quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Entrevista com executivo da Sports Value Amir Somoggi sobre a SAF do Fluminense

 Fonte: Explosão Tricolor Por Vinícius Toledo 17/09/2025 

 em paralelo ao campo, a proposta apresentada para a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) no Fluminense virou pauta de debate entre tricolores e a opinião pública.Em entrevista exclusiva concedida ao jornalista Jorge Priori, do Monitor Mercantil, o diretor da Sports Value, Amir Somoggi, expôs toda a sua visão sobre a proposta de SAF do Fluminense . A proposta está disponível no Portal da Transparência 

Vou listar alguns trechos que me chamaram atenção e deixarei o link de acesso para vocês acompanharem a entrevista na íntegra dentro do portal Monitor Mercantil. Vale muito a pena conferir a entrevista na íntegra

“Pelas nossas contas, se o Fluminense vale R$ 2,2 bilhões, 66% do clube valeriam R$ 1,3 bilhão”.

“O que me incomoda na SAF do Fluminense é que o seu orçamento não deveria fazer parte desse pacote. Como o clube fechou 2024 com uma receita de R$ 684 milhões e tem uma perspectiva de manter esse patamar para 2025, ele pode investir nos próximos 10 anos um valor maior que os R$ 6 bilhões que estão sendo prometidos. Na minha visão, se o clube sozinho pode gerar R$ 6 bilhões nos próximos 10 anos, então ele deveria buscar R$ 10 bilhões”.

“Outro ponto é que é muito fácil falar em números bilionários, quando eles, na verdade, não são bilionários. Isso porque o Fluminense foi avaliado por baixo, e o dinheiro prometido vai sair, muitas vezes, do seu próprio caixa”.

https://explosaotricolor.com.br/entrevista-com-o-executivo-da-sports-value-sobre-a-proposta-de-saf-no-fluminense/

VEJA ABAIXO A ENTREVISTA

Fonte: MONITOR MERCANTIL Por Jorge Priori em 18/09/2025

A SAF do Fluminense

Segundo Amir Somoggi, da Sports Value, a participação de 66% da SAF do Fluminense valeria R$ 1,3 bilhão, e não R$ 500 milhões como está sendo proposto.

Conversamos com Amir Somoggi, diretor da Sports Value, sobre a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Fluminense.

Qual a sua avaliação sobre a proposta de SAF do Fluminense?

Os clubes estão buscando virar SAF, pois viram que as suas receitas não estão sendo suficientes para competir com as SAFs que já existem, e para que se possa convencer os sócios e torcedores de que elas são bons negócios, fala-se que em tantos anos serão investidos milhões.

O que me incomoda na SAF do Fluminense é que o seu orçamento não deveria fazer parte desse pacote. Como o clube fechou 2024 com uma receita de R$ 684 milhões e tem uma perspectiva de manter esse patamar para 2025, ele pode investir nos próximos 10 anos um valor maior que os R$ 6 bilhões que estão sendo prometidos.

Na minha visão, se o clube sozinho pode gerar R$ 6 bilhões nos próximos 10 anos, então ele deveria buscar R$ 10 bilhões. Se os clubes seguissem essa linha, os investidores teriam mais dificuldades para comprá-los e terem lucro. Diga-se de passagem, é por isso que ninguém compra o Athletico-PR, pois como o clube está avaliado lá em cima, ele não vai ser vendido a preço de banana.

Outro ponto é que é muito fácil falar em números bilionários, quando eles, na verdade, não são bilionários. Isso porque o Fluminense foi avaliado por baixo, e o dinheiro prometido vai sair, muitas vezes, do seu próprio caixa. O Ronaldo fez isso no Cruzeiro. Só com a subida da Série B para a Série A, ele teve o retorno do seu investimento. Como o dinheiro que entrou foi a parte que ele precisava para valorizar o negócio, ele não teve que pôr novos recursos.

A discussão sobre a SAF do Fluminense me parece um pouco turva, mas isso não é culpa do clube, pois como os clubes não têm dono, fica difícil discutir o valuation, tanto que se fala em plano de investimentos, mas para que isso fosse um bom negócio para o Fluminense, esse orçamento teria que ser muito maior que o orçamento tradicional do clube para os próximos 10 anos. 

                                                                 Amir Somoggi 


Uma participação de 66% em uma SAF do Fluminense vale R$ 500 milhões?

Não, não vale. Pelas nossas contas, se o Fluminense vale R$ 2,2 bilhões, 66% do clube valeriam R$ 1,3 bilhão. Detalhe: a nossa avaliação conta com uma limitação de metodologia referente ao imobilizado dos clubes, que, normalmente, estão subavaliados nos seus balanços. Por exemplo, como o estádio do Athletico-PR é novo, ele está melhor registrado no seu balanço, mas como o estádio das Laranjeiras é antigo, ele está subavaliado, portanto não está dentro do valuation do clube, por mais que esteja em um local onde o metro quadrado é caríssimo. É por isso que nós não temos como considerar o valor das Laranjeiras no valuation de R$ 2,2 bilhões do Fluminense. O mesmo vale para Xerém.

Outro detalhe é que o Fluminense possui uma empresa com o Flamengo para administrar o Maracanã, que tem se mostrado extremamente rentável, em particular para o Flamengo. Essa empresa, que permitiu um melhor controle dos custos do Maracanã, vai junto com a SAF do Fluminense.

Dessa forma, pode ser que o Fluminense valha muito mais que o valor de R$ 2,2 bilhões que conseguimos chegar com os números que o próprio clube apresenta, como balanço, elenco e valor da marca. É por isso que o valor ofertado pelo Fluminense me parece muito baixo. Por exemplo, se o Vasco foi avaliado em R$ 1 bilhão pela 777, não dá para dizer que o Fluminense, que hoje possui um momento muito melhor que o do Vasco naquela época, valha quase o mesmo que o Vasco.

Para que você tenha uma ideia das nossas avaliações, eu participei de uma live com o antigo presidente do Flamengo em que ele, sem eu dizer absolutamente nada, disse que o clube valia, aproximadamente, R$ 4,9 bilhões, praticamente o mesmo valor da nossa avaliação.

O Fluminense precisa discutir esse valor, pois quanto mais alto for o valuation, mais dinheiro os investidores terão que colocar no clube. Como quem decide o valor da negociação é o vendedor, e não o comprador, me parece que o presidente do clube não está defendendo os interesses do clube, e sim o cargo de CEO que ele vai ocupar na nova SAF.

O valor do Fluminense em 2025 vai ser influenciado pelas campanhas na Copa do Mundo de Clubes, Copa do Brasil e Sulamericana?

Eu acredito que a marca do Fluminense se valorizou com a Copa do Mundo de Clubes. Tem também a questão do elenco, que vale mais hoje do que em 2024, sem contar que se o Fluminense for campeão da Copa do Brasil, possivelmente o elenco se valorizará ainda mais. Dessa forma, me parece que o valuation de 2025 vai ser maior que o valuation de 2024, quando calculamos o valor do Fluminense em R$ 2,2 bilhões.

Segundo os investidores, o “Valor da Transação” é estimado em R$ 6.912.000.000,00 e é composto pela soma do capital a ser aportado pelo Investidor na S.A.F., mais o montante de investimentos previstos para serem realizados no plano de negócios da S.A.F., nos primeiros 10 (dez) anos da S.A.F.. O problema é que, tirando os R$ 500 milhões, o restante do valor será investido com os recursos gerados pelo próprio caixa do clube, que, naturalmente, já faz investimentos todos os anos. Qual a sua avaliação sobre essa lógica?

Nos últimos 5 anos, o Fluminense teve uma receita total de R$ 2 bilhões, sendo que nos últimos 3 anos, a receita total foi de 1,5 bilhão, o que dá uma receita anual média de R$ 500 milhões. Apenas em 2024, essa receita foi de R$ 684 milhões. Ou seja, o clube está vivendo o melhor momento financeiro da sua história, já que o Fluminense nunca havia tido um crescimento de receita como o ocorrido no ano passado.

Se eu considerar uma receita média de R$ 500 milhões para os próximos 10 anos, o Fluminense já teria R$ 5 bilhões garantidos. Como o valor de R$ 500 milhões é a receita normal do ano seguinte, esse valor é irrisório pelo Fluminense. É por isso que, na minha opinião, o Fluminense não está fazendo um bom negócio, ao contrário do que estão fazendo os investidores. Isso porque, quanto mais barato os investidores pagarem no início, maiores serão os seus lucros quando eles venderem suas participações no futuro, da mesma forma como aconteceu com o Ronaldo no Cruzeiro.

Quem garante que os investidores do Fluminense, que querem comprar um ativo subavaliado, não vão vender suas participações daqui a 5 anos com um lucro milionário? É por isso que a discussão deveria ser sobre quanto vale o Fluminense, já que os investidores precisam abrir seus caixas para fazer frente a um clube que, na pior das hipóteses, deve faturar R$ 500 milhões por ano nos próximos 10 anos.

Qual a sua avaliação sobre a organização societária da SAF do Fluminense, caso ela seja aprovada?

Essa é uma questão interessante, pois, normalmente, os clubes ficam, por lei, com 10% das SAFs para que tenham respaldo sobre a marca, suas cores, símbolos e hino. Esse respaldo acaba sendo mais de conduta do que de governança. No caso do Fluminense, se os investidores ficarem com 66% e o clube com 34%, isso aumenta o poder do minoritário.

Aqui é preciso analisar o modelo de governança que vai ser adotado para que o clube tenha voz ativa em decisões estratégicas como contratações ou a construção de um estádio, mas independente dos valores envolvidos, se o modelo da SAF do Fluminense funcionar, ele pode ser um novo caminho para que os clubes não vendam 90% das suas SAFs.

Na nossa última entrevista, você elogiou a estrutura societária do Bayern de Munique. Qual a sua avaliação sobre a estrutura societária proposta para a SAF do Fluminense, com um fundo composto por investidores que dizem torcer para o clube?

O que eu gosto no modelo do Bayern de Munique é que o clube não está interessado no investimento de um fundo ou de um banco, mas no investimento de empresas que investem no clube como uma corporação. No Bayern, a Audi, Adidas e Allianz, todas com participações de 8,33%, não têm interesse em administrar o clube, contratar jogadores ou investir em marketing. Quem faz isso é a administração. Esse modelo, que é bem diferente do modelo que está sendo proposto no Fluminense, seria ideal para o clube, mas, infelizmente, ele não vai acontecer no Brasil.

Outro aspecto é que o BTG, um dos maiores bancos do Brasil, está por trás da negociação da SAF do Fluminense. O banco tem liquidez e solidez, mas é conhecido por ter um modus operandi que subavalia os ativos para aumentar a rentabilidade dos investidores. Como o Fluminense tem um potencial enorme de crescimento em várias questões, além de possuir Xerém e uma torcida de alta renda e de dimensão nacional, que embora não seja uma das maiores, possui um alto potencial de consumo, o clube vai ser vendido de graça pelo valor que está sendo proposto.

Considerando a nossa conversa, você gostaria de acrescentar algum ponto à sua entrevista?

Existe a questão da dívida do Fluminense. Essa dívida, composta por débitos trabalhistas e fiscais, principalmente Profut, pode ser deixada no clube social para ser abatida com as receitas da SAF. Veja que o Flamengo investe em jogadores, mas todos os meses paga o Profut, pois não é preciso ter pressa para zerá-lo. Enquanto a dívida operacional do Fluminense é pequena, as dívidas trabalhistas e fiscais, que são as maiores, podem ser resolvidas, paulatinamente, nos próximos anos.

O Vasco cometeu o erro de levar toda a sua dívida para a SAF, quando o clube social poderia abatê-la com calma até o momento em que fosse zerada. No caso do Fluminense, aparentemente, para que se possa diminuir ainda mais o aporte, a dívida será jogada dentro da SAF.

Os investidores querem pegar o dinheiro para zerar a dívida do dia para a noite, quando poderiam pagá-la ao longo dos próximos anos até zerá-la. Se isso fosse feito, o Fluminense poderia ser avaliado em um valor mais próximo da sua realidade.

https://monitormercantil.com.br/a-saf-do-fluminense/

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

SAF do Fluminense prevê investimento de R$ 6,9 bilhões em 10 anos; veja proposta e formato e as reações contrárias

 Fonte: GE Por Giba Perez 08/09/2025

O Fluminense apresentou na noite desta segunda-feira ao Conselho Deliberativo do clube a proposta que recebeu da Lazuli Partners e LZ Sports para aquisição da futura Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tricolor. O ge entrou em contato com Carlos de Barros, sócio da empresa, que detalhou os valores da oferta e o compromisso de investimento.Neste momento, a empresa propõe adquirir 65% da SAF do Fluminense. Entre os principais números, o aporte inicial será de R$ 500 milhões nos dois primeiros anos, além da assunção total da dívida de R$ 871 milhões.Está prevista no contrato a obrigatoriedade de investimento de R$ 6,4 bilhões dentro de um período de 10 anos. O ge separou os principais temas em tópicos para elucidar as dúvidas dos torcedores sobre a proposta, que passará por votações entre conselheiros e sócios do clube.



COMO SERÁ O MODELO DA SAF NO FLUMINENSE?

O modelo terá 40 investidores milionários, torcedores do Fluminense, adquirindo cotas da empresa que comandará o futebol. Os cotistas foram reunidos pela Lazuli Partners, uma gestora de investimentos, cuja subsidiária LZ Sports é a responsável pela proposta. Inicialmente, a gestora previa a participação de 15 torcedores, mas nas últimas semanas foi procurada por mais tricolores interessados no projeto.Em caso de aprovação por conselheiros e sócios, a empresa será acionista majoritária da "Fluminense SAF", com a associação permanecendo com a parte menor. A  divisão será definida pelo tamanho da dívida no momento em que for feita a aquisição. Com a atual de R$ 871 milhões, o fundo teria 65%, e o associativo, 35%.

A SAF assumirá o futebol masculino, o feminino, as categorias de base e o futsal. Nesta divisão, Xerém ficaria com a empresa. A sede de Laranjeiras e outros imóveis continuam com a associação. Neste caso, está previsto um acordo de uso das locações.

A dívida total do Fluminense seria assumida pela empresa, e a associação receberia royalties do investimento — que começa na casa de R$ 12 milhões por ano. O modelo se diferencia de outras SAFs brasileiras, como a do Cruzeiro e a do Botafogo, por exemplo, nas quais um empresário assumiu e ficou responsável pelo comando do clube.

QUEM SÃO OS COMPRADORES E COMO SERÁ A GESTÃO?

Nomes já noticiados na mídia fazem parte da lista de 40 empresários, como o controlador do BTG Pactual, André Esteves; o diretor-geral da Frescatto, Thiago De Luca; o co-fundador do Absoluto Partners, José Zitelmann; entre outros. Mas não há um investidor majoritário e definidor para votação. O LZ Sports divulgou os nomes de 13 investidores:

  • Família Almeida Braga — ligada a seguradoras (Atlântica, Bradesco Seguros)
  • Família Klabin — ligada a empresas de papel e celulose
  • Família De Luca — ligada a Frescatto, ramo de frutos do mar
  • Família Zitelmann — membro do comitê executivo da BTG Pactual
  • Família Esteves — membro do comitê executivo da BTG Pactual
  • Família Dantas — ligado a gestão de fundos
  • Família Paes — membro do comitê executivo da BTG Pactual
  • Ricardo Tadeu — ligado a Ambev, empresa do ramo de bebidas
  • Membros da família Monteiro de Carvalho - ligada ao Grupo Monteiro Aranha
  • Grupo Apex Partners — empresa de investimento do Espírito Santo
  • Heráclito de Brito Gomes Junior — ligado à Rede D'Or, do ramo hospitalar
  • Família Hallack — ligado a empreiteira Camargo Correia
  • Bruno Werneck — advogado
TODOS OS INVESTIDORES DESSE FUNDO CONCORDARÃO COM REGRAS DE VOTAÇÃO, QUE IMPEDEM QUE O CLUBE SEJA TRAVADO EM CASO DE DISCORDÂNCIA. ESSE FUNDO SERÁ LIDERADO PELA LZ SPORTS NA FIGURA DO SÓCIO CARLOS DE BARROS
A SAF será gerida com oito cadeiras em um Conselho. Serão dois nomes a para associação e seis para os investidores.
QUAL É O VALOR DO FLUMINENSE E E COMO SERÁ FEITO O INVESTIMENTO NO FUTEBOL?
A previsão do valor global do investimento é de R$ 6,9 bilhões em um prazo de até 10 anos. Sobre os aportes obrigatórios, estão divididos da seguinte forma: R$ 250 milhões, no momento da assinatura da SAF e outros R$ 250 milhões até 24 meses após o fechamento.

Além dos aportes obrigatórios, o investimento previsto de R$ 6,4 milhões é dividido da seguinte forma ao longo de 10 anos:

  • Folha salarial (elenco e comissão técnica) - R$ 4,7 bilhões
  • Aquisição de atletas - R$ 1,1 bilhão
  • Desenvolvimento e formação de jogadores - R$ 359 milhões
  • Melhoria do CT e de Xerém - R$ 84 milhões
  • Royalties para a Associação - R$ 143 milhões

O plano do fundo é aumentar a folha salarial do futebol tricolor em 30% já em 2026, saltando dos R$ 19 milhões atuais para cerca de R$ 25 milhões mensais. A gestora estudou modelo de clubes da Premier League como inspiração para criação do desenho adaptado ao futebol brasileiro.

Segundo Carlos de Barros, a ideia é ter o Fluminense no top 3 do país com cinco pilares de base: investimento em Xerém, em folha, em contratação de atletas, melhorias em análise de dados e sustentabilidade financeira de longo prazo. A composição do investimento inclui:

  • Receitas geradas (da associação) para a SAF
  • Aportes diretos da investidora
  • Captação de subvenções
  • Investimentos em ativos (ex: CT, Xerém)
  • Melhorias de análises de dados
  • Pagamentos de dívidas
  • Pagamentos a terceiros

Os investidores condicionam a aquisição a uma renegociação com os credores. Dessa forma, a gestão começaria com as dívidas equacionadas, sabendo quanto será destinado mensalmente para quitação.

O ATUAL PRESIDENTE MÁRIO BITTENCOURT SERÁ O CEO?

O nome do CEO da SAF não está definido no contrato. Carlos de Barros, sócio da LZ Sports, afirma ver com bons olhos a figura de Mário Bittencourt, mas não há cláusula ou acordo para que ele ocupe o cargo. Apesar disso, a ideia do fundo de investimento é ter o atual presidente do Fluminense dentro de empresa por avaliar que o trabalho feito da reconstrução do clube de 2019 a 2025 foi positivo.

PROTEÇÃO CONTRA REVENDA

O grupo de empresários reunido pela LZ Sports trata a aquisição do Fluminense SAF como um projeto de longo prazo e sem foco no lucro imediato. Até por isso, nenhum dividendo será distribuído aos acionistas até que a obrigatoriedade de R$ 6,4 bilhões de investimento seja cumprida. A distribuição do lucro só acontecerá se todas as metas, inclusive esportivas, forem cumpridas.

Além disso, o contrato prevê uma cláusula de lockup de cinco anos, que proíbe revenda de ações nesse período. Esse prazo é maior do que o praticado no mercado, que em geral vai até três anos.

QUANDO SERÁ FEITA A VOTAÇÃO?

Os investidores argumentam não ter pressa para a conclusão do processo. A votação entre os sócios ocorrerá somente depois da eleição presidencial no clube, que acontece entre a segunda quinzena de novembro e a primeira de dezembro deste ano.

A SAF, no entanto, só vai virar realidade se o quadro de sócios do clube aprová-lo. A previsão é que a conclusão de todo o processo, em caso de aprovação, ocorra entre dezembro  de 2025  e fevereiro de 2026

.https://ge.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2025/09/08/saf-do-fluminense-preve-investimento-de-r-69-bilhoes-em-10-anos-veja-proposta-formato-e-valores.ghtml


Rivais reagem à proposta de SAF no Fluminense: ‘Brutal’

Fonte: LANCE O Fluminense apresentou a proposta de aquisição da sua futura Sociedade Anônima do Futebol (SAF) ao Conselho Deliberativo nesta segunda-feira (8). Nas redes sociais, os tricolores só falam nisso, e os rivais não poderiam ficar de fora do debate. Eles reagiram à proposta de SAF no Fluminense.

O documento foi entregue por representantes da Lazuli Partners e LZ Sports. A oferta detalha um investimento total de R$ 6,9 bilhões ao longo de 10 anos. A proposta inicial prevê um aporte de R$ 500 milhões e a assunção completa da dívida de R$ 871 milhões do clube.

No X(antigo Twitter), o assunto SAF do Fluminense dominou boa parte das páginas esportivas. O fato de mais um clube gigante caminhar para esse modelo mexeu com o emocional de torcedores de vários times.

Vascaínos tentaram alertar os torcedores do Flu que nem toda SAF é garantia de sucesso, vide a problemática gestão da 777 Partners. Os botafoguenses lembraram da famosa faixa da torcida tricolor zombando da SAF Alvinegra. Já os flamenguistas, tiraram onda que vão ser o único clube associativo do Rio de Janeiro. Veja a reação dos rivais abaixo.

Modelo diferente de outros clubes

A proposta de investimento se diferencia das SAFs de Botafogo e Cruzeiro, por não ter um investidor único. O modelo prevê 40 torcedores do Fluminense adquirindo cotas da empresa, que seria acionista majoritária. A associação, por sua vez, manteria uma participação minoritária, cuja porcentagem seria definida pelo valor da dívida no momento da aquisição. Com a dívida atual, a divisão seria de 65% para o fundo e 35% para o clube.O aporte de R$ 500 milhões será dividido em duas partes iguais. A primeira metade, com aprovação da SAF, será feita no dia zero. Ou seja, no ato da transação. Os outros R$ 250 milhões serão investidos em até dois anos.- Essa é a maior transação da história do futebol brasileiro. A gente está falando de um aporte novo, dinheiro novo dentro do Fluminense, de 500 milhões de reais - disse Carlos de Barros, que fez a apresentação da proposta.

A empresa assumiria a gestão do futebol masculino e feminino, as categorias de base e o futsal. A sede de Laranjeiras e outros imóveis, entretanto, continuariam com a associação. O plano da gestora é aumentar a folha salarial do futebol em 30% já em 2026, saltando dos R$ 19 milhões atuais para cerca de R$ 25 milhões por mês.

https://www.lance.com.br/fora-de-campo/rivais-reagem-a-proposta-de-saf-no-fluminense-brutal.html

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REAÇÕES CONTRÁRIAS 

Candidato à presidência do Fluminense detona proposta de SAF: “Estelionato eleitoral”

Fonte: NET FLU Por João Pedro Conze 09/09/2025

Na última segunda-feira (08), o Fluminense   recebeu uma proposta oficial para a criação da SAF. Em entrevista ao portal O Globo , Celso Barros, pré-candidato à presidência do clube neste ano, fez duras críticas ao possível acordo.

“Valor irrisório”, comenta Celso Barros sobre valor da proposta para o Fluminense

– Isso é um estelionato eleitoral a poucos meses da escolha do novo presidente. No fim das contas, o único dinheiro novo que a proposta apresenta são esses R$ 500 milhões, um valor irrisório perto do que realmente vale o clube. E os R$ 6,4 bilhões parcelados por tantos anos são, a rigor, dinheiro gerado pelo próprio Fluminense .– Além do mais, incluir Xerém nesse pacote é revoltante diante das joias que saem de lá”, ataca Celso Barros, pré-candidato à presidência: “Onde estavam esses tais ‘tricolores milionários’ quando o clube estava na Série C? Eu estava lá, ajudando a reerguer o Fluminense, que logo depois ganhou diversos títulos. Eles parecem preocupados com tudo, menos com o clube…

https://www.netflu.com.br/candidato-a-presidencia-do-fluminense-detona-proposta-de-saf-estelionato-eleitoral/