Fonte: Jornal O GLOBO
Depois de um clássico eletrizante, com cinco gols só no primeiro
tempo, o Fluminense conquistou o título da Taça Guanabara de maneira
invicta. O troféu veio de modo dramático: a equipe estava em vantagem e
cedeu o empate em 3 a 3 ao Flamengo aos 40 minutos da segunda etapa. Na
disputa de pênaltis, vitória por 4 a 2, com a última cobrança convertida
por Marcos Júnior, que volta a se consagrar: o atacante já havia
marcado o gol do título da Copa da Primeira Liga, no ano passado.
O Fluminense foi a campo com a inscrição "Ame o Rio" na camisa,
semelhante a que estava presente no histórico titulo de 1995. Logo no
início de jogo, em contra-ataque veloz após cobrança de falta de Diego
na barreira, Wellington Silva arrancou 74 metros, passou por Pará, que
ficou caído, invadiu a área pela direita e, livre, bateu rasteiro,
cruzado, no canto esquerdo do goleiro Muralha, para fazer um golaço e
colocar o tricolor em vantagem.
A resposta do Flamengo veio quatro minutos depois, com William Arão.
Mancuello cobrou falta pela direita, Guerrero desviou de cabeça, o
goleiro Júlio César saiu mal e a bola sobrou para Rafael Vaz. O zagueiro
tocou para o gol, Henrique Dourado cortou, mas não impediu finalização
de William Arão, que empatou. Este foi o primeiro gol sofrido pelo
Fluminense em sete jogos na Taça Guanabara.
A virada rubro-negra aconteceu aos 23 minutos: Pará cruzou para a
área, Guerrero cabeceou e Júlio César espalmou para a frente, mas
Everton, livre, mandou para o fundo da rede: 2 a 1.
Aos 31 minutos, a bola bateu na mão esquerda de Guerrero, dentro da
área: pênalti para o Fluminense. Henrique Dourado cobrou à direita de
Muralha. O goleiro acertou o canto, mas não alcançou a bola: 2 a 2.
O gol fez bem ao Fluminense, que continuou em cima e foi recompensado
aos 40 minutos, quando Wellington Silva mostrou visão de jogo e
encontrou Lucas na entrada da área. Após receber belo passe, o lateral
tocou no lado esquerdo de Muralha para fazer 3 a 2.
Os times voltaram mais equilibrados para a segunda etapa, com um meio
de campo mais sólido. Aos quatro minutos, Henrique Dourado esteve
próximo de ampliar a vantagem. O atacante tricolor aproveitou sobra após
cobrança de escanteio, girou e bateu de perna esquerda, mas a bola saiu
por cima do travessão de Muralha.Em busca da virada, o técnico Zé Ricardo queimou as três
substituições que tinha direito antes dos 30 minutos. Aos 10, trocou
Mancuello por Gabriel, que renovou o contrato no meio da semana. Aos 20,
William Arão deu lugar ao colombiano Berrío e, aos 28, Trauco saiu para
a entrada de Vizeu.
Diego tentou surpreender Júlio César com um chute de fora da área,
aos 37 minutos, mas o goleiro estava atento e defendeu. Aos 39, em
cobrança de falta por fora da barreira, Guerrero mandou a bola ao lado
direito do camisa 22 que, desta vez, ficou parado, vendo a bola entrar: 3
a 3.
Nas cobranças de penalidades, Diego abriu a serie fazendo 1 a 0 para o
rubro-negro. Lucas empatou. Guerrero colocou a equipe novamente em
vantagem e Henrique igualou para o tricolor. Júlior César defendeu com
os pés a cobrança de Réver e Marquinhos colocou a equipe das Laranjeiras
em vantagem. Pressionado, Rafael Vaz chutou para fora, junto à trave
direita. Marcos Júnior não desperdiçou e garantiu o título.
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