domingo, 5 de novembro de 2017

Torres 'dá as caras' e fala sobre os bastidores do Flu

Fonte:  João Mércio Gomes,LANCE! 03/11/2017
A ressaca pela eliminação contra o rival Flamengo foi grande. Mas, segundo Alexandre Torres, gerente de futebol, já passou. Nos próximos sete jogos da temporada, a meta é se manter na Série A do Brasileirão. O desempenho no ano não foi o esperado, mas se continuar na pegada do último jogo, 2018 será melhor para a torcida do Fluminense.
- Tivemos brio e empenho. Por questão de cinco minutos a gente poderia estar falando de outra situação agora. Temos que buscar os ganhos contra o Flamengo, buscar o que fizemos de bom e aprender com erros pra que a gente possa seguir em frente - afirma Torres, em coletiva no CT.A coletiva pré-clássico contra o Botafogo teve um motivo: dar as caras para o torcedor e explicar o que deu errado. Para ele, a frustação não é só da torcida, mas do elenco e da diretoria. Torres garante que assumiu o cargo no Fluminense não só para reestruturar o clube, mas buscar conquistas.
- A campanha não é a que queríamos. Vim aqui pra ser vencedor, é um desafio diario. Mesmo vencendo, estaria me cobrando pra melhorar. Não estamos só de passagem nos campeonatos. Um time unido se mantém firme e esse grupo tem tudo pra alcançar conquistar no próximo ano.Confira a coletiva de Alexandre Torres na íntegra:
Por que você resolveu falar com a imprensa neste momento?
'Vim pra falar por conta do resultado ruim que aconteceu. Sei que não foi o esperado. Muitos torcedores ficaram frustrados, assim como jogadores e comissão técnica. É o momento de vir aqui, dar a cara e ao mesmo tempo dar uma palavra de apoio aos jogadores. E enaltecer a torcida do Fluminense. Mesmo em número inferior, incentivaram e apoiaram os jogadores. Os atletas se empenharam, tiveram uma conduta digna mas o resultado não veio. A gente procurou dar o máximo e honrar a camisa do Fluminense'
Foi para blindar o elenco?
'Não. Jogador se blinda dentro de campo. Todos jogadores passaram por momentos de instabilidades e desclassificação. Mas sempre tem o próximo jogo pra recuperar. O que aconteceu no último jogo foi um time empenhado, procurando fazer aquilo que foi determinado pela comissão. Jogadores entusiasmados, mostrando determinação. Tivemos problemas mas o time teve raça e suou a camisa'

Marcos Júnior citou 'coisas negativas' no clube. O que ele quis dizer?
'Não posso definir. Ele me falou que é a respeito de problemas médicos, do time, fraturas. Contusões muito difíceis, totalmente inesperadas, como a do Robinho. Pra mim, os problemas foram esses, além da juventude do elenco. Qualquer coisa além disse, ele é que pode esclarecer'
E os salários atrasados...
'É assunto interno da diretoria e estou vendo um esforço grande de todos. Isso afeta, já tem um tempo. Os jogadores sabem e compram a situação do clube. Não afetou nada nesse momento, estão tendo uma postura positiva. Vários times têm problemas financeiros, é uma realidade do nosso futebol. Precisamos melhorar arrecadação e parte financeira'
Planejamento era esse mesmo, usar um elenco só de jovens?

'Fizemos um planejamento no inicio do ano e tínhamos uma etapa a cumprir. Dentro das nossas possibilidades foi o caminho que se apresentou. Alguns mais jovens pularam etapas. Estamos no caminho, não tivemos muitas alternativas. Fecharemos o ano com esse mesmo grupo jovem, de qualidade, que veste a camisa.
E o baixo desempenho nos clássicos, como lidar?
'Situação incômoda pro torcedor e comissão técnica. Clássico faz a diferença no desenvolvimento do trabalho. Por outro lado, esse ano, não foram muito superiores ao Fluminense. Detalhes ou falta de experiência, alguma coisa. Não podemos nos apegar aos aspectos negativos. É um time que briga não desiste, ganha divididas. um time que pode jogar de igual pra igual com qualquer um'
Como entrar em mais um clássico após a eliminação?

'O time já esta animado. Depois do jogo teve aquela ressaca geral, dos torcedores, da diretoria, dentro do vestiário. Na reapresentação, a gente tentou virar a chave os jogadores tem plena consciência'
Você chegou a conversar com algum jogador após a eliminação?

'Sempre converso com jogadores. Tento acrescentar aos que estão saindo e entrando, todos que estão passando por dificuldades. Fui jogador e tenho essa sensibilidade. Não é o momento de abandonar o jogador, mas incentivar pra tirar o melhor'
Houve erro no planejamento com as saídas de jogadores e chegando de outros, menos experientes?

'Ao contratar um jogador e perder um jogador, muitos fatores influenciam. Quando se fala do Romarinho, esquecem do Richard. De repente um está de titular, jogando bem. Como deu certo, poucas pessoas comentam. Sobre Lucas Fernandes, Osvaldo e Danilinho, foram jogadores que ao longo da temporada tiveram chances, já estavam há mais tempo. Eles pediram pra sair. Planejamento era aproveitar os jogadores da base, minimizar os custos'
Já começou a planejar as saídas e chegadas para 2018?'Planejamento é constante. Começa no primeiro dia e do ano e termina no último. Temos de repensar, dar uma mudada. Desde que cheguei em janeiro foi proposto um trabalho, uma meta e estamos procurando seguir'
Abel faz parte desse planejamento?
'Ele tem contrato até o final do próximo ano e a diretoria confia nele. Da minha parte tem confiança. Tem se mostrado um técnico que e aguenta dificuldade e melhora com o grupo. Conhece os jogadores da base pra usar no futuro. Saída de Abel não foi cogitada e acredito no trabalho longo'
Antes de encerrar, Torres pediu a palavra e...
Nós estamos muito satisfeitos com comportamento do torcedor. Sentidos pelos últimos resultados não terem acontecido. Com certeza o clube está com espírito de começar bem a próxima temporada.Não estamos só de passagem nos campeonatos. Um time unido se mantém firme e esse grupo tem tudo pra alcançar conquistar no próximo ano.

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