou proposta concreta pelo Conca . Desconheço todas as outras que têm sido veiculadas por aí.
Além
de Conca, vendido ao do Shanghai Dongya, da China, a Unimed tem
contrato com os jogadores Fred, Jean, Walter, Wagner e Cícero. Em
dificuldades financeiras, a Unimed não tem conseguido honrar seus
compromissos com os contratados e tem atrasado os salários dos atletas.
Advogado
do Flu interpreta Fla como beneficiado no caso da Lusa
Fonte: FluNews 17/12/2013 Após o julgamento na final da tarde da última segunda-feira, que
tirou quatro pontos de Flamengo e Portuguesa por escalarem,
irregularmente, jogadores na última rodada do Brasileirão 2013, os
torcedores do Fluminense comemoram. Como o tricolor terminou o
campeonato com 46 pontos, enquanto Lusa passou a ter 44 e o Fla 45,
escapou do rebaixamento. Mas para Mário Bittencourt, advogado do Flu, na
verdade o beneficiado do caso foi o Rubro Negro
– Nós estamos falando só da Portuguesa, mas tivemos ontem um caso
também do Flamengo. E está se analisando a questão só pela ideia de que o
Fluminense está sendo beneficiado. Eu acho que estão esquecendo que o
regulamento foi cumprido e que se a Portuguesa não estivesse escalado
esse jogador de forma irregular, quem poderia estar caindo agora era o
Flamengo – afirmou.
Bittencourt também questionou um dos argumentos utilizados tanto por
Flamengo como por Portuguesa. Como o julgamento das suspensões aos
jogadores Héverton e André Santos ocorreu na sexta-feira, e as partidas
da última rodada foram no final de semana imediatamente posterior, os
dois clubes alegaram falta de tempo para que se fosse feita a
comunicação. O advogado do Fluminense lembrou o exemplo do meia Felipe,
que, suspenso, não participou do FlaxFlu e o tricolor perdeu a partida.
– Eu tive um caso idêntico este ano. O Felipe pegou uma suspenção na
sexta-feira. Estava denunciado no mesmo artigo do atleta Héverton, da
Portuguesa, o 243 F, que prevê uma pena mínima de quatro jogos. Assim
como na defesa da Portuguesa, eu consegui desclassificar para o artigo
258. O Felipe pegou duas partidas e ficou fora do FlaxFlu. Eu tentei um
efeito suspensivo na própria sexta-feira. O relator, que faz parte do
Pleno, doutor José Arruda, me negou esse efeito suspensivo. Já na
sexta-feira à noite, ele enviou o despacho por e-mail para a secretaria
do tribunal, que é uma praxe. Depois se envia ao advogado, porque a
celeridade das competições desportivas requer isso. E eu fiquei sem o
Felipe no FlaxFlu e nós perdemos.
Portuguesa é punida e rebaixada, e Flu fica na Série A, mas cabe recurso
Tribunal
condena Lusa por erro na escalação de Héverton contra o Grêmio, na
última rodada do Brasileiro. Flamengo será julgado pelo caso de André
Santos em seguida
Por Richard Souza e Vicente SedaRio de Janeiro 16/12/2013
A Portuguesa perdeu por unanimidade a primeira batalha nos tribunais
e, em decisão em primeira instância, foi condenada com a perda de quatro
pontos (além de multa de R$ 1 mil) por escalação irregular do meia
Héverton na última rodada do Brasileiro, contra o Grêmio. Com o
resultado, a Lusa caiu da 12ª para a 17ª posição e está rebaixada à
Série B, com 44 pontos. O Fluminense, com 46 pontos, sai da zona de
rebaixamento e se mantém na elite (veja vídeo com a decisão).
A diretoria do clube paulista já confirmou que entrará com recurso no
Pleno do STJD, que deve ser julgado até o dia 27 de dezembro.
O presidente da Portuguesa, Manuel da Lupa, não escondeu sua revolta com o resultado do julgamento e falou em favorecimento:
- Se
fosse o contrário, o resultado não seria esse. Tanto é que em 2010 não
tiraram o título do Fluminense porque era imoral. E a Portuguesa cair
não é imoral, o problema é esse. Nós vamos entrar com o recurso no
Pleno, vamos ver como fica, e depois vamos tomar as medidas que
pudermos. Vamos lutar até onde der. Podemos ir à Fifa, ir à Justiça
comum. A Portuguesa não vai cair por uma votação desse tipo. A gente
aceita, mas não concorda. A gente acata a decisão, mas vai rediscutir.
Se for mantido, vamos até o final. Não é melhor manter o resultado do
campo? Não é um absurdo mudar o resultado que nós lutamos tanto para
conseguir, e o Fluminense, que é um grande clube, não teve capacidade? E
agora tem que inverter? É um absurdo. Depois falamos que é tapetão, e o
pessoal fica zangado.
Indignado, o dirigente fez uma acusação forte em entrevista ao SporTV:
-
Quando eu entrei aqui, me disseram que o resultado já estava decidido.
Não vou dizer quem foi, mas a pessoa me disse que seria por 4 votos a 1
ou 5 a 0.
Durante todo o julgamento, mesmo com o escritório do
STJD sendo localizado no 15º andar de um prédio comercial no Centro do
Rio, era possível ouvir os gritos e cantos de torcedores - tanto do
Fluminense quanto da Portuguesa, que chegaram em dois ônibus.
O
Flamengo será julgado em seguida por escalação irregular do
lateral-esquerdo André Santos contra o Cruzeiro. Mas, com a perda de
pontos do time paulista, o Rubro-Negro não corre risco de ser rebaixado,
pois caso seja punido cairá a 45 pontos. Flamengo e Fluminense se
colocaram como partes interessadas no processo para poderem fazer
sustentações de suas partes durante o processo.
Héverton foi
suspenso em julgamento na sexta-feira, dia 6/12, e escalado no fim de
semana (entrou aos 32 minutos do segundo tempo contra o Grêmio), o que
acarretou uma notícia de infração feita pela Confederação Brasileira de
Futebol (CBF) ao tribunal. A Lusa foi denunciada no artigo 214 (Incluir
na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta
em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente)
do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), com previsão de perda
de três pontos, mais o que foi conquistado na partida em questão, no
caso, um ponto, somando quatro pontos.
A Portuguesa alegou que não teve intenção em cometer a
irregularidade, pois não tinha mais ambições no Brasileiro quando
enfrentou o Grêmio, além do fato de o jogador ter atuado por poucos
minutos. Em seu voto, o relator Felipe
Bevilacqua de Souza chamou a atenção para a necessidade de cumprimento
das leis independente do impacto na tabela da competição e diante da
opinião pública para pedir a condenação da equipe paulista. O voto foi
acompanhado por todos os integrantes da 1ª Comissão Disciplinar,
presidida por Paulo Valed Perry.
A defesa da Portuguesa foi feita pelo advogado João Zanforlin, que
normalmente representa o Corinthians. Além do relator Felipe Bevilacqua
de Souza, do Rio de Janeiro, os auditores que participaram da votação no
julgamento foram Vinicius Augusto Sá Vieira (SP), Luiz Felipe Bulus e
Douglas Blackhman (RJ - auditor suplente). O auditor Washington
Rodrigues de Oliveira (SP) foi declarado impedido de participar do
julgamento, nos termos do artigo 18 do Código Brasileiro de Justiça
Desportiva (CBJD), por ter se manifestado publicamente - em rede social -
sobre o objeto da causa, e foi substituído pelo suplente Blackhman.
Como foi o julgamento
Em
sua defesa, a Portuguesa se focou na ausência de intenção em cometer a
irregularidade - citando que a partida contra o Grêmio pouco valia para
as duas equipes e que o jogador entrou em campo aos 32 minutos do
segundo tempo - e e na necessidade de manutenção do resultado obtido em
campo. Alegou que a lei precisaria ser interpretada e que o rebaixamento
seria uma pena muito pesada para a representatividade da transgressão.
- A quatro meses da Copa do Mundo, o resultado do campo de jogo pode ser
modificado. E, se há uma coisa que me revolta, são os "hermanos" fazendo
gracinha: "Será que, se ganharmos, pode ter alguma coisa fora do
campo e perdermos o título?" - comparou o advogado João Zanforlim. O diretor jurídico da Lusa, Valdir Rocha, alegou em depoimento que o
clube não conseguiu contato após o julgamento com o seu advogado,
Osvaldo Sestário, e que em casos assim isso significa que o jogador
pegou apenas uma partida de suspensão, já cumprida com a automática. E
que, em consulta ao site do STJD, não constava o nome do atleta como
punido até a manhã de domingo, o que segundo o diretor jurídico só foi
modificado na quarta-feira. Segundo o presidente Manuel da Lupa,
Sestário teria dito que assumiria a responsabilidade pelo resultado. A
procuradoria rebateu, dizendo que houve falha entre o advogado e o
clube, que deveria ser o interessado em tomar conhecimento do
resultado.
Como parte interessada, o Flamengo, representado pelo
advogado Michel Asseff Filho, se pronunciou para questionar o prazo de
aplicação da pena, que atualmente prevê que o jogador esteja punido no
dia imediatamente posterior ao julgamento. De acordo com ele, deveria
ser no dia seguinte de funcionamento do Tribunal, pois não há tempo
hábil para recurso. Ainda assim, reconheceu que a lei atual prevê a
suspensão imediata do atleta.
O Fluminense, também parte
interessada, bateu na tecla da necessidade de cumprimento das leis, do
regulamento estabelecido antes de a competição começar. Destacou que o
aspecto técnico precisa se sobrepor ao lado emocional, e que o
acompanhamento da situação dos atletas é de responsabilidade dos clubes,
tentando esvaziar a defesa da Portuguesa.
- O cumprimento do regulamento faz parte da moralidade. Esqueceram isso.
Depois de toda essa eclosão, o Fluminense não participou de nada disso.
Se o Fluminense estivesse no lugar da Portuguesa, o clamor seria para
cumprir (o regulamento) e rebaixar o Fluminense. Hoje eu li uma tese de transformar o
campeonato de pontos corridos em campeonato de conta corrente, de jogar a
perda de pontos para o ano que vem. Que argumento absurdo, raso - defendeu o advogado Mário Bittencourt.O relator Felipe Bevilacqua fez um discurso no qual passou os primeiros
minutos se dedicando a atacar a maneira como o tema vem sendo abordado
pela imprensa e em seguida contestou os argumentos levantados pela
defesa.
- A Justiça desportiva tem de prezar pela efetividade da
pena. Imagina um atleta que tem uma final de campeonato no fim de
semana. Agride um outro jogador num jogo na quarta, é julgado na sexta e
joga a final de campeonato. Só pode ser punido na segunda-feira? Isso é
moralidade? O julgamento aqui tem de ser técnico. Não existe dolo,
culpa, resultado. É objetivo - disse.
Flu e Unimed estão por trás do caso Héverton, diz ex-presidente da Lusa
Ao
"Diário de S. Paulo", Ilídio Lico diz que clube carioca e sua então
patrocinadora estariam envolvidos na escalação irregular do meia. Flu
nega e ameaça processar
lídio Lico renunciou à presidência da Portuguesa no dia 20
de março. Durante todo esse tempo, permaneceu calado. Mas agora, em entrevista
ao "Diário de São Paulo", decidiu falar grosso. O ex-dirigente fez graves acusações
sobre a escalação do meia Héverton, na última rodada
do Brasileirão, que culminou no rebaixamento da Lusa à Série B.
Lico afirmou, ainda que não tenha provas concretas, que a
Unimed, então patrocinadora do Fluminense, esteve por trás do esquema da
escalação de Héverton contra o Grêmio, na última rodada do Brasileiro. E disse
que o clube carioca também estava envolvido.
Horas depois da publicação, porém, Ilídio Lico voltou atrásA Portuguesa havia terminado a edição do Brasileirão de 2013
na 12ª posição. Mas, com a perda de quatro pontos pela escalação irregular de
Heverton , a Lusa caiu para a 17ª posição, com 44 pontos. Assim, o Fluminense
(46 pontos) saiu da zona de rebaixamento e permaneceu na Série A. O Flamengo
também perdeu quatro pontos por escalar irregularmente André Santos, mas seguiu
na elite do futebol - ficou uma posição à frente da Lusa.
– Com toda certeza, isso foi premeditado. Um senador falou
que a Unimed pagou um dinheiro muito grosso. Mas sabe como é a Justiça no
Brasil. E ninguém dá recibo. De qualquer forma, tenho esperança de que um dia
isso vai dar uma alguma coisa – afirmou o ex-presidente.
Claro que o interessado é o Fluminense, naturalmente.
Agora, te afirmar quem é que está interessado? O Fluminense que está
interessado. É óbvio, né?
Ilídio Lico, ex-presidente da Portuguesa
Lico diz não poder falar o nome do senador. E afirma não ter
conversado com Roberto Senise, promotor que investiga o caso pelo Ministério
Público. Mas, segundo o ex-presidente da Lusa, o político garante que a Unimed
pagou pela escalação de Héverton.
– Segundo o (senador)... a Unimed que pagou. Pagamento em
grandes quantias, né? E claro que o interessado é o Fluminense, naturalmente.
Agora, te afirmar quem é que está interessado? O Fluminense que está
interessado. É óbvio, né? – alegou.
O ex-presidente, porém, poupa Héverton do esquema. Segundo
Lico, o jogador não tinha conhecimento de que estaria envolvido em um jogo de
interesses.
– Não acredito muito nisso, não. Não estou muito preciso
para cima do Héverton e do treinador (Guto Ferreira). O jogador, não. Colocaram
no banco, ele é profissional e entrou. Vejo por aí – afirmou Lico.
Lico, no entanto, não poupa Manuel da Lupa, então presidente da
Lusa.
– Ele é o presidente, né? Pelo menos tem de saber o que está
acontecendo com o clube – disse.
Apesar das acusações, o ex-presidente e o senador não teriam provas concretas do esquema.
– Ele não tem provas. Mas a sujeira da Fifa está vindo à
tona. A Portuguesa não está mais aguentando essa situação – disse.
Todos os lados acusados por Lico, segundo a reportagem, negam o envolvimento. O presidente
da Unimed, Celso Barros, afirmou que vai processar o
ex-dirigente pelas acusações.
– Isso é um total absurdo. Depois de tanto tempo, ele vem
querer justificar o fracasso da Portuguesa por outros motivos. Eu nunca tive
contato com o Héverton nem com nenhum dos dirigentes da Portuguesa na época. E
tem outra: ele (Ilídio) não tem prova. Eu repudio com veemência essa acusação,
e, se ele insistir com isso, vou processá-lo por injúria, calúnia e difamação.
Eu nunca ouvi qualquer comentário desse tipo, de que a Unimed poderia estar por
trás. E nem sei quem é esse senhor. A Unimed não tem nada a ver com isso – garantiu Celso Barros.
Advogado do Fluminense no processo e agora vice-presidente
de futebol do Tricolor, Mário Bittencourt afirma que o clube tricolor vai
processar Lico.
– Uma vergonha que eles ainda continuem falando sobre isso.
Um presidente expulso por improbidade e outro que renunciou por incompetência – afirmou o dirigente.
MP indica que ex-dirigentes da Lusa receberam dinheiro no caso Héverton
Investigação
aponta que funcionários e dirigentes sabiam que meia estava suspenso e o
escalaram de forma premeditada; órgão agora tenta descobrir quem
pagou...
Por André Hernan e Martín FernandezSão Paulo 11/11/2014
Integrantes da ex-diretoria da Portuguesa receberam dinheiro para que
o jogador Héverton fosse escalado na última rodada do Campeonato
Brasileiro do ano passado, apontam tanto uma apuração do Ministério
Público de São Paulo quanto uma investigação interna da própria Lusa.
Segundo
as duas linhas de apuração, o então presidente Manuel da Lupa e alguns
de seus colaboradores mais próximos foram beneficiados pelo erro do
clube - que permitiu que um jogador suspenso fosse escalado na última
rodada do torneio, em jogo contra o Grêmio, no Canindé. A Lusa foi
punida com a perda de quatro pontos no Campeonato Brasileiro e, por isso
acabou rebaixada para a Série B do Brasileiro .O STJD aguarda as provas do MP para agir no caso.. Héverton, atualmente no Paysandu,diz se sentir envergonhado . Já a Portuguesa,em nota oficial, se defendeu do que considera boatos
- Estamos convencidos de que pelo menos dois ex-dirigentes da Portuguesa
receberam vantagens para que essa situação tenha acontecido - afirmou Roberto Senise,
promotor do Ministério Público de São Paulo, que apura o caso.
Em vídeo, Senise apontou o ex-presidente Manuel da Lupa, o advogado Valdir Rocha e o
ex-vice-presidente de futebol, Roberto dos Santos, além de outros dois
funcionários não nominados, como os possíveis responsáveis pela omissão
que causou o rebaixamento da Lusa.
Estamos convencidos de que pelo menos dois ex-dirigentes da Portuguesa
receberam vantagens para que essa situação tenha acontecido
Roberto Senise, promotor do MP-SP
O jornal O Estado de S.Paulo
publicou às 22h40 a informação de que a
conclusão do inquérito é de que a Lusa recebeu dinheiro em troca da
escalação de Héverton. Mas o inquérito ainda não foi concluído. Há
pessoas com depoimentos agendados até fevereiro de 2015. O trabalho do
Ministério Público de São Paulo tenta descobrir quem pagou - e quanto
pagou, e para quem pagou - para que a Portuguesa cometesse de forma
proposital o erro que a levou ao rebaixamento.
Enquanto isso, a
Portuguesa conduz uma investigação paralela, própria. Nesse âmbito, o
clube tenta descobrir quem colaborou para a escalação de Héverton para
punir administrativamente. Como o globoesporte.com mostrou nesta terça-feira,o ex-presidente Manuel da Lupa é o principal alvo .
O presidente do Conselho Administrativo fala em processá-lo civil e
criminalmente e em cobrar dele até R$ 30 milhões. Procurado pela
reportagem, Manuel da Lupa nunca atendeu aos telefonemas da reportagem.
- Atualizado em
Fluminense vai ao STJD e pede nova investigação sobre o caso Héverton
Tricolor toma medida após novas informações sobre escalação irregular de meia da Portuguesa no Campeonato Brasileiro de 2013
Na última segunda-feira, o então técnico da Lusa na época, Guto Ferreira, disse que tinha "idéias do que pode ter acontecido" ,
mas, por não possuir provas, não tinha como "ficar falando".
Vale
lembrar que, em entrevista ao jornalista Jorge Nicola, do portal Yahoo,
no último dia
29, o atual presidente da Lusa, Ilídio Lico, afirmou que a participação
do atleta, de forma
irregular, teria sido “premeditada”.
A afirmação do presidente da Portuguesa Ilídio Lico de que a
escalação irregular de Héverton, na última rodada do Brasileirão 2013, foi
“coisa premeditada”, e a “desconfiança” embora sem provas do então treinador Guto
Ferreira para a liberação do meia no jogo contra o Grêmio fizeram o Fluminense agir. E, na tarde desta quinta-feira, um dia
depois da revelação de que a investigação do Ministério Público de São Paulo
aponta para erro proposital, faltando saber se houve recebimento de dinheiro
por parte de ex-dirigentes para tal, o Tricolor ingressou com um pedido de
abertura de inquérito no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Em resumo:
quer saber se houve venda e quem comprou a vaga na Série A do clube paulista
para, caso seja confirmado, garantir a lisura de futuras competições. A
ação, claro, visa a demonstrar que não cometeu nenhuma irregularidade para evitar a queda à
Série B.
O pedido será, agora, avaliado pelo presidente do STJD, Caio
Rocha. Ele poderá repassar à Procuradoria. Neste caso, caberá ao procurador-geral
Paulo Schmitt decidir se fará nova denúncia sobre o caso. Logo após a revelação
da apuração do MP, Schmitt disse aguardar provas para dar prosseguimento. Há
dois inquéritos abertos desde fevereiro deste ano: um que apura o motivos da
escalação de Héverton e outro a de André Santos, então lateral-esquerdo do
Flamengo, que atuou na última rodada do nacional mesmo estando suspenso.
Foi o departamento jurídico tricolor quem arquitetou a
entrada do pedido de inquérito. Ao arrolar as notícias veiculadas pela mídia, o
Tricolor decidiu pedir um novo inquérito. Poderia ter anexado as reportagens
nos existentes. Porém, não o fez por um simples motivos: eles têm data para
prescrever. Desta forma, evita o risco de o prazo legal impossibilitar o
prosseguimento das averiguações.
Após a publicação da reportagem, o GloboEsporte.com
conseguiu contato com o vice de futebol tricolor, Mário Bittencourt. Ele
confirmou a iniciativa do clube.
- Entramos com o
pedido de inquérito no STJD justamente para que a Justiça Desportiva
possa apurar se houve, realmente, o cometimento de alguma infração. Se o
Ministério Público já investiga o possível cometimento de crime, nós
estamos requerendo a apuração de ilícito desportivo também. Já haviam
dois inquéritos anteriores na Justiça Desportiva, mas diante das últimas
declarações lidas na imprensa achamos importante e necessário pedir a
abertura de mais este procedimento para que tudo isso seja apurado de
forma correta e incisiva. Sem ilações e suposições. Conversei muito com o
presidente (Peter Siemsen) sobre o assunto e nossa ideia é justamente
de proteger o sistema jurídico desportivo e as competições no futebol
brasileiro. Foi o que fiz no ano passado defendendo o cumprimento do
regulamento e que faço agora ajuizando medida concreta pedido apuração.
Sem falácias, sem retórica e sem pirotecnia, em síntese, entramos com a
medida e aguardamos a apuração dos fatos - explicou Mário, que defendeu o
Tricolor no julgamento do ano passado.
Héverton estava suspenso e atuou contra o Grêmio na última
rodada do Brasileirão do ano passado. Em julgamento no STJD, a Lusa perdeu
quatro pontos e foi rebaixada. O Fluminense, com isso, escapou da Série B. O
Flamengo, por escalação irregular de André Santos, igualmente suspenso, também
foi punido pelo tribunal. E igualmente ficou na Série A.
Ilídio Lico pede desculpas ao Flu por acusação: "Tomei um vinho meio forte"
Ex-presidente
da Portuguesa afirmou, em junho, que teria havido pagamento de propina
por parte da Unimed para que Héverton fosse escalado no Brasileiro de
2013
Ilídio Lico recuou. Meses após afirmar que o Fluminense e sua antiga patrocinadora, a Unimed,haviam participado do esquema da escalação irregular do jogador Héverton pela Portuguesa ,
em 2013, o ex-presidente do time paulista foi nesta terça-feira às
Laranjeiras pedir desculpas. A visita, de acordo com informações do
Tricolor, foi totalmente inesperada.
Constrangido o
ex-mandatário da Lusa, disse, ao lado do advogado do Flu Mário
Bittencourt e do presidente Peter Siemsen, que havia dito "bobagem",
provavelmente por causa dos efeitos de um almoço regado ao um vinho
"meio forte".
- Pedi desculpas ao Peter. Nunca tive o prazer de
ter conversado com ele. Queria dizer que falei uma bobagem. Não tinha
nexo nenhum o que eu falei. Quem errou foi a Portuguesa, a diretoria
anterior. O Fluminense aproveitou apenas o regulamento, só isso. Não tem
mais nada. Não houve irregularidade do Fluminense. Tinha almoçado,
tomei um vinho meio forte. Acho que foi isso. Aí eu falei com uma pessoa
e nunca pensei que ela publicaria aquilo. Me deu um branco e eu falei.
Já tinha pedido o telefone do presidente a um amigo do doutor Mário para
fazer o que eu estou fazendo hoje. Agradeço muito o presidente por ter
me recebido, por ter dito que ia tirar a queixa contra mim - disse,
ressaltando que não fala apenas por si, e não em nome da Portuguesa. O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, disse que viu o gesto com
bons olhos. Ele entende que toda a situação acabou prejudicando a imagem
dos clubes, mas que o momento é de pensar para frente.
-
Acredito nas pessoas, apesar das coisas que vemos acontecer no Brasil.
Entendi como gesto positivo. Sabemos como foi o passado, como prejudicou
a imagem dos clubes. Bola para frente. O gesto é bacana. É olhar para
frente.
Nos bastidores, Flamengo poderia ter pago manobra para o rebaixamento da Portuguesa
Fonte: viradademesa.com.br Circulam versões em vários blogs e redes sociais, primeiro no Agipossa e depois cogitado pelo Blog do Juca Kfour,
a respeito de que a escalação irregular do jogador Héverton pela
Portuguesa na última rodada do Campeonato Brasileiro 2013 seria uma
manobra do Flamengo, com o consentimento do clube paulista e sua
diretoria atolada em dívidas pelo clube, para evitar o rebaixamento da
equipe carioca. A tese ganha corpo quando o jornal Lance! havia
divulgado uma matéria na sexta-feira a noite com a punição do zagueiro André Santos ,
antes do próprio jogo entre Flamengo e Cruzeiro onde houve a
irregularidade que fez o rubro-negro ser punido, e com a necessidade do
atual mandatário Luso, Dr. Manuel da Lupa, de quitar dívida com o Banif
em cerca de R$ 40 milhões antes de passar a presidência para seu
sucessor, Dr. Ilídio Lico. Confira, na íntegra o texto que circula nas redes sociais e que,
em parte, faz muito sentido para este blogueiro e para muitos torcedores
da Portuguesa e até do Fluminense.
Íntegra da versão do Juca Kfouri
O Flamengo se deu conta na noite do sábado do erro cometido em
escalar André Santos contra o Cruzeiro e de que poderia ser rebaixado.
Aí, um Maquiável rubro-negro procurou o advogado rubro-verde que fez
chegar ao presidente da Lusa e, por este, ao técnico do time, a
necessidade de escalar o suspenso Héverton no jogo contra o Grêmio.
Caso o Fluminense estivesse vencendo o Bahia — o que aconteceu fruto
de outra combinação que redundou na demissão do treinador tricolor
baiano — o jogador luso irregular entraria em campo, com o que a CBF
poderia denunciá-lo por intermédio do procurador do STJD e este
derrubaria a Lusa, salvando o Flamengo.
O prêmio?
Pagar o aval do presidente luso num empréstimo de mais de R$ 40 milhões com um banco.
Mais: a Lusa segue com a mesma cota que a TV paga na primeira divisão, com o que garante sua volta rapidamente.
Mais ainda: a Lusa passaria a contar com o patrocínio de uma empresa estatal, a Caixa, em 2014
Com o que o Brasileirão do ano que vem não sofreria tanto e a Série B, agora na Rede TV!, não ganharia a audiência no Rio.
Uma trama genial como se vê, que envolve além da cartolagem do futebol, o governo e a Globo.
Não se contava, apenas, que a decisão do STJD fosse revelada ilegal, embora nada indique que a sentença venha a ser corrigida.
E é por isso que o Ministério Público de São Paulo abriu inquérito.
Nem mesmo a teoria sobre a derrota do Brasil na Copa de 1998 foi tão
rocambolesca, maliciosa, brilhantemente engendrada, por envolver bem
menos protagonistas.
Mas até hoje há quem acredite nela.
Íntegra da versão do Aqipossa
A manobra do Flamengo para se livrar do rebaixamento em 2013 e os
motivos da Portuguesa em aceitar descer no lugar do rubro-negro. A
virada de mesa favorece à Globo, que põe a culpa no Fluminense para
livrar a cara do Flamengo. A Globo evita perder jogos em ano de Copa e
abafa o verdadeiro culpado pelas irregularidades, o Flamengo. Vejamos se
realmente não faz sentido. A rodada começa Sábado. O Flamengo joga
contra o Cruzeiro e não se dá conta que seu jogador está em campo de
forma irregular. Em dado momento, é avisado, mas então, já é tarde. Em
outro momento, ou durante o jogo, ou ao final deste, ou até mesmo no dia
seguinte, descobre que vai ser julgado pela irregularidade. Descobre
então, que perderá 4 pontos, já que a lei é clara e não terão como fugir
disso. Não poderão correr da punição pois a informação de que seu
jogador, André Santos, não poderia jogar, já havia sido divulgada. O
Lance!, na sexta feira, 06/12/2013, publicou a matéria "Suspenso, André Santos não enfrenta o Cruzeiro pelo Brasileirão"
O Flamengo, errando feio e jogando fora todo o planejamento de se
manter na primeira divisão às custas de outras manobras já feitas, está
em um dilema. Como resolver a irregularidade que já saiu na imprensa?
Como saber se “alguém” leu a notícia do Lance!? A quem recorrer? A
FlaPress, claro. Sabemos que a FlaPress mostra o lado errado dos
adversários do Flamengo, e esconde os seus. Foi exatamente isso que foi
feito. Nada foi falado sobre André Santos ter jogado. Não houve em
nenhum veículo, no rádio, na web ou na TV, mais nenhuma menção a este
erro até o ressurgimento do assunto como uma bomba mortal, no final da
tarde de terça-feira, dia 10 de dezembro. “Como explicar que ninguém da
imprensa notasse tal erro se a suspensão do jogador foi notícia na
sexta-feira? Se alguém tivesse notado, não acham que o fato seria grave o
suficiente para pautar todos os demais veículos de comunicação? Como
explicar que nas transmissões de domingo à tarde na Globo ou no SporTV,
tal fato sequer fosse citado? Ninguém sabia? Ninguém leu no Lance?”, diz
José Augusto Catalano, colunista de jornal e torcedor do Fluminense. A
equipe da Portuguesa também tem seu jogador punido e está precisando de
dinheiro. Manoel da Lupa, o presidente da Portuguesa, já se envolveu em
escândalos financeiros. A ESPN publicou uma matéria bastante comprometedora sobre a ausência do mandatário luso do clube, que resumiu: “Manuel da Lupa, que não marcava presença no Canindé desde
a derrota para o Bahia, em 24 de novembro, e ressurgiu somente nesta
semana por conta de um compromisso diplomático. Na sua ausência, o novo
mandatário, Ilídio Lico, que tomará posse somente em janeiro, teve de se
desdobrar para driblar dificuldades financeiras que quase levaram o
elenco lusitano a entrar em greve. Ao lado de seu ex-vice, Luis Iaúca,
Da Lupa teve os seus bens penhorados na Justiça por conta de empréstimos
tomados junto ao banco Banif e que agora estão sendo cobrados. Em
manobra nos bastidores, ele tentou repassar sem sucesso a dívida para a
Portuguesa.” O fato do jogador da Portuguesa ter entrado em campo e por
isso, já estar irregular, derrubaria toda a tese aqui escrita. Mas vale
lembrar o seguinte: o Flamengo cometeu um erro de jardim da infância, na
escola da malandragem ao por seu jogador suspenso para jogar. O aviso
no Lance! de que ele estava suspenso não foi lembrado. Porque a
Portuguesa não cometeria um erro infantil também? E se fosse induzida a
obedecer à Globo e o Flamengo sem saber que estar na súmula ou não,
daria na mesma?
A Portuguesa, pega de surpresa com o ocorrido, talvez em cima da
hora, com o Dr. Manuel da Lupa precisando mais e mais de dinheiro,
aceitou sem pestanejar a oferta rubro-negra ou da Globo, não tendo
verificado se o fato de estar na súmula ou no banco de reservas faria
diferença de ele ter entrado em campo. É o respaldo duplo do Flamengo,
que a partir de então, conta com duas saídas: a Lusa acatar o pedido
mediante algum pagamento, ou não acatar, desde que esteja com o jogador
escalado para a partida. Mas não iriam falar absolutamente nada para o
pessoal da Portuguesa, pois era a garantia para que o rebaixamento não
ocorresse de forma alguma. Porque o Dr. Manoel da Lupa aceitaria colocar
a Portuguesa nessa situação? Entenda o caso do Dr. Manuel da Lupa com o
Banco Banif, consoante publicado em matéria no jornal O Estado de São Paulo:: “O
Banif moveu quatro ações em quatro Varas Cíveis diferentes de São
Paulo, para cobrar a dívida de R$ 43 milhões. Duas teriam valor de R$
4,2 milhões e as outras de 17,1 milhões. Além da Portuguesa, foram
notificados o próprio Da Lupa, sua esposa, Maria de Fátima Ferreira, e o
Luiz Iaúca. Pelo fato das ações terem sido movidas em quatro locais
diferentes, os processos devem ser unificados, o que levaria um tempo
melhor. Caso a dívida seja executada, a Lusa corre o risco de ter bens
penhorados. Isso caso não consiga um acordo antes da decisão final da
Justiça. Além disso, tanto Da Lupa como Iaúca poderiam ser destituídos
de seus cargos e ainda responder à Justiça pela dívida contraída em nome
da equipe”. O Flamengo está verdadeiramente ameaçado de rebaixamento
com a perda dos quatro pontos já conhecidos pela sua equipe jurídica. A
ameaça vem do fato de o Fluminense vencer a partida contra o Bahia. O
Vasco também não pode vencer, sendo essa, a pior situação, pois basta
apenas um dos dois vencerem que o Flamengo será rebaixado, porém, melhor
se for o Fluminense. Continuemos para entender melhor e porquê. Ciente
da situação, e já sabendo que o único time que também poderá se
enquadrar na mesma irregularidade é a Portuguesa, julgada inclusive no
mesmo dia, a diretoria, sob a responsabilidade de qualquer um deles,
resolve procurar a Portuguesa e esclarecer os fatos. O Flamengo quer
pagar para a Portuguesa uma situação de respaldo. No domingo, dia dos
últimos jogos do Brasileirão de 2013, Portuguesa, Fluminense e Vasco vão
jogar. O Fluminense, em uma demonstração de malandragem, atrasa a
partida para saber dos resultados do jogos entre São Paulo e Coritiba e
Atlético-PR e Vasco antes que o seu próprio jogo termine. Em Joinville, a
partida será a última a acabar devido a confusão entre as torcidas. O
São Paulo não consegue empatar a sua partida e perde por 1 a 0 para o
Coritiba. Esse resultado rebaixa o Fluminense, que vai empatando com o
Bahia em 1 a 1. Até aí, Flamengo está salvo, pois ao perder seus 4
pontos no STJD, ficará ainda fora do Z-4. Mas o jogo do Fluminense ainda
não acabou, pois começou mais tarde. A diretoria do Flamengo sabe que
se o Fluminense virar o jogo, será o rival tricolor quem rebaixará o
Flamengo. Então, antes que isso possa ocorrer, nas conversas que foram
mantidas entre a Portuguesa e o Flamengo foi decido: O Flamengo não pode
cair e disputar a segunda divisão justamente no ano da Copa do Mundo no
Brasil. Que vexame seria para a Globo? Que vexame seria para a Adidas
que diminuirá, previsto no contrato, o valor pago ao time da Gávea. Se a
Lusa usar o jogador irregular na partida, poderá, e deverá, perder os
mesmos 4 pontos que o Flamengo, sendo ela, a rebaixada de 2013 no lugar
do Fluminense se ele vencer o jogo e não mais o Flamengo. Qual o
pagamento por isso? Não se sabe. Mas algo foi pago para que a
Portuguesa, sabendo da irregularidade de seu jogador, o escalasse para a
partida justamente no Banco de reservas. Atentos deveriam ficar, pois
se o Fluminense virasse o jogo, deveria por jogador em campo. Começar a
partida com Héverton em campo, era correr risco desnecessário, já que se
o Fluminense perdesse, o Flamengo não correria risco perdendo seus 4
pontos. Com o jogo atrasado na Bahia e empatado desde os 10 minutos do
segundo tempo, corriam o risco de o Fluminense virar a partida após o
fim do jogo da Portuguesa. Se Héverton ficasse apenas no banco até o fim
da partida, poderia não ser considerado irregularidade, ou na melhor
das hipóteses, a Portuguesa ser punida apenas com a perda de 3 pontos,
ficando na frente do Flamengo no fim, rebaixando o time da Gávea. Então,
aos 32 do segundo tempo, entra em ação o plano da Gávea para garantir a
permanência de forma extra campo, como nas oportunidades anteriores de
1987 e 2002. Héverton entra no jogo, pois não podiam arriscar nos
minutos finais do jogo entre Fluminense e Bahia, até então, ainda
empatado em 1 a 1. Primeiro, a Portuguesa não poderia vencer o jogo de
forma alguma, pois passaria o Flamengo na tabela. Segundo, deveriam
fazer Héverton jogar para ser punida. E foi o que aconteceu. Assim,
Flamengo está salvo mesmo que perca os 4 pontos no STJD, pois será a
mesma pena aplicada à Lusa, não deixando margem para que o Flamengo
entre na Z-4. Mas, ainda tem o Vasco que está totalmente atrasado.
Incrivelmente, a Globo não desiste de transmitir a partida mesmo que
isso atrase sua preciosa grade de programação em mais de uma hora. A
Globo sabe que o jogo vai ser retomado, pois é muito provável que o
Vasco saia perdedor. Se o time cruzmaltino virar o jogo, não terá
apelação, o Flamengo será rebaixado. Se o jogo não prosseguir, o Vasco
pode conquistar os 3 pontos da partida. Porque o jogo não foi suspenso,
mesmo com a confusão? Porque a regra diz para esperar 30 minutos mais 30
minutos de bom senso caso seja claro que haja condições de jogo, mas
nos primeiros 30 minutos de espera, não havia garantia nenhuma de jogo e
nem sequer havia ambulância em campo, por tanto, não havia motivos para
aguardar pelos 30 minutos adicionais? O jogo em Joinville estava
garantido também ao Flamengo pela arbitragem?
No final, o Fluminense vira o jogo e rebaixará o Flamengo assim que
ocorrer a denúncia da irregularidade, mas a Portuguesa o salvará.
Salvará a Globo. Salvará a FlaPress. Mas afundará o futebol de vez.
No fim, como já podemos ver a Globo e demais ligadas à FlaPress já
tem mostrado, o Vasco é o vilão maldito de Joinville, tendo aparecido na
telinha mais vezes a cara do torcedor vascaíno batendo, após apanhar,
no santinho do torcedor do Furacão, que Especial Roberto Carlos ao longo
dos anos na Globo no fim de ano. Sabemos que as autoridades de
Joinville já identificou mais de 60 torcedores na briga, a grande
maioria é do Atlético-PR, e a Globo para de mostrar os envolvidos. O
Vasco é visto como “o malvado”, o Fluminense é “malvado”, Flamengo é
esquecido embora tenha real possibilidade de rebaixamento para que sua
torcida fique blindada e a Portuguesa é a santinha e injustiçada equipe
de São Paulo.
E tem mais! No fim, o resultado do julgamento de hoje, para o caso
das irregularidades, a Portuguesa foi punida e o Flamengo também.
Perderam ambos 4 pontos. No momento, a Portuguesa está rebaixada, junto
do Vasco, da Ponte Preta e do Náutico. Mas a virada de mesa será
consumada e ninguém será rebaixado. Essa é a garantia da Lusa para
permanecer na primeira divisão mesmo tendo obedecido o pedido/ordem de
Flamengo e Globo? Ano que vem poderemos ter um campeonato de 22 clubes
ou 24. Mas antes disso, ainda haverá recursos de todas as partes.
Caso resolvam salvar todos, o Fluminense por ter direito a permanecer
devido a irregularidade do Flamengo, a Portuguesa porque obedeceu, o
Flamengo porque manobrou como sempre, teríamos um campeonato com 21
equipes! Mas 21 é número ímpar. O próximo time rebaixado e que também
está envolvido em recurso, o Vasco completaria o número par que melhor
configura um campeonato. Mas Náutico e Ponte Preta não vão ficar de
braços cruzados e se acomodarem com o ocorrido, pensando, “ah, vocês
podem e nós não, tudo bem”. A CBF mantém os 20 e soma com os 4
promovidos, Palmeiras, Chapecoense, Sport e Figueirense.
Melhor que isso, só se for feito o que já estavam manobrando há
alguns anos. A volta dos mata-matas. Com 24 clubes, dois grupos de 12,
classificam os 4 primeiros de cada grupo, ou outra fórmula qualquer,
montam as quartas de final, as semifinais e a final. Campeonato
emocionante, no ano de Copa do Mundo justamente no Brasil. Com a fase de
mata-mata, o calendário fica mais curto, principalmente com a parada de
um mês para a Copa do Mundo e agrada também ao Bom Senso FC, que
procura justamente por isso. Será que estamos presenciando uma nova
versão de um Clube dos 13 que está sendo criado?
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LUSAGATE - Pela primeira vez, Da Lupa coloca Flamengo como suspeito do rebaixamento da Lusa Em novo pedido de investigação do caso à CPI do Futebol, ex presidente da Lusa sugere complô envolvendo Flu, Fla e CBF Fonte: Flupress
Parece que o ex
presidente da Portuguesa, Manuel da Lupa, permanece historicamente
congelado em dezembro de 2013. Apontado pelo MP de São Paulo como
principal suspeito pela venda da vaga da Portuguesa na Série A,
entendimento também do Conselho Deliberativo do clube Paulista, que o
expulsou de seus quadros em abril desse ano, Manuel da Lupa segue
insistindo na tese de que a Portuguesa escalou Heverton irregularmente
porque não sabia que o atleta havia sido suspenso, muito embora o clube
tenha sido representado no julgamento pelo advogado Osvaldo Sestário,
que comunicou a suspensão ao diretor jurídico, Valdir Rocha. Ele encaminhou
e-mail ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da CPI do Futebol,
cujas atividades terão início em agosto, solicitando que o mesmo
investigue o rebaixamento da Portuguesa, alegando que o fato de a
suspensão não ter aparecido no sistema da CBF logo após o julgamento
sinaliza uma possível manipulação para rebaixar o clube e beneficiar
Flamengo, Fluminense e CBF. A nota curiosa é
que da Lupa colocou o Flamengo como beneficiado da trama, ao contrário
do que vinha fazendo até então. Em dezembro, da Lupa fez coro com a
imprensa esportiva, atacando o Fluminense. Chegou, inclusive, a receber
ajuda rubro-negra na formulação da defesa da Portuguesa no julgamento
feito pelo STJD, fato que pode ter dado origem à declaração de Roberto
Senise, em março de 2013, de que via indícios de patrocínio infiel no
caso Lusagate. Na ocasião, o rebaixamento da Portuguesa evitou que o
Flamengo caísse para a Série B e não o Fluminense, como tentou fazer
crer parte da mídia esportiva. No sábado, 7 de dezembro de 2013, um dia
antes da partida entre Portuguesa e Grêmio, na qual Heverton foi
escalado irregularmente, sem que nada fosse noticiado a respeito, o
Flamengo fizera o mesmo com André Santos. Segue o e-mail de da Lupa "Prezado Senador bom dia !!!! Ficamos sabendo
que vossa excelência será o relator e o senador Romario de Souza Faria o
presidente da CPI da CBF. Assim, reiterando a solicitação de 28 de maio
de 2015 enviada ao senador Romario, pedimos a investigação do caso de
rebaixamento do Campeonato Brasileiro da Série "A" de 2013, da
Associação Portuguesa de Desportos, na partida de futebol contra o
Gremio de Footbal Portoalegrense, realizada em 08 de dezembro de 2013
(domingo), no estádio da Portuguesa, no Canindé em São Paulo, cujo
resultado da partida foi 0 x 0, tendo o clube permanecido na Primeira
Divisão. Houve escalação
do atleta Heverton Duraes Coutinho Alves, uma vez que o resultado do
julgamento do atleta não foi publicado pela CBF e consultado o site da
CBF antes da partida ( bide das suspensões), dava condição de jogo ao
atleta referido. A Portuguesa só foi comunicada do julgamento e do
resultado na terça-feira, 10 de dezembro de 2013. Em virtude do
interesse do Fluminense, Flamendo e CBF pode ter havido manipulação para
prejudicar a Portuguesa, que tem torcida muito menor de que os clubes
citados. Na certeza de poder contar com a atenção e compreensão de
sempre, subscrevo-me com elevada estima e distinta consideração. Atenciosamente. Dr. Manuel da Conceição Ferreira (dr. Manuel da Lupa) Ex-presidente e membro nato da Portuguesa." Por: Marcelo Savioli