Fonte: João Mércio Gomes,LANCE! 03/11/2017
A ressaca pela eliminação contra o rival Flamengo foi grande. Mas,
segundo Alexandre Torres, gerente de futebol, já passou. Nos próximos
sete jogos da temporada, a meta é se manter na Série A do Brasileirão. O
desempenho no ano não foi o esperado, mas se continuar na pegada do
último jogo, 2018 será melhor para a torcida do Fluminense.
- Tivemos
brio e empenho. Por questão de cinco minutos a gente poderia estar
falando de outra situação agora. Temos que buscar os ganhos contra o
Flamengo, buscar o que fizemos de bom e aprender com erros pra que a
gente possa seguir em frente - afirma Torres, em coletiva no CT.A coletiva pré-clássico contra o Botafogo teve um motivo: dar as caras para o torcedor e explicar o que deu errado.
Para ele, a frustação não é só da torcida, mas do elenco e da
diretoria. Torres garante que assumiu o cargo no Fluminense não só para
reestruturar o clube, mas buscar conquistas.
- A campanha não é a que
queríamos. Vim aqui pra ser vencedor, é um desafio diario. Mesmo
vencendo, estaria me cobrando pra melhorar. Não estamos só de passagem
nos campeonatos. Um time unido se mantém firme e esse grupo tem tudo pra
alcançar conquistar no próximo ano.Confira a coletiva de Alexandre Torres na íntegra:
Por que você resolveu falar com a imprensa neste momento?
'Vim
pra falar por conta do resultado ruim que aconteceu. Sei que não foi o
esperado. Muitos torcedores ficaram frustrados, assim como jogadores e
comissão técnica. É o momento de vir aqui, dar a cara e ao mesmo tempo
dar uma palavra de apoio aos jogadores. E enaltecer a torcida do
Fluminense. Mesmo em número inferior, incentivaram e apoiaram os
jogadores. Os atletas se empenharam, tiveram uma conduta digna mas o
resultado não veio. A gente procurou dar o máximo e honrar a camisa do
Fluminense'
Foi para blindar o elenco?
'Não. Jogador
se blinda dentro de campo. Todos jogadores passaram por momentos de
instabilidades e desclassificação. Mas sempre tem o próximo jogo pra
recuperar. O que aconteceu no último jogo foi um time empenhado,
procurando fazer aquilo que foi determinado pela comissão. Jogadores
entusiasmados, mostrando determinação. Tivemos problemas mas o time teve
raça e suou a camisa'
Marcos Júnior citou 'coisas negativas' no clube. O que ele quis dizer?
'Não
posso definir. Ele me falou que é a respeito de problemas médicos, do
time, fraturas. Contusões muito difíceis, totalmente inesperadas, como a
do Robinho. Pra mim, os problemas foram esses, além da juventude do
elenco. Qualquer coisa além disse, ele é que pode esclarecer'
E os salários atrasados...
'É
assunto interno da diretoria e estou vendo um esforço grande de todos.
Isso afeta, já tem um tempo. Os jogadores sabem e compram a situação do
clube. Não afetou nada nesse momento, estão tendo uma postura positiva.
Vários times têm problemas financeiros, é uma realidade do nosso
futebol. Precisamos melhorar arrecadação e parte financeira'
Planejamento era esse mesmo, usar um elenco só de jovens?
'Fizemos
um planejamento no inicio do ano e tínhamos uma etapa a cumprir. Dentro
das nossas possibilidades foi o caminho que se apresentou. Alguns mais
jovens pularam etapas. Estamos no caminho, não tivemos muitas
alternativas. Fecharemos o ano com esse mesmo grupo jovem, de qualidade,
que veste a camisa.
E o baixo desempenho nos clássicos, como lidar?
'Situação
incômoda pro torcedor e comissão técnica. Clássico faz a diferença no
desenvolvimento do trabalho. Por outro lado, esse ano, não foram muito
superiores ao Fluminense. Detalhes ou falta de experiência, alguma
coisa. Não podemos nos apegar aos aspectos negativos. É um time que
briga não desiste, ganha divididas. um time que pode jogar de igual pra
igual com qualquer um'
Como entrar em mais um clássico após a eliminação?
'O
time já esta animado. Depois do jogo teve aquela ressaca geral, dos
torcedores, da diretoria, dentro do vestiário. Na reapresentação, a
gente tentou virar a chave os jogadores tem plena consciência'
Você chegou a conversar com algum jogador após a eliminação?
'Sempre
converso com jogadores. Tento acrescentar aos que estão saindo e
entrando, todos que estão passando por dificuldades. Fui jogador e tenho
essa sensibilidade. Não é o momento de abandonar o jogador, mas
incentivar pra tirar o melhor'
Houve erro no planejamento com as saídas de jogadores e chegando de outros, menos experientes?
'Ao
contratar um jogador e perder um jogador, muitos fatores influenciam.
Quando se fala do Romarinho, esquecem do Richard. De repente um está de
titular, jogando bem. Como deu certo, poucas pessoas comentam. Sobre
Lucas Fernandes, Osvaldo e Danilinho, foram jogadores que ao longo da
temporada tiveram chances, já estavam há mais tempo. Eles pediram pra
sair. Planejamento era aproveitar os jogadores da base, minimizar os
custos'
Já começou a planejar as saídas e chegadas para 2018?'Planejamento
é constante. Começa no primeiro dia e do ano e termina no último. Temos
de repensar, dar uma mudada. Desde que cheguei em janeiro foi proposto
um trabalho, uma meta e estamos procurando seguir'
Abel faz parte desse planejamento?
'Ele
tem contrato até o final do próximo ano e a diretoria confia nele. Da
minha parte tem confiança. Tem se mostrado um técnico que e aguenta
dificuldade e melhora com o grupo. Conhece os jogadores da base pra usar
no futuro. Saída de Abel não foi cogitada e acredito no trabalho longo'
Antes de encerrar, Torres pediu a palavra e...
Nós
estamos muito satisfeitos com comportamento do torcedor. Sentidos pelos
últimos resultados não terem acontecido. Com certeza o clube está com
espírito de começar bem a próxima temporada.Não estamos só de passagem
nos campeonatos. Um time unido se mantém firme e esse grupo tem tudo pra
alcançar conquistar no próximo ano.
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